Calculos Financeiros

1 - INTRODUÇÃO

1.2 - CONCEITOS E TIPOS DE CONTABILIDADE

A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e não surgiu em função de qualquer tipo de legislação fiscal ou societária, nem embasada em princípios filosóficos ou em regras estipuladas por terceiros, mas pela necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normalmente seu proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que lhe permitisse entre outros benefícios controlar, medir resultados, obter informações sobre produtos mais rentáveis, fixar preços e analisar a evolução de seu patrimônio. Pode-se dizer que a Contabilidade surgiu ou foi criada em função de sua característica utilitária, de sua capacidade de responder a dúvidas e de atender as necessidades de seus usuários. Conjunto este de características que não só foi eficiente para o surgimento da Contabilidade como também para sua própria evolução.

2 - HISTORIA DA CONTABILIDADE

Desde que o Homem vive em sociedade, ou seja, desde que o Homem é Homem, a contabilidade é uma tarefa indispensável para o seu dia-a-dia e mesmo para a sua sobrevivência.

Na pré-história, as primeiras formas de vida em sociedade - as tribos, clâs ou familias - contabilizavam as quantidades de alimentos e peles que possuíam e as que necessitavam de modo a poderem sobreviver aos frios invernos, quando a caça escasseava e o solo gelava. Com o advento das primeiras trocas comerciais, vários sistemas de contabilidade, ainda que bastante rudimentares foram criados por duas razões: para discernir o que era excedentário e transaccionável e para permitir a troca de bens diferentes.

Tudo viria a mudar com a introdução dos sistemas monetários. Esta revolução dos sistemas de trocas criou um bem “o dinheiro” que possibilitava a medição abstrata do valor de um produto e permitia que as vendas fossem efectuadas sem recurso à troca directa. Como, em princípio, o dinheiro não se estraga ou apodrece surgiu a necessidade de se proceder a um inventário mais rigoroso das propriedades monetárias das sociedades e dos indivíduos. Surgem assim, os primeiros registos de actividades comerciais. Os mais antigos que se conhecem são os registos nas tabuas de barro referentes ao pagamento de salários na Babilónia por volta de 3600 a.c., bem como diversas provas de guarda de registos e sistemas de controlo contabilistico no antigo Egipto e nas cidades-estado Gregas, que constituem documentos históricos fundamentais para melhor conhecer aquelas antigas civilizações.

Durante vários séculos, estes esquemas simples de contabilidade, que basicamente se limitavam a um inventário das posses, foram suficientes,

no entanto, com o final das cruzadas, no seculo XIII, o comércio entre a Europa e o Médio Oriente aumenta de forma significativa e a Itália torna-se a principal intermediária entre estes dois mercados. As grandes cidades-estados de então Florença, Genova e Veneza atraem mercadores, produtos e moedas das mais variadas origens. Com o crescimento e a diversificação dos negócios, tornou-se cada ves mais dificíl para os mercadores locais saber qual a sua situação financeira e o seu inventário.

É neste contexto que surgem alguns dos mais importantes conceitos contabilísticos, ainda utilizados hoje em dia. Adota-se, pela primeira vez, o metodo de entrada dupla ou veneziano e as noções de crédito e débito, distigue-se capital de lucro, surgem os conceitos de sociedades comercias com diferentes participações no capital e, consequentemente, diferentes ordens de lucro e prejuizos entre outras inovações.

3 - QUE TIPO DE USUÁRIO UTILIZA CONTABILIDADE ?

Este sistema de informação e avaliação que visa o provimento de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade aos seus usuários.

Usuário: pessoa física ou jurídica com interesse na avaliação da situação e evolução de uma entidade. Usuários podem ser preferenciais ou externos e são acionistas credores em geral e emprestadores de recursos ou integrantes do mercado de capitais.

Usuários internos:

Administradores da empresa: tomar decisões vitais para o sucesso do negócio;

Proprietários: saber sobre a rentabilidade do seu negócio;

Funcionários: saber se a empresa tem condições de pagar seus salários

Usuários externos:

Fornecedores: saber da situação financeira da empresa e conseqüentemente do risco de vender a prazo;

Bancos: análise econômico-financeira para aprovar empréstimos;

Governo: tanto para a arrecadação de impostos como obter dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a economia.

4 - A CONTABILIDADE GERAL E A INFORMAÇÃO PARA AS EMPRESAS

À medida que aumenta a dimensão das empresas, determinada pelo alargamento do mercado e pela incessante inovação tecnológica, maior é a necessidade que os gestores têm de informações atempadas que permitam auxiliar a tomada de medidas fundamentais para fazer face à concorrência, aumentar os resultados e lançar novos produtos no mercado a preços competitivos. Isto obriga a que todos aspectos da gestão da empresa estejam devidamente organizados, programados e controlados, tendo em vista permitirem o conhecimento aprofundado da informação da empresa em tempo oportuno.

A Contabilidade tem por objetivo fundamental o controle das relações da empresa com terceiros-clientes, fornecedores, devedores, credores, bancos, etc.

5 - O NOVO PERFIL DO GESTOR FINANCEIRO

Muitas mudanças e evoluções ocorreram no mercado de trabalho, economia e sociedade. Devido a isto as atribuições e focos do Gestor Financeiro mudaram também.

Com a redução dos índices inflacionários e ciranda financeira o foco de finanças passa de tesouraria para:

- Controladoria: gerar informações gerenciais para tomada de decisões.

- Planejamento: para se traçar estratégias de diferenciação e melhoria do desempenho empresarial.

- Controle de Custos: com base nas informações gerenciar os custos para manter e maximizar os resultados financeiros.

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