DO PROBLEMA A PRATICA NA TOMADA DE DECISÃO

Conceitos

1. PROBLEMA (Capítulo 1)

“Admite-se a noção de problema como a necessidade de escolher uma dentre várias ações possíveis diante de uma situação. Todo problema é causado por uma situação que suscita em alguém a necessidade de agir”.

O resultado da análise da situação é a estruturação do problema, que por sua vez, determina se o problema é incompleto ou completo.

Problemas Incompletos: nunca tem solução definitiva. Uma vez que dada solução, abre caminho para novos problemas. Existem três classes de problemas incompletos: metafísicos (refere-se a problemas que não tem solução, a questões que não tem resposta), científicos (dizem respeitos a questões cujas respostas têm como ser comprovadas), e filosóficos (Não há acordo sobre as quais devam ser estes objetos, a razoável concordância diz respeito a levar o ser humano a saber de si mesmo para ser livre. O fenômeno observado não tem sentido único).

Exemplos: Problemas metafísicos: se a existência humana tem algum propósito; A totalidade cósmica.

Problemas Completos: são problemas que subdivididos em problemas subsidiários, tem pelo menos uma solução definida para cada um deles. Existem duas classes de problemas completos: Problemas lógico-formais ( são problemas que o ser humano propõe para si mesmo; que não existem como características problemáticas da realidade em que o homem busca atender a necessidades de sobrevivência e expectativa de bem-estar), e problemas práticos (são resultantes de situações postas pelo meio ambiente físico e social, dizem respeito a recursos, sistemas e processos que determinam a qualidade de vida das pessoas, individualmente e em sociedade. Uma vez levantados, os problemas práticos não podem ficar sem solução).

Solução de problema: no domínio dos problemas práticos, é uma ação que contribui para eliminar ou atenuar uma situação de insatisfação/desconforto presente ou a prevenir uma situação antevista como causa de insatisfação/desconforto futuro. É uma ação final numa cadeia de ações. Diante de uma situação da vida prática a primeira escolha que se faz é entre agir e não agir. O não agir tem dois aspectos: 1) manter dado curso de ação porque não se tem consciência de que a situação exige novo curso de ação; 2) manter dado curso de ação apesar de haver informação necessária e suficiente para suscitar a necessidade de um novo curso de ação. A cadeia de ações que se estende entre a percepção da necessidade de agir e a escolha de uma alternativa de ação, é denominada processo de decisão.

Exemplos:

Aspecto I: a tragédia com um avião Concorde durante a decolagem do aeroporto de Charles de Gaulle em julho de 2001

Aspecto II a tragédia do Titanic em abril de 1912; o comandante determinou que o navio mantivesse a velocidade e a rota apesar dos avisos de que havia icebergs que poderiam ameaçar a embarcação.

Métodos de apoio à decisão: embora o processo de decisão seja fundamentalmente único, existem vários métodos de apoio à decisão, isto é, maneiras de analisar as alternativas de ação adequadas para resolver o problema. Esses métodos são condicionados por dois fatores, incerteza (existem dois tipos, incerteza estatística ou aleatória para alguns estudiosos (se refere a um universo de eventos cuja distribuição de probabilidade é conhecida), e a incerteza epistêmica (diz respeito a um universo em que não somente se desconhece a distribuição de probabilidades dos possíveis eventos, mas também se desconhecem todos os fatores que determinam um evento em especial, de tal modo que o mesmo evento, ocorrendo em diferentes tempos e lugares, não tem necessariamente as mesmas causas) e complexidade (é o termo que se aplica a sistemas que consistem em partes que integram de tal modo que influenciam significativamente o estado ou comportamento do sistema futuro).

Exemplo:

a) Incerteza estatística/aleatória: arremesso de uma moeda.

b) Incerteza epistêmica: o preço de um produto daqui a 90 dias pode ser superior, igual ou inferior ao preço de hoje.

c) Complexidade: o relógio Patek Phillipe, que contem cerca de mil peças, ou de um avião como o Boeing 747-400, que contem mais de três milhões de componentes. Mercado de ações, uma colônia de formigas, uma colmeia, a sociedade humana, a floresta amazônica, são exemplos de sistemas complexos.

Método Determinístico: Estão ligados por relações de causalidade que excluem o acaso e a indeterminação (processo oposto ao casualismo).

Exemplo: elaboração de um projeto de construção de um edifício por um engenheiro. O chefe de cozinha que elabora a receita de um manjar especial.

Método Heurístico: é aquele que estimula ou guia um procedimento empírico do qual resultam alternativas satisfatórias de solução um problema, mas não há como comprovar que se levantaram todas as alternativas possíveis de solução do problema; a melhor delas é chamada solução ótima pode não ter sido encontrada.

Exemplo: o especialista de logística que determina as alternativas de trajeto mais rápido e de menor custo para o transporte rodoviário de cargas entre daus cidades.

Os métodos determinísticos e os heurísticos são empregados em condições de incerteza que, para fins práticos, é considerada nula. Em condições de incerteza não nula empregam-se os métodos estocásticos e inferenciais, ambos com raízes no cálculo das probabilidades.

Método Estocásticos: designa pessoa hábil em alcançar um resultado procedendo por tentativa e erro. Refere-se a sistemas e processos cujo estado ou comportamento num instante futuro não é totalmente presente.

Exemplo: o meteorologista que elabora a previsão de tempo para os próximos três dias.

Método Inferencial: é o processo de passar de uma ou mais proposições ou julgamentos considerados verdadeiros para outra proposição ou julgamento, cuja verdade, se acredita decorrer da verdade das proposições ou julgamentos anteriores.

Exemplo: tantas toneladas de uma nova variedade de cana de açúcar serão convertidas em tantas toneladas de açúcar

2. DECISÃO (Capítulo 2)

“É o ato ou efeito de decidir, escolher uma dentre várias alternativas de ação