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BAlanço Social

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Por:   •  3/10/2013  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  282 Visualizações

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BALANÇO SOCIAL :

INDICADOR DE RESPONSABILIDADE

SOCIAL EM EMPRESAS FINANCEIRAS

Universidade Da Região Da Campanha

Campus Universitário De São Gabriel

Centro De Ciências Da Economia E Informática

Curso De Ciências Contábeis

1 INTRODUÇÃO

A Responsabilidade Social das Empresas (RSE), é um fenômeno cultural contemporâneo que se instaurou no Brasil nos últimos anos, ela vem de encontro a profunda modificação em curso, na forma de gestão empresarial. Esse novo modelo de gestão ambiciona alcançar crescimento, sucesso e melhores resultados sem no entanto comprometer a responsabilidade social. Na prática o maior envolvimento das organizações com os objetivos sociais das comunidades em que estão inseridas são comprovadas através do desenvolvimento de ações que denotam essa preocupação dos gestores modernos. Nesse sentido, Cruvinel (2009) afirma que atualmente raros são os casos de empresas bem estruturadas que não se preocupam com as suas responsabilidades sociais, evidenciando um oportuno momento para realização desse estudo.

Para alguns autores como Bolstanski e Chiapello (1999), o fenômeno da Responsabilidade Social apareceu em função da crítica e pressão sobre os empresários e empresas a respeito de suas práticas empresariais, quase sempre colocando a margem as realidades sociais do ambiente em que estavam inseridas.

O desenvolvimento de ações sociais nas empresas, demandou novos tipos de serviço ligados a esse novo tipo de economia, e por outro lado fez nascer a necessidade de contabilizar, e expor os resultados dessas ações, ou para fins de transparência, ou com a finalidade de reforçar ações de marketing dessas organizações. O fato é que desse contexto nasce o Balanço Social como ferramenta capaz de expor de forma sistemática a ações sociais e seus reflexos tanto internos, quanto externos ao ambiente organizacional.

As Instituições Financeiras no Brasil, aparecem no cenário organizacional brasileiro ocupando um lugar de fomentadoras do desenvolvimento econômico do pais, deixando claro a sua importância social no contexto brasileiro. Essas organizações sustentam economicamente toda a vida financeira dos diversos empreendimentos, que sejam privados ou públicos em desenvolvimento no país, essa importância já direciona a necessidade de estudos sobre Responsabilidade Social nas ações desses organismos empresariais.

As alegações até aqui discutidas, já apontam o reconhecimento que a presente pesquisa se justifica, no sentido de pretender entender e divulgar o Balanço Social das organizações financeiras, entendo seus resultados como uma contribuição tanto social quando disponibiliza informações que melhoram a transparência das ações empresariais, quanto acadêmicas, quando reforça os conceitos estudados em sala de aula dos cursos de administração e contabilidade.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Responsabilidade social

A responsabilidade social empresarial (RSE) é uma prática social que está sendo incorporada ao dia-a-dia das organizações e da sociedade, um fenômeno que, impulsionando pelas críticas à conduta empresarial, desloca o capitalismo.

O conceito de responsabilidade social não é novo, mas não se chegou a um consenso sobre seu significado e limites, uma vez que é ainda objetivo de disputa (CHEIBUB e LOCKE, 2002). E se é algo disputado, indica que deve ser valioso para os atores envolvidos.

Observa-se que nesta discussão predomina a linha que explica o movimento como algo intrinsecamente positivo para as organizações e para sociedade , apontando as motivações e os benefícios auferidos com sua adoção e aprofundando-se na operacionalização do conceito. A literatura tem exaltado a RSE como um bom caminho para as organizações modernas e também para a resolução de problemas sociais. Nesse sentido, os textos voltados à formação de executivos, à gestão empresarial, de forma geral, têm apresentado o tema recorrentemente.

Menos dominante é a linha que procura analisar criticamente o movimento pela RSE, mostrando que, embora positivo sob muitos aspectos, não é uma panacéia para as empresas e muito menos para a sociedade. Assim, tanto a literatura, como no que Cheibub e Locke (2002) denominam “movimento pela responsabilidade social das empresas”, coexistem definições e explicações. Na mesma linha, o estudo desenvolvido por Cappellin et al (2002) conclui que,

“se por um lado , a problemática da responsabilidade social das empresas está assumindo uma importância crescente, envolvendo em importantes discussões diversos setores da sociedade, por outro, aparece como criadora de conceitos, metodologias, estratégias de ação, cujo o conteúdo ainda é claramente “disputado”(CAPPELLIN et al, 2002,p.273).

Nesta disputa pela configuração do conceito, grande volume de publicações , cursos, e consultorias especializadas vão surgindo para tratar o tema, indicando a cada dia mais e maiores interesses envolvidos, formando-se uma “Indústria da RSE” e implicando sua crescente institucionalização. E, apesar desta proliferação de publicações, segundo Jones (1996), a abordagem crítica entende que o conceito e o discurso da RSE carecem de coerência teórica, validade empírica e a viabilidade normativa. Todavia, estes discursos oferecem implicações para o poder e o conhecimento dos agentes sociais.

As atividades relacionadas ao movimento pela RSE, principalmente aquelas ligadas à ação social, abrem um novo mercado. Os atores envolvidos nessa propagação oferecem diferentes tipos de serviços, asseverando a necessidade de especialização para tratar do assunto. Universidades abrem cursos específicos sobre administração e gestão do terceiro setor e da ação social empresarial, principalmente, centradas nas escolas de administração e de economia (PAOLI, 2002). Este processo passa também a estimular o crescimento da bibliografia informativa especializada e sobre as práticas de sucesso, alimentando o movimento. Desta forma, para a autora:

Em um duplo movimento para fora de si mesma, a “empresa-cidadã”

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