Barreiras à Comunicação Empresarial

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Mestrado em Gestão de Empresas

Comunicação Empresarial

Ano Letivo: 2021/2022

Barreiras à Comunicação Empresarial

Discente:

Pasqualine Martins

Docente:

Lisboa

março 2022

Índice

Capítulo I – Introdução        3

1.        Comunicação Empresarial        4

a)        Dimensões da Comunicação Empresarial        5

2.        Barreiras na Comunicação Empresarial        6

a)        Conflitos        8

b)        Estratégias para a Resolução de Conflitos        9

Capítulo III – Apresentação de um Estudo-Caso        11

Capítulo IV – Considerações Finais        15

Capítulo V – Referências Bibliográficas        16

Capítulo I – Introdução

Este trabalho surge no âmbito da unidade curricular de Comunicação Empresarial, inserida no curso de Mestrado em Gestão de Empresas, lecionado pela Universidade Lusófona, referente ao ano letivo 2021/2022.

Com a entrada do mundo na era digital, entramos também num contexto marcado pelo grande dinamismo, competitividade e incerteza, obrigando as organizações a se adaptarem aos novos desafios do mercado. É neste novo cenário, atendendo à explosão e ao fácil acesso à informação que se dá a necessidade de as organizações implementarem uma reestruturação interna, com vista à resolução de problemas e ao estabelecimento de estratégias competitivas nas suas diversas áreas de atuação (Verghese, 2017 citado por Veiga, 2019).

Uma das diversas áreas de atuação das organizações prende-se com a área da comunicação organizacional. Neste sentido, as organizações tendem a repensar no seu modo de comunicar. Entende-se por comunicação organizacional toda a comunicação existente no ambiente das empresas. Podendo esta ser interna ou externa, assim como escrita ou oral, verbal ou não verbal. Esta, encontra-se presente em todas as organizações, e pode influenciar a produtividade dos colaboradores e consequentemente o desenvolvimento da organização. Contudo, muitas das vezes esta comunicação não é eficaz devido a interferências de barreiras, interrupções ou subversão do sentido da mensagem que interfere na relação comunicativa entre colaboradores (Lopes, 2019). Por este ser um fator que minimiza a eficácia da troca de mensagens na organização, constitui-se como sendo um tema interessante a ser estudado.

Atendendo ao anteriormente exposto, o presente trabalho teve como objetivo geral a realização de uma revisão da  literatura acerca das barreiras apresentadas na comunicação organizacional. Acoplando a isto, dá-se a necessidade de apresentar um estudo-caso com questões que vão ao encontro do tema central.  

De forma a atingir o objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: a) realização de um levantamento acerca da revisão da literatura relacionada com o tema, mais concretamente sobre a comunicação e suas dimensões e tipos, barreiras, conflitos e estratégias para o combate aos mesmos; b) escolha e identificação de um estudo-caso relacionado com o tema principal; c) análise de dados empíricos a partir do estudo-caso; d) apresentação dos dados relativos às questões realizadas no âmbito do estudo-caso.

Capítulo II – Revisão da Literatura / Enquadramento Teórico

1. Comunicação Empresarial

O Homem é um ser social que precisa de se comunicar porque comunicar é intrínseco à sua natureza humana.  Assim sendo, compreende-se que o Homem como ser social adapta-se ao meio envolvente por meio de comunicação com os seus semelhantes, sendo através dela que ele se insere na sociedade e estabelece relações sociais para a realização do seu bem-estar. É ainda, através desta que o Homem adquire a capacidade de se organizar com a intenção de produzir bens ou serviços, que de uma forma individual dificilmente conseguiria (Kunsch, 2016 citado por Abdala, 2018).

Atualmente, vive-se a uma velocidade de transformações e contextos cada vez mais complexos, onde a comunicação apresenta-se como uma ferramenta necessária para a competitividade e manutenção das organizações (Abdala, 2018). Esta, é essencial na dinamização da organização e encontra-se vinculada às formas de se expressar, sendo o alicerce que dá forma à organização, ou seja, contribui para a construção da sua identidade. Contudo, a comunicação não é autónoma, pois sempre corresponde à forma de ser daquilo que a origina dentro de instituição (Cardoso, 2006 citado por Lopes, 2019).

Assim sendo, a comunicação assume um papel abrangente, pois diz respeito à posição social e ao funcionamento da organização, desde o clima interno até suas relações institucionais.

Por outro lado, sem uma boa comunicação dá-se dificuldades ao nível dos relacionamentos internos e externos, originando baixa produtividade. Logo, as organizações necessitam manter o equilíbrio na comunicação para garantirem a sua subsistência (Gomes et al. 2013 citados por Lopes, 2019).

Atualmente, a comunicação deve servir de suporte para o modelo de gestão da empresa e possuir capacidade de levar a mesma à superação dos desafios competitivos implementados pela sociedade. Em contrapartida, a comunicação deixou de ser responsabilidade exclusiva de um único setor ou departamento, sendo função de toda a organização, e incorpora-se à gestão estratégica.  

O objetivo das organizações no que diz respeito à comunicação, é a procura pela melhoria das mensagens e o melhor meio para estabelecer os contactos com o público-alvo, com vista à transformação dos modos de  pensar e influenciar decisões na persecução dos objetivos gerais (Cardoso, 2006 citado por Lopes, 2019).

1. Dimensões da Comunicação Empresarial

Comunicação Interna e Externa

        Atendendo a Kunsch (2003) citado por Devesa (2016) a comunicação empresarial apresenta diversas modalidades que permeiam as suas atividades, sendo estas: a comunicação institucional, a comunicação interna, a comunicação metodológica e a comunicação administrativa. Esta perspetiva pressupõe a junção destas comunicações, formando um “mix”, que compõe a comunicação empresarial. Neste sentido, dá-se a necessidade da comunicação ser pensada, planeada e organizada de forma integra e como ferramenta estratégica, pelas empresas. Esta comunicação deve ser facilitadora na persecução dos objetivos organizacionais, tendo em conta as diferenças dos públicos-alvo, respeitando as diferenças individuais e coletivas, procurando contribuir para uma gestão participativa e em mudanças necessárias à empresa. De uma forma geral, a forma de ser de uma empresa, pode ser interpretada pelas formas desta comunicar.