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A EVOLUÇÃO E ESTRATÉGIAS DO SETOR VAREJISTA NO BRASIL: uma abordagem na Casas Bahia

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Por:   •  8/5/2013  •  Projeto de pesquisa  •  4.562 Palavras (19 Páginas)  •  703 Visualizações

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Unigranrio – Escola de Gestão e Negócios – EGN

Trabalho de Final de Curso II

Duque de Caxias – 2005, Primeiro Semestre

A EVOLUÇÃO E ESTRATÉGIAS DO SETOR VAREJISTA NO BRASIL: uma abordagem na Casas Bahia

Área: Administração Estratégica

Autores Mat:

Ana Cláudia Cabral Silva 2001990, Eduardo da Silva Barbosa 2001980, Fábio Fraga Couto 2001930 , Gizelle Duarte Teixeira 2001959 , Maxwell Bergamini 2001976 , Paulo Cesar de Almeida 2001971, Simone Barreto Pereira 2001947, Simone Mendonça Vasconcelos 2001948,

Orientadora: June Rothstein, M.Sc

Resumo

O setor do varejo vem aumentando consideravelmente sua importância no panorama empresarial brasileiro, um número crescente de varejistas figuram na relação das maiores empresas do País. Conforme o setor se expande, são necessárias estratégias diferenciadas, novas tecnologias, mudanças no relacionamento com clientes e fornecedores. Neste cenário, o grande fator de diferença nas empresas é a vantagem competitiva, ou seja, o valor que se cria para o consumidor e que ultrapassa o custo, que advém do fato da empresa operar com baixo custo ou com diferenciação.

Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo de caso de uma empresa do setor varejista brasileiro, a Casas Bahia, destacando as estratégias adotadas e os resultados obtidos, comparando a relação teoria versus prática a partir da empresa estudada. Para tanto, através de pesquisas, analisamos a evolução do setor varejista no Brasil, considerando o ambiente político, econômico e social.

Como resultado, o presente estudo revela que na empresa estudada coexistem algumas práticas que se enquadram no modelo atualmente sugerido pela evolução do setor varejista e outras adotadas por estratégias desenvolvidas pela Casas Bahia.

Palavras Chave: Varejo. Vantagem Competitiva. Estratégia.

INTRODUÇÃO

Identificar as estratégias utilizadas pelo setor do varejo é parte fundamental para entendermos os caminhos que levaram à sobrevivência e ao sucesso de algumas organizações varejistas brasileiras. Ao decorrer desses anos, o varejo vem assumindo uma importância crescente no panorama empresarial do Brasil e do mundo. Muitos modelos de lojas foram cedendo lugar a novos formatos, mais eficientes e adequados às novas necessidades do mercado consumidor.

As rápidas mudanças que ocorrem no setor obrigam as empresas a criar e manter vantagens competitivas, tarefa que têm se mostrado cada vez mais desafiadora. Neste artigo procuramos evidenciar as estratégias que permitiram a Casas Bahia consolidar sua posição de líder no comércio varejista brasileiro, para tanto, em nossa metodologia utilizamos pesquisas bibliográficas (livros, revistas e jornais), telematizadas ( internet, VHS – fitas de vídeo) e entrevistas, realizadas, por e-mail, com o responsável pelo centro de documentação e informação da Casas Bahia.

Num primeiro momento pretendemos descrever o cenário da economia nacional no período compreendido entre os anos de 1986 (Plano Cruzado ) e 1994 ( Plano Real ). Em seguida apresentaremos um breve resumo da teoria sobre os tipos de estratégias utilizadas no varejo, abordando o perfil, a evolução e as tendências futuras do setor varejista brasileiro, apresentando um estudo de caso e considerações finais do grupo em relação ao tema estudado.

O CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO

O crescimento do setor varejista está diretamente atrelado ao panorama econômico do país. O cenário econômico do Brasil após a transição do governo militar para o regime democrático, em 1985, fez surgir o período conhecido como Nova República, um misto de esperança e frustração, sobretudo no setor econômico, tendo registrado um índice inflacionário de 239% naquele ano.

A tentativa de reverter o quadro inflacionário desencadeou uma série de planos econômicos. O primeiro plano de estabilização econômica, ocorreu em 1986, com objetivo de controlar a inflação e reorientar a economia brasileira. O fracasso do Plano Cruzado fez surgir novas tentativas de controle inflacionário. Em 1987 foi lançado o Plano Bresser, que levou o nome do então ministro da fazenda; em meados de janeiro de 1989 surge o Plano Verão que, igualmente aos anteriores, fracassou na tentativa de conter as altas taxas de inflação que tornaram a década de 80 conhecida como a “década perdida”.

Os aspectos do varejo brasileiro na década de 80 evidenciavam a convivência com o processo inflacionário crônico característico da economia brasileira e fizeram com que as empresas brasileiras não procurassem competir com base em estratégias articuladas voltadas para a redução de preços e custos buscando eficiência e qualidade. Ao contrário, em épocas de alta inflação, observou-se o comportamento ofensivo dos lojistas, caracterizado pela prévia e constante remarcação de preços, a lucratividade financeira tornou-se tão ou mais importante que a operacional.

Até os anos 80, o varejo brasileiro, em geral, caracterizava-se por concorrência regional, lojas especializadas operando a nível local, cadeias de médio porte atuando regionalmente e poucas cadeias de lojas no contexto nacional. As maiores empresas e seus fornecedores estavam nas regiões sudeste e sul do país, exceção para fornecedores de eletrônicos.

O precário fluxo de mercadorias entre fornecedor e varejista: ausência de padronização, embalagens inadequadas, falta de planejamento de entrega e logística, disparidades acentuadas entre o padrão de gestão das empresas, em função do pequeno grau de profissionalização, predomínio da gestão familiar entre outros fatores comprometeram o desempenho do setor.

Em março de 1990 surge o Plano Brasil Novo, conhecido como Plano Collor, que apesar do desastre ético e moral do seu governo culminando em seu afastamento em 1992, na verdade marcou o início de um novo rumo no processo de desenvolvimento do país. A abertura comercial, fez surgir no mercado, em geral, e especialmente no varejo, produtos que despertaram as empresas brasileiras para as necessidades de atualização.

Neste cenário inflacionário e especulativo, empresários de todos os setores, aplicavam dinheiro no mercado financeiro que remunerava muito mais que investimentos na produção e geração de empregos. A inflação persistia e era impossível planejar sequer para o mês seguinte.

Em

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