Comercialização de drogas legais
Tese: Comercialização de drogas legais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lextraca • 17/3/2014 • Tese • 849 Palavras (4 Páginas) • 258 Visualizações
(g) O marketing de drogas lícitas
A própria técnica publicitária nasce, desde o final do século XIX, fortemente ligada à venda de medicamentos, tônicos, fortificantes, etc., vendendo estilos de vida mais do que os produtos em si.
O marketing de drogas lícitas é, atualmente, uma indústria que atua globalmente, tanto em países industrializados quanto naqueles em desenvolvimento. As marcas são muitas vezes
vendidas mundialmente, mas os mercados são desenvolvidos por meio da sua associação com diferentes esportes, estilos de vida e identidades que variam de acordo com a cultura local. Assim, no Brasil, a cerveja é associada com futebol e carnaval, enquanto nos EUA, por exemplo, essa relação acontece com beisebol e o futebol americano (Super Bowl).
O discurso dos profissionais de propaganda e venda do álcool vai de encontro com a perspectiva da saúde pública que avalia que a publicidade teria influência sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Segundo os profissionais dos grupos de interesse, o objetivo da publicidade não é aumentar o consumo, e sim promover a troca e a fidelidade à marca.
(G) Imprensa brasileira e limitações
Apesar de quase bicentenária, a imprensa brasileira viveu sob censura boa parte de sua existência. A partir do início dos anos oitenta, reconquistou sua liberdade plena.
Potencialmente a mídia poderia associar-se a campanhas de esclarecimento sobre os riscos do consumo de álcool e de cigarro mas isto, muitas vezes, entra em conflito com seus interesses econômicos. As campanhas sobre comportamentos saudáveis, com informações necessárias, verdadeiras e bem formuladas são oferecidas, habitualmente, pelas ONGs (organizações não-governamentais) e pelo próprio governo que infelizmente, muitas vezes, não possuem recursos para pagar o alto custo de veicular e disponibilizar mensagens pelos meios de comunicação de massa. Cabe ao governo também, estabelecer regras que limitem o conteúdo e a veiculação das propagandas de drogas lícitas.
A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil é regulada pela lei n. 9,294, de 1996. Segundo essa lei, que também regulamenta os cigarros, entre outros produtos, bebida alcoólica é somente aquela com mais de 13 GL, ou seja, exclui cervejas e vinhos. A principal restrição que apresenta é a redução do horário de propaganda na televisão e no rádio permitindo propagandas de álcool entre 21:00 e 6:00 horas. No entanto, as chamadas, propagandas de uns poucos segundos, são permitidas a qualquer horário.A partir de 2000, uma nova lei (n.10.167), foi sancionada que praticamente proibiu qualquer propaganda de cigarro (exceto dentro dos locais de venda). Apesar dessa proibição não atingir as bebidas alcoólicas, o clima político parece ter se alterado um pouco, tanto que em janeiro de 2002 haviam mais de 50 projetos de lei propondo maiores restrições às propagandas de álcool.
Até hoje, o setor da venda de drogas (seja álcool, tabaco ou remédios) representa uma das maiores fatias do mercado publicitário internacional e brasileiro.
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( G) Medicamentos
O público visado nas propagandas de medicamentos geralmente são as famílias. Nestas a mensagem também é perigosa: o uso de medicamento, sem prescrição médica, põe fim ao mal estar e os problemas que a família enfrenta. Ao tomar um remédio ela supostamente se torna uma família feliz
para alcançar o padrão exigido pela sociedade, alguns indivíduos buscam o auxílio de drogas
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