Análise Do Caso Panamericano

Deloitte afirma ser "prematuro" falar sobre rombo no Panamericano

Firma de auditoria diz estar à disposição para esclarecer caso; Banco Central afirma que problemas ocorriam havia quatro anos

iG São Paulo | 11/11/2010 19:21

A Deloitte, firma de auditoria responsável por avaliar os balanços do Banco Panamericano, que recebeu uma injeção de R$ 2,5 bilhões para evitar sua quebra, divulgou comunicado ao mercado considerando “prematuro” se manifestar sobre o caso do banco do empresário Silvio Santos.

A auditoria vem sendo responsabilizada por não ter identificado evidências de irregularidades no balanço do Banco Panamericano. Nos demonstrativos do segundo trimestre deste ano, a firma não apresentou ressalvas em seu relatório.

Leia mais:

• Panamericano expõe Deloitte e agências de risco

• BC culpa falha de auditores por rombo no Panamericano

O Banco Central identificou o problema nas contas no banco faz seis semanas, mas afirmou que as “inconsistências contáveis” ocorriam há três ou quatro anos. A Deloitte fazia auditoria dos balanços havia pelo menos três anos, peças assinadas por Osmar Aurélio Lujan.

Segundo o Banco Central, a diretoria executiva do Panamericano vendeu carteiras de crédito para terceiros, mas elas continuaram figurando no balanço da instituição, os que inflava o patrimônio do banco e, consequentemente, seus lucros.

O comunicado da Deloitte afirma que ela é “uma empresa presente no Brasil desde 1911, que atende a 5 mil clientes e com 4 mil profissionais pautados pela mais estrita ética, transparência e profissionalismo”.

Diz ainda estar à disposição e colaborando com as autoridades constituídas para a devida apuração e esclarecimento dos fatos. “Com relação ao noticiado até o momento e dada a relevância das alegações e suas implicações, consideramos prematuro e inconsequente nos manifestar antesque se possa chegar a conclusões que sejam baseadas em fatos”, diz o texto.

Para finalizar, o comunicado afirma: “Cientes de nosso papel perante a sociedade, e respeitando os limites impostos pela ética profissional, voltaremos a nos manifestar assim que alcançarmos nossas conclusões”.

2

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Graduação em Administração

BANCO PANAMERICANO

Um estudo sobre a ética e legalidade diante

do escândalo financeiro envolvendo a instituição.

Kenia da Silva Rodrigues

Priscila Farnesi

Viviane Alves da Silva

Belo Horizonte

2011

Kenia da Silva Rodrigues

Priscila Farnesi

Viviane Alves da Silva

BANCO PANAMERICANO

Um estudo sobre a ética e legalidade diante

do escândalo financeiro envolvendo a instituição.

Projeto de pesquisa apresentado ao

programa de Graduação em

Administração para a disciplina

Filosofia II.

Orientador: Marcelo José Caetano

Belo Horizonte

2011

SUMÁRIO

1 HISTÓRIA DO BANCO PANAMERICANO 4

2 O ESCÂNDALO DO BANCO PANAMERICANO 5

2.1 A venda do Banco PanAmericano 5

3 A ATITUDE DE SILVIO SANTOS 7

4 CASO PANAMERICANO: ETICA E LEGALIDADE 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9

ANEXO 10

1 HISTÓRIA DO BANCO PANAMERICANO

O Banco Panamericano é uma instituição FINANCEIRA de médio porte, com sede na cidade de São Paulo e lojas espalhadas pelas principais cidades brasileiras. Seu foco está no financiamento ao consumo para pessoas físicas das classes B, C, D e E, e as principais atividades do banco são crédito consignado, crédito ao consumidor,cartões, empréstimo pessoal, leasing, SEGUROS e consórcios.

Sua história teve início no dia 21 de Fevereiro de 1969, quando o Grupo Silvio Santos adquiriu a maior parte das ações do Real Sul Crédito, Financiamento e Investimento. Esta empresa atuava no mercado desde 1963 em São Caetano do Sul. Com isso, o Real Sul se integrou com a Baú FINANCEIRA , outra empresa de Silvio Santos.

Em 1990 a Baú FINANCEIRA começou a atuar nas mais diversas áreas financeiras além do simples crédito e financiamento, surgindo assim o Banco Panamericano S/A. As operações com cartões de crédito tiveram início em 1994, leasing em 1998, em 1999 houve a incorporação da seguradora Panamericana e desde 2002 são feitas transações de crédito consignado,

O Banco Panamericano possui um portfólio extenso de produtos e serviços, sempre com destaque no crédito direto ao consumidor. São mais de 203 pontos exclusivos presentes em todas as capitais e principais cidades brasileiras em seus mais de 28.000 parceiros comerciais.

O crescimento de suas atividades são atribuídas às perspectivas de queda de taxas de juros, a demanda reprimida por crédito no país, crescimento da renda média e aumento do consumo principalmente das classes B, C, D e E, que são o foco da instituição.

2 O ESCÂNDALO DO BANCO PANAMERICANO

Em Setembro de 2010 o Banco Central detectou várias fraudes e irregularidades na contabilidade do Banco Panamericano estimadas em R$ 2,5bilhões. Os fatos foram descobertos após a instituição comparar os dados divergentes de créditos comprados e cedidos pelo banco com outros bancos brasileiros.

O Panamericano vendia carteiras de crédito para outros bancos, mas continuava