Artigo Neuromarketing Básico
Por: Marcos Junior • 30/4/2020 • Artigo • 1.788 Palavras (8 Páginas) • 166 Visualizações
Neuromarketing: O marketing do futuro.
Aluno: Marcos Vogelsanger Junior.
Professora: Fabiane Maiochi.
1 INTRODUÇÃO
O objetivo geral deste artigo é analisar as técnicas de neuromarketing, sua aplicação e funcionalidade perante a sociedade em geral, levando em conta o modo como a sociedade se comporta perante anúncios e pontos chave que auxiliam na resolução da venda, tanto do produto, quanto do serviço. Em questão de objetivos específicos, o artigo visa elencar as diferentes técnicas para uma “persuasão” positiva do cliente, como as imagens, cores e a apresentação do produto, serviço ou marca vem a influenciar no momento da compra e o quão assertivo e participativo o neuromarketing pode ser para que o cliente crie preferência e/ou fidelidade à marca.
Segundo Carvalho 2017, neuromarketing surgiu da união entre o marketing tradicional e a neurociência, uma forma de aplicar a ciência ao estudo da mercadologia. O principal objetivo do neuromarketing é entender o porquê de um consumidor preferir uma determinada marca, ou realizar a compra de um determinado produto em detrimento de outro, ou ainda se fidelizar com uma certa marca ao invés de outras.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
O neuromarketing pode ser visto como uma união entre o marketing e a neurociência, o objetivo dessa união é tentar entender o porquê das pessoas preferirem um marca à outra, ou o ato de comprar ou não algo, o que fideliza um cliente. Para entender isso é necessário compreender que nem sempre o ser humano toma as decisões por opinião própria, de certa forma o cérebro humano acaba tomando as decisões de forma instintiva e inconsciente. De acordo com Rodrigues Lima (2019), a maior parte das ações do homem no dia a dia é inconsciente, como se a vida fosse comandada por um piloto automático e a razão disso é que o cérebro não conseguiria gerenciar tudo ao seu redor, todos os milhares de estímulos que recebe ao longo do dia, logo, permite que várias ações e procedimentos atuem no modo automático. Certas ações tomadas pelas marcas “ativam” esse inconsciente, instigando o consumidor a comprar e/ou preferir por uma marca a outra, por exemplo, o conjunto de cheiros, imagens ou sons pode ativar uma das três partes do cérebro, o límbico, reptiliano e o neocórtex.
O cérebro evoluiu desde os primórdios junto ao ser humano, no inicio ele era guiado por instinto, de forma primitiva com o tempo foram adicionadas emoções ao processo de tomada de decisão, era o cérebro límbico atuando por ultimo entra o neocórtex, o ser humano começou a adicionar racionalidade ao processo mental, de acordo com Peruzzo (2013) apud Rodrigues Lima (2019) o neurologista Paul Mclean foi o criador da teoria do cérebro trino, concluindo que o homem possui um cérebro composto de três cérebros ao invés de um, como se fossem três computadores interconectados. Foram então divididos e exemplificados:
- O cérebro que pensa (Neocórtex) – É responsável pelo consciente, pelas análises, pelo raciocínio, pela inteligência, pela ponderação, pelo juízo de valor e por avaliações, pela capacidade de escolha, pelas justificativas, pela linguagem pela criatividade, previsibilidade, e pela genialidade. Essa parte do cérebro é responsável por 5% das decisões humanas, os outros 95% das decisões são tomadas pelas áreas mais “primitivas” e do cérebro. Somente os seres humanos e alguns mamíferos mais novos possuem esse cérebro.
- O cérebro que sente (Límbico) – Parte responsável por emoções e sentimentos, pelos estados emocionais positivos (alegria, felicidade e prazer) e negativos (raiva, tristeza e repulsa) pela satisfação e insatisfação. É responsável por armazenar dados e é geralmente ativado pelos cinco sentidos.
- O cérebro que reage (Reptiliano) – O cérebro reptiliano é responsável por decisões impulsivas, inconscientes, instintivas e pelas reações automáticas. É principalmente estimulado a sobreviver e reproduzir. É geralmente comandado pelo sistema límbico e é guiado principalmente pelo sentido da visão e seu aprendizado se dá por meio de erros e acertos, recompensas e punições.
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Fonte: Newton Rodrigues Lima – Negociações de alto impacto com técnicas de neuromarketing: Neurociação. (2019)
As empresas buscam então estimular de preferência essas duas primeiras formações do cérebro, por meio de estímulos externos em propagandas, sons e cheiros, o cérebro reptiliano e o límbico, sem que o ser humano tenha completa ciência, são ativados, assim que tomada então uma decisão a respeito dos estímulos entra em ação o neocórtex, procurando racionalizar a decisão tomada e passando a ideia de que as escolhas são lógicas, quando na verdade são mais primitivas do que aparentam.
Pode-se entender então que a tomada de decisão acontece dessa forma:
- O cérebro decide o que vai fazer;
- A decisão tomada aparece então na consciência do ser humano, passando a ideia de que a decisão foi tomada de forma racional;
- A pessoa em questão age de acordo com a decisão tomada.
Conclui se então que a maioria das decisões tomadas pelo cérebro são provenientes do cérebro reptiliano e límbico, no momento em que a informação chega ao cérebro racional (neocórtex), a decisão já foi tomada. Logo, se o cérebro funciona em sua totalidade no piloto automático e 95% das decisões humanas são feitas de forma inconsciente e irracional entende-se que não é eficaz, para profissionais do marketing, se basear inteiramente na observação dos consumidores, ou na opinião racional deles, muito menos em perguntas sobre o que os motivou a comprar algo ou a repetir a compra, ou mesmo escolher entre duas marcas distintas, pois não saberiam responder com exatidão.
3. METODOLOGIA.
Para a pesquisa foi utilizado de metodologia exploratória, levantando primeiramente dados baseados em literatura específica, buscando um maior aprofundamento no tema e o desenvolvimento de um raciocínio crítico a respeito de neuromarketing, também é utilizado pesquisa explicativa, onde o objetivo é identificar situações onde pode-se localizar o neuromarketing e como essa técnica influencia as pessoas de maneira sutil e eficaz. Com a combinação desses dois métodos espera-se uma maior eficácia para poder determinar a importância do neuromarketing na mercadológica contemporânea, principalmente para os que buscam uma maior assertividade em veiculações de marketing, buscando atingir mais profundamente um público, independente dele ser geral ou específico.
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