Cartona
Monografias: Cartona. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jeanys2 • 10/10/2013 • 1.718 Palavras (7 Páginas) • 734 Visualizações
Em 1995, o mercado de Álbuns e Fotografias come-
çou a ser atingido pela abertura comercial brasileira.
Iniciaram-se as importações de Álbuns Fotográficos e
a CARTONA que tinha, até o inicio dos anos 90, dois
concorrentes no Brasil, passou a ter mais de 300 concorrentes no mundo, a maioria chineses, europeus e
americanos. de uma hora para outra, depois de 70
anos praticamente sem concorrentes, a CARTONA A história da empresa CARTONA CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. se confunde com a própria história da
fotografia no Brasil.
Inventada na segunda metade do século XIX, a
pequena caixa de madeira capaz de registrar e
reproduzir imagens permitiu que o homem conquistasse um novo passo rumo à eternidade, registrando de forma indelével e permanente tudo
o que parecia ser importante no mundo: retrato
de pessoas, paisagens, monumentos, sítios urbanos e acontecimentos, impondo uma nova visão
de mundo, cujo conteúdo elevado de informações
precisas e realistas possibilitou uma democratização do saber.
Foi em 19 de agosto de 1839 que o físico Arago
deu a conhecer oficialmente, na Academia das Ci-
ências, em Paris, a invenção da fotografia, creditada aos franceses Nicéphore Niepce (1765-1844) e
Louis Mande Daguerre (1781-1851). Vale destacar
que alguns anos antes, em 1832, o francês radicado
no Brasil Hércules Romuald Florence (1804-1879)
descobre, no interior de São Paulo, um processo de
gravação através da luz, que batizou de Photografie,
mas que só foi oficialmente reconhecido 140 anos
depois a partir da publicação do livro do jornalista e
professor Boris Kossoy, “1833: a Descoberta Isolada
da Fotografia no Brasil”
1
.
Foto: Renato Fogal
1
Kossoy, Boris. 1833: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil. São Paulo:
Duas Cidades, 1980. www.espm.br/publicações
Independentemente das controvérsias sobre a verdadeira autoria da invenção da máquina fotográfica, o fato é que ela foi oficialmente apresentada no
Brasil em 1840, no Rio de Janeiro. Nesta época, o
Brasil, afastado geograficamente das grandes metrópoles européias que passavam por profundas revoluções culturais e intelectuais, recebia as novidades de forma muito aberta e a fotografia tornou-se
moda num prazo bem curto de tempo. A sociedade
brasileira do período do Império tratou de usufruir
a nova técnica, passando a fotografar e registrar
todas as imagens possíveis. Em especial, D Pedro II
se interessou profundamente pela fotografia e tornou-se praticante e colecionador da nova arte, em
função do que, trouxe para o Brasil os melhores fotógrafos da Europa, patrocinou grandes exposições,
promovendo a arte fotográfica brasileira e difundindo a nova técnica por todo o Brasil.
Os profissionais liberais da época, grandes comerciantes e outras pessoas de uma situação financeira abastada, passaram a se dedicar à fotografia em
suas horas vagas. Para essa nova classe urbana em
ascensão, carente de símbolos que a identificassem
socialmente, a fotografia veio bem a calhar criandolhe uma forte identidade cultural.
O sucesso da fotografia no Brasil foi tão grande
que, em menos de um século depois, em outubro
de 1920 a Kodak
2
instalou seu primeiro escritório
no Brasil.
Apenas sete anos após a fundação da Kodak no
Brasil, em 1927, foi fundada a empresa CARTONA
CARTÃO PHOTO NACIONAL LTDA. por João José
Monegaglia, filho de imigrantes italianos. No início,
aproveitando a grande demanda gerada pela abertura da Kodak e a facilitação do comércio de papéis
fotográficos no Brasil, a empresa iniciou a produção
de capas de cartão para fotografias de formaturas
e casamentos. Com o decorrer do tempo e com a
popularização da fotografia, as capas se transformaram em álbuns fotográficos.
Os primeiros modelos eram conhecidos como Álbuns
de Cantoneira, onde as fotos eram fixadas com cantoneiras que permitiam a fixação de fotos de qualquer tamanho. A partir da década de 50, os fotó-
grafos profissionais, em grande maioria da colônia
japonesa, começaram a migrar para o varejo dando
origem aos antigos “fotinhos”.
Percebendo o crescimento do mercado, em 1954 a
Kodak iniciou a fabricação nacional de papéis fotográ-
ficos preto-e-branco e em 1958, a Fujifilm3
chegou ao
Brasil, país escolhido para abrigar sua primeira filial
fora do Japão. Com duas unidades fabris instaladas
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