Analise De Ambiente Peugeot

Fatores Econômicos – Importantes executivos do ramo automobilístico mundial acreditam que em 2016 o Brasil estará disputando a terceira posição entre os maiores mercados do mundo. De acordo com Veja (2011), o aumento do nível de emprego e de renda nos últimos anos pôs o Brasil na rota das montadoras. O mercado nacional automotivo tornou-se o quinto maior do mundo atrás apenas das potências China, Estados Unidos, Japão e Alemanha. Para atenderem a demanda, as importações de veículos dispararam, acompanhando as vendas na indústria nacional. Hoje o Brasil possui capacidade para desenvolver produtos com rapidez, flexibilidade e menor investimento. Trata-se de um pais emergente, mas com refinamento de alguns países desenvolvidos. A força de trabalho é boa, tem uma cultura européia bem desenvolvida, profissionais com flexibilidade altamente motivados, que aceitam desafios e adoram se internacionalizar. Essas são vantagens competitivas com relação aos outros países do mundo que algumas montadoras já descobriram e portanto uma oportunidade para que o país faça projetos automotivos.

Fatores sócio-culturais - O crescimento do País nos últimos 10 anos e o forte aumento médio de renda da população da região do Nordeste, nos últimos anos. A escolha da cidade de Camaçari é estratégica devido ao crescimento das vendas de veículos da região Nordeste. O mercado nordestino tem o tamanho da Holanda mais Bélgica. Só Salvador, que é a terceira maior cidade do Brasil vende 7.000 carros por mês e nos próximos 10 anos deve alcançar a marca dos 14.000 por mês. O desenvolvimento mundial dos veículos passeia pelas mais diversas tendências de hábitos, tanto no que se diz respeito ao aumento constante da aquisição de veículos por clientes do sexo feminino, tanto pela aquisição de veículos por jovens com faixa etária de 25 a 30 anos . A indústria automobilística começa a usar pesquisas de comportamento na vida social e a reação do consumidor a acontecimentos econômicos e políticos para direcionar os projetos dos futuros carros. Uma das tendências do mercado automobilístico mostra a volta da confiança do consumidor depois de meia década de crise. Só que desta vez não é mais em instituições que ele acredita, mas em si mesmo, em suas convicções e escolhas.

As empresas automobilísticas esta voltada a atender a uma demanda de consumidores e entende as necessidades e os desejos de cada pessoa como mostra pesquisa apresentada pelo Instituto Ipsos - referência mundial em pesquisa e análise de mercado – realizou uma pesquisa com base nos Estudos Marplan EGM referente ao perfil do consumidor automotivo no Brasil.

Segundo a pesquisa, preço não é o fator crucial para a aquisição de um veiculo. 59% dos proprietários e 62% dos que pretendem comprar automóveis se sentem bem quando são reconhecidos como bem sucedidos economicamente. Entre os brasileiros do primeiro grupo, 53% preferem produtos que ofereçam a última palavra em tecnologia. Ao analisar o segundo grupo, o índice é de 56%.

O levantamento também analisou como agem atuais e potenciais consumidores de automóveis. Entre os atuais, 75% são muito cuidadosos com dinheiro e 36% preferem comprar a crédito a esperar para comprar à vista. Já entre os potenciais, os índices são de 70% e 40%, respectivamente.

A grande maioria de ambos os grupos é otimista. 78% dos donos de automóveis e 85% dos que pretendem comprar acreditam que a vida será melhor no futuro.

Fatores Politicos/legais –O Regime Automotivo Brasileiro tem como principal objetivo atrair investimentos diretos externos, mesmo que a custa de generosos incentivos e subsídios. O imposto para a importação de máquinas e equipamentos no estado da Bahia seria de apenas 3,5% e a matéria-prima importada seria taxada em 1,5 com isso as montadoras passam a ser beneficiadas com a queda de 50% da taxa de importação de veículos, com o compromisso de realizar exportações posteriormente. As importações de insumos não poderão exceder a dois terços das exportações líquidas, sendo concedidos bônus de importação de 120% sobre o valor das compras de equipamentos nacionais e de 100% de equipamentos importados. Existe também a isenção de Imposto sobre Operações Financeiras – IOF; do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, incidente na aquisição de bens de capital; e do Imposto de Renda sobre o lucro do empreendimento.A publicidade oficial salienta, para o grande público, a criação de empregos e o aquecimento da economia como justificativa para as concessões feitas às montadoras.

Fatores Tecnológicos –

A Peugeot não precisará investir em alta tecnologia pois a cidade de Camaçari já possui um Polo Automotivo formado pela empresa Ford e futuramente Jac Motors que encontra-se em fase de implantação a empresa deverá investir em modernas formas de gestão e organização do trabalho. Adotando a mesma estratégia usada pela planta Ford Nordeste que abriga seus principais fornecedores próximo a sua própria fábrica. Estas empresas, distintas da montadora, integram sua cadeia produtiva e têm autonomia administrativa. Este processo situa-se dentro do leque de possibilidades analisado por Gitahy e Bresciani (1998), como maneiras de difusão das atividades produtivas, a saber:

1) execução das atividades no próprio parque industrial da “empresa-mãe” ou em outra

localidade (a sede do fornecedor, por exemplo);

2) em condição de exclusividade de atendimento ou com empresas fornecedoras com

carteira de pedidos diversificada;

3) mediante contrato com outra empresa privada, com trabalhadores autônomos ou com

cooperativas.

Esta difusão significa uma busca pela “focalização”2 de operações a partir das estratégias

por elas definidas. No caso das montadoras, o foco comumente estabelecido é o de projeto do produto e a montagem