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As Empresas E O Ambiente Competitivo

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Por:   •  20/11/2013  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  689 Visualizações

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PROFESSOR JOSÉ BECKER – ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS NOVA AMÉRICA

Caso TC: As empresas e o ambiente competitivo

A década de 90 marca profunda mudança no ambiente competitivo das empresas brasileiras, decorrente de mudanças institucionais, macroeconômicas e da concorrência internacional. Entre as principais mudanças institucionais destacam-se dois importantes fatos: o processo de abertura comercial e a Constituição de 1988.

Entre as mudanças macroeconômicas que marcaram o novo ambiente competitivo em que atuavam empresas calçadistas brasileiras, destaca-se a sobrevalorização cambial, possibilitando a ocorrência de déficts na balança comercial, causado pelo aumento das importações, aliado ao fraco desempenho das exportações. O efeito dessas mudanças, entretanto, não deve ter sido generalizado, uma vez que há empresas mais dependentes do mercado externo ou que produzem produtos mais suscetíveis à concorrência dos importados.

As mudanças ocorridas em empresas do setor de calçados localizadas no Brasil, agora chamadas empresa A, B, C, refletem o novo ambiente competitivo da década de 90.

Em relação à abertura comercial, a Empresa A foi mais fortemente afetada, uma vez que seus produtos passaram a concorrer com os produtos asiáticos, de maior qualidade e menores preços. A importação de calçados asiáticos foi facilitada pela sobrevalorização cambial, pela redução das tarifas de importação e pelo fato de o Brasil não contar com vantagens competitivas expressivas no segmento de injetados, área da Empresa A. Reconhecida como uma estratégia de produção, a importação desses produtos foi a solução encontrada para que a empresa pudesse atuar no novo ambiente competitivo. A Empresa B também foi afetada pelo fato dos calçados produzidos pela empresa passaram a concorrer com os de couro chineses e italianos. Os calçados italianos de couro obtiveram de redução de custos, devido a adoção, pelas empresas calçadistas italianas, da terceirização da produção em países com menores custos de mão-de-obra. A Empresa C foi mais afetada pela sobrevalorização cambial, como produtora de calçados femininos de couro destinados ao segmento de alta renda e ao mercado externo. Desse modo, a sobrevalorização cambial encareceu as exportações, o que fez com que a empresa reduzisse suas margens, sob pena de perder mercado.

As estratégias tecnológicas adotadas pelas empresas analisadas abrangem atividades de pesquisa e desenvolvimento, o projeto do produto, os processos de fabricação e a gestão da produção. Maior importância tem sido dada às atividades de pesquisa e desenvolvimento, com investimentos anuais consideráveis nessas áreas, e nàs atividades de design. A Empresa C conta com visitas de designers internacionais para produção de calçados destinados ao mercado externo. A sofisticação das atividades de design, pelas empresas gerou notável elevação do conteúdo tecnológico aos produtos.

A estratégia de relocalização das unidades de produção foi adotada pelas empresas. A Empresa A transferiu para o Ceará 9 unidades de produção, a Empresa B mantém 1 unidade na Bahia e outra em Sergipe e a Empresa C mantém 2 unidades de produção no Ceará. A Empresa B ainda mantém unidades de produção no Estado de origem: 3 e 9 unidades, respectivamente. Observa-se uma nova configuração espacial da produção, em que as atividades de maior conteúdo tecnológico e de conhecimento continuam se aproveitando de economias de aglomeração em seus pólos originais, ou seja, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

As atividades de administração, pesquisa e desenvolvimento de produtos, design e marketing continuam sendo desenvolvidas no pólo original. Foram transferidas apenas as atividades de produção.

A estratégia de terceirização das atividades não foi adotada pelas empresas. Apenas as Empresas A e C consideraram a terceirização uma estratégia de redução dos custos. A Empresa B optou pela elevação do número de trabalhadores contratados e a redução da terceirização devido aos riscos trabalhistas. Devido à elevada escala em que opera a Empresa

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