Cafeina e seus efeitos ergogenicos na musculação

INTRODUÇÃO

O homem moderno busca cada dia mais uma saúde adequada e consequentemente melhorar seu desempenho físico. O desejo pelo objetivo rápido é tão intenso e o uso de substancias que possam ajudar a chegar a seu melhor desempenho é atraente. (ROCHA; PEREIRA, 1998)

Sabe-se que uma nutrição adequada é fundamental para um melhor desempenho físico associado à melhora do rendimento, diminuição da fadiga e ainda evita a perda da musculatura, porém, devido à dificuldade (tempo/comodidade) que as pessoas encontram hoje em dia em se alimentar corretamente, aumenta a procura e a comercialização de produtos que prometem os mesmos benefícios de uma alimentação balanceada, ou seja, os suplementos alimentares. (MONTEIRO, 2006).  

A portaria nº. 222 de 24 de março de 1998, que aprova o regulamento técnico referente a alimentos para praticantes de atividade física, no que se aplica aos suplementos como alimentos especialmente formulados e elaborados para praticantes de atividade física ou atletas, desde que os mesmos não apresentem ação terapêutica ou tóxica. (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998).  

Por isso os suplementos devem ser utilizados somente quando as necessidades de nutrientes não estão sendo atingidas pela alimentação sólida, como é o caso de atletas profissionais, que são submetidos ao estresse do exercício e precisam de um aporte nutricional maior devido ao seu gasto energético, aumentando muito o seu metabolismo. (OLIVEIRA; ANDRADE, 2007).

As maiorias dos que praticam atividade física não necessitam de um suporte adicional de calorias, pois, suas necessidades de atingir a recomendação diária de nutrientes facilmente se encaixam em uma alimentação balanceada (CARVALHO, 2003). Contudo, observa-se uma crescente variedade de novos produtos, que na maioria das vezes não tem seus efeitos cientificamente comprovados e são comercializadas da mesma forma, geralmente através de propagandas milagrosas que  induzem  as pessoas a utilizarem esses recursos para atingir seus objetivos. (CLARKSON, 1999).

No Brasil, o consumo de suplementos tem aumentado nas academias e clubes (DSBME, 2003). Este aumento geralmente é encorajado pelos profissionais de educação física ou treinadores (SOBAL; MARQUART, 1994; DSBME, 2003; BURNS et al., 2004; SCHNEIDER; MACHADO, 2006).

Segundo Williams, (2004), a maioria dos suplementos utilizados na prática desportiva o seu uso é seguro, entretanto, muitos usuários/praticantes acreditam que a quantidade superior a recomendada lhes trará melhores resultados, fazendo então uso excessivo dos mesmos, colocando então em dúvida essa segurança e até trazer prejuízos à saúde, e ocasionar efeitos colaterais.

Com base na literatura e alguns estudos científicos, alguns suplementos podem trazer sim benefícios para o atleta competitivo, e até para praticantes de atividade física, desde que haja moderação e seja indicado por um profissional competente e especializado que estarão aliando a suplementação à dieta, e não substituindo alimentos por suplementos. (MARQUES, 2006).

Dessa forma, o estudo teve com objetivo Avaliar o consumo de suplementos entre os frequentadores de academias de ginástica, e através da análise dos dados identificar os tipos de produtos mais utilizados, finalidade do uso, a frequência de consumo e as fontes de orientação.