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Etica E Legislação Trabalhista E Empresarial

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Por:   •  15/5/2014  •  3.399 Palavras (14 Páginas)  •  1.235 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

JOZINHA ALVES

MATHEUS C. PEREIRA

SILVIA BATISTA MARQUES

PROJETO PIM

SÃO PAULO

2013

JOZINHA ALVES

MATHEUS C. PEREIRA

SILVIA BATISTA MARQUES

PROJETO PIM

Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em processos gerenciais apresentado à Universidade Paulista – UNIP.

Orientador: Prof. Dr. José da Silva

SÃO PAULO

2013

RESUMO

O presente trabalho faz um levantamento e uma descrição sobre conceitos da administração financeira. O campo de finanças tem se ajustado às dramáticas mudanças dos últimos anos. Com isso, o conhecimento de finanças tornou-se essencial para as pessoas engajadas na prática de conduzir os negócios de uma organização. Diante a situação atual, surge à figura do Administrador Financeiro, profissional que cuida das finanças de uma empresa, honrando os compromissos nas datas dos vencimentos, captando recursos quando é preciso a um custo mais baixo ou ainda, o melhor, aplicando as sobras nos investimentos mais atraentes, atento as possibilidades de investimento em novos projetos, visando obter os resultados esperados pelos acionistas ou proprietários. Este trabalho discorre sobre algumas funções, responsabilidades, e finalidades do administrador financeiro dentro de uma organização. Relata uma grande empresa de sucesso, evidenciando alguns indicadores de liquidez e endividamento, com dados extraídos do Balanço Patrimonial publicado em 31/12/12.

Palavra Chave: Administração Financeira

SUMÁRIO

RESUMO 3

INTRODUÇÃO 5

1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 6

1.1. O Administrador Financeiro 6

1.2. Áreas de Conhecimento 7

1.3. Responsabilidades da Administração Financeira 8

1.4. Funções Financeiras 8

1.5. Levantamento de Recursos 9

1.6. Alocação de Recursos 9

1.7. Áreas de Decisões Financeiras 10

1.8. Fluxo de Caixa: Uma ferramenta para a Gestão 11

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 12

2.1 Análise de Balanço 12

2.1.1 Índices de Liquidez ou Solvência 12

2.1.1.1 Liquidez Corrente 13

2.1.1.2 Liquidez Seca 13

2.1.1.3 Liquidez Imediata 13

2.1.1.4 Liquidez Geral 14

2.1.2 Índices de Endividamento 14

2.1.2.1 Participação de Capital de Terceiros 14

2.1.2.2 Composição do Endividamento 15

2.1.2.3 Endividamento Geral 15

REFERENCIAS 19

INTRODUÇÃO

A função financeira de uma empresa não envolve tarefas simples, requer dos gestores um alto grau de conhecimento das ferramentas de administração financeira, bem como suas funções. Diante a necessidade empresarial em se adequar a um sistema financeiro competitivo, a administração financeira torna-se cada vez mais importante e necessária para obtenção de resultados, que é o fator pelo qual o investidor aloca seus recursos financeiros. Neste contexto, destacamos o administrador financeiro.

Segundo Fonseca (2009, p. 13) “[...] uma das principais características de um administrador financeiro é conhecer bem o funcionamento financeiro de uma empresa independente da estrutura de mercado na qual ela esteja inserida”. Primordialmente, o administrador financeiro, deve interagir muito bem com as demais áreas da empresa, para conseguir as informações necessárias para a execução das atividades financeiras.

Todos os aspectos de uma empresa estão voltados para a visão da Administração Financeira. A utilização das técnicas de avaliação de investimentos tem impacto significativo no processo decisório dentro da empresa, desta forma, o administrador financeiro passou a ser mais exigido, o que ocasionou a necessidade de especialização e atualização. Neste cenário, o trabalho irá discorrer sobre algumas funções financeiras, áreas de conhecimento, responsabilidades, decisões de investimento e alocação de recursos e análise de balanço de uma empresa real, cuja publicação de seus resultados é obrigatória.

Será feita uma análise no balanço patrimonial da empresa Magazine Luiza publicado em e 31/12/2012, mostrando alguns índices de liquidez/solvência e endividamento, bem como comentários sobre os resultados encontrados após os cálculos.

1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da empresa. Registros adequados permitem análises e colaboram com o planejamento para otimizar resultados.

Conforme Fonseca (2009, p.15), “[...] a meta da administração financeira é a maximização da riqueza dos acionistas”. Fazer isso sob condições de incertezas, não é tarefa fácil para a administração financeira. A empresa deverá proporcionar aos seus donos o maior retorno possível sobre seus investimentos. Para isso, a organização deve manter uma sinergia entre as áreas funcionais, administração de pessoal, de compras ou materiais, de vendas ou marketing e da produção. Cabendo a cada uma dessas áreas as funções básicas de planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar.

1.1. O Administrador Financeiro

[...] O administrador financeiro age sobre o ativo circulante do negócio, dimensionando adequadamente os investimentos que serão realizados na sua operação [...]. (MORANTE, 2011, p. 4)

Este profissional, geralmente denominado de Gerente Financeiro, Controller, Diretor Financeiro, Supervisor Financeiro ou ainda Chefe de Tesouraria, deve ter um ótimo relacionamento com os clientes internos e externos. O principal papel do Administrador Financeiro é cuidar efetivamente do dinheiro, sua entrada e saída, e logicamente preservar o retorno exigido pelos acionistas.

O administrador financeiro moderno precisa de uma visão integral da organização para detectar oportunidades e ameaças, tanto internas, quanto externas. Também é imprescindível a capacidade de analisar dados e informações e fazer inferências acerca dos comportamentos e ações futuros.

Nas palavras de Sanvicente (1997, p. 17) “[...] é o individuo ou grupo de indivíduos preocupados com a obtenção de recursos monetários para que a empresa desenvolva as suas atividades correntes [...].

O maior desafio do administrador financeiro é conciliar bem, o equilíbrio entre a liquidez e a rentabilidade. O item liquidez é a capacidade da organização de estar sempre com as suas finanças oxigenadas para que nunca falte recursos na hora de honrar os compromissos. Para isso, ele deverá usar o fluxo de caixa, onde projetará todas as entradas e saídas de recursos, tendo uma visão de curto , médio e longo prazos do fluxo monetário da empresa. Com o fluxo de caixa, ele poderá verificar quando faltará capital disponível para a empresa e com isso, tomar as devidas providências. No que diz respeito à rentabilidade, é a capacidade de o administrador financeiro investir recursos, do sistema do fluxo de caixa, em outro tipo de bem (estoque de mercadoria) e conseguir fazer com que este estoque se transforme em dinheiro, novamente, e retornem, com os lucros desejados, para dentro do sistema do fluxo de caixa.

1.2. Áreas de Conhecimento

Como o administrador financeiro mantém uma convivência com diversas áreas, para que possa tomar decisões, algumas exigem um bom domínio de conhecimento e outras, conhecimentos apenas complementares:

• Contabilidade: Precisa ter um mínimo de noção desta área, pois, trabalhará com as demonstrações financeiras a fim de emitir sua opinião acerca da saúde financeira da empresa. Deverá saber interpretar uma demonstração financeira;

• Administração: Técnicas de administração, administração de pessoal e outras;

• Economia: Visão global de mercado, ou seja, uma macro visão;

• Matemática Financeira: Como o Administrador financeiro estará em permanente negociação com bancos, fornecedores e clientes, sobre assuntos como taxas de juros, descontos, pagamentos antecipados e prazos médio, é de fundamental importância que domine esta área;

• Áreas de conhecimentos complementares: Informática, direito, meio ambiente, marketing, e comunicação.

1.3. Responsabilidades da Administração Financeira

A administração financeira é uma ciência que objetiva, basicamente, determinar o mais eficiente processo empresarial de captação de recursos e alocação de capital. Nesse contexto, é necessário levar em conta a problemática da escassez de recursos e a realidade operacional e prática das organizações. Entretanto, não basta apenas captar e alocar capital, é necessário administrar os recursos para gerar resultados financeiros e econômicos, o que garante a continuidade da empresa e cria valor aos seus acionistas (proprietários).

1.4. Funções Financeiras

Sanvicente, (1997, p. 17) diz que, “[...] a função financeira caracteriza-se pela sua centralização e por estar situada bem perto do nível mais alto da estrutura organizacional de uma empresa [...].

A administração financeira, no ambiente empresarial, volta-se essencialmente para as seguintes funções:

• Análise e Planejamento Financeiro: Evidenciar a necessidade de crescimento da organização; identificar problemas e desafios futuros; selecionar ativos rentáveis e condizentes com a empresa; estabelecer rentabilidade mínima dos ativos; transformação dos dados financeiros em uma forma que possa ser utilizada para orientar a posição financeira da empresa e promover a sua continuidade;

• Controle Financeiro ou Controladoria: Acompanhar e avaliar o desempenho financeiro da empresa; analisar desvios dos indicadores financeiros (há pelo menos 200 deles), comparando o previsto com o realizado; definir medidas corretivas básicas; implementar medidas corretivas; verificar eficácia;

• Administração de Ativos: Estabelecer a melhor estrutura em termos de risco e retorno dos ativos; acompanhar defasagens entre entradas e saídas (fluxo de caixa, gestão do capital de giro);

• Administração de Passivos: Gerencia estrutura de capital (financiamentos) da organização; garantir a estrutura de capital mais eficaz em termos de liquidez, risco financeiro e redução de custos.

1.5. Levantamento de Recursos

Envolve o suprimento de recursos necessários às operações normais da empresa e captação de valores para investimentos em projetos com longos períodos de maturação. As fontes de recursos à disposição de uma empresa podem ser classificadas de várias formas:

• Recursos Próprios: Capital integralizado, reservas e lucros retidos;

• Recursos de Terceiros: Compromissos assumidos e dívidas contraídas;

• Recursos Permanentes: Recursos próprios e dívidas a longo prazo;

• Recursos Temporários: Compromissos e dívidas a curto prazo.

1.6. Alocação de Recursos

Envolve a constante busca pela otimização na aplicação dos recursos para que seja alcançada a rentabilidade desejada e preservada a capacidade da empresa de pagar seus compromissos nos vencimentos. Essa responsabilidade amplia bastante os limites da gestão financeira, obrigando os executivos da área a conhecer todas as fases de funcionamento da empresa e a analisar profundamente os novos projetos de investimento.

1.7. Áreas de Decisões Financeiras

Ainda Sanvicente (1997, p. 21) relata que, “o objetivo básico implícito nas decisões de administração financeira é a maior rentabilidade possível sobre o investimento efetuado por indivíduos...”.

• Decisões de Investimentos: A grande concorrência existente nas modernas economias de mercado obriga as empresas a se manter tecnologicamente atualizadas. Assim, as empresas são obrigadas a desenvolver continuamente novos projetos e a tomar decisões sobre a sua implantação. Normalmente, isso significa a necessidade de vultosas somas adicionais de recursos e elevação no risco do empreendimento, uma vez que investimentos em novos tipos de ativos fixos têm efeitos prolongados sobre a vida da empresa, e uma decisão inadequada poderá comprometer irremediavelmente o seu futuro;

• Decisões de Financiamento: As decisões de financiamento constituem responsabilidade exclusiva do administrador financeiro. As decisões de financiamento visam a montar a estrutura financeira adequada às operações normais e aos novos projetos a ser implantados na empresa que exigem análise profunda das alternativas existentes e de suas implicações futuras.

• Decisões Relativas à Destinação do Lucro: Para uma empresa, a tomada de decisão financeira é um processo contínuo e inevitável. A decisão de dividendos engloba a alocação do resultado liquido da empresa, normalmente inclusa na área de financiamento, pois representa uma alternativa para financiar suas atividades. Dividendo envolve distribuir parte do lucro aos acionistas ou manter esses recursos retidos, com o objetivo de lastrear seus negócios, considerando sempre o custo de oportunidade. Das três decisões (de investimento, de financiamento e de dividendos), a decisão de investimento é considerada a mais importante, pois envolve a identificação, avaliação e seleção da melhor opção de alocação de recursos capaz de auferir o maior resultado econômico futuro. A decisão acertada não é aquela que gera um resultado econômico futuro, mas a que gera o maior resultado econômico futuro possível. Entretanto, a decisão de investimento sempre envolve um risco, pois há um grau variável de incerteza com relação à realização futura de lucros, o que demanda estudos probabilísticos e estatísticos para a avaliação da relação risco-retorno.

1.8. Fluxo de Caixa: Uma ferramenta para a Gestão

Ao falar de administração financeira, não se pode deixar de citar algo sobre fluxo de caixa. O fluxo de caixa é um importante instrumento de uma gestão, onde possibilita que a empresa conheça o volume de capital necessário para planejar seus compromissos diários, bem como disciplinar a alocação de recursos para suprimento de caixa e/ou investimentos.

Para Silva (2005, p. 13):

Para o fluxo de caixa tornar-se referencia de gestão, é necessário que seja possível: mensurar o efeito resultante entre as decisões gerenciais e o nível de liquidez; aumentar o horizonte de projeção, conseqüentemente aumentar uma visão futura da empresa; acompanhar os processos vigentes, bem como fazer uma revisão continua desses processos no caso de eventuais mudanças nos negócios.

O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos.

Em outras palavras, Zdanowicz (2004, p. 125) diz que:

O fluxo de caixa da empresa consiste em implantar uma estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é dispor de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos de caixa na empresa.

Portanto, o fluxo de caixa funciona como uma verdadeira “bola de cristal” para que o administrador possa ter condições de prever déficit ou superávit no decorrer dos meses, fazendo um planejamento correto no caso de déficit, conversando com fornecedores solicitando prazos maiores e no caso de superávit poderá escolher a aplicação mais rentável possibilitando o planejamento de suas ações futuras ou acompanhamento do desempenho de real sua empresa. Além disso, oferece aos usuários informações relevantes sobre entradas e saídas possibilitando com isso dar transparência á situação financeira da empresa e auxiliar na tomada de decisões.

2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1 Análise de Balanço

Figura 1 - BP Adaptado Pelos Autores Fonte 1 - BP Magazine Luiza publicado em 31/12/2012

2.1.1 Índices de Liquidez ou Solvência

São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, constituem uma apreciação sobre a capacidade de a empresa saldar seus compromissos com terceiros (Passivo Exigível). Esses índices são avaliados pelo critério de “quanto maior, melhor” e não medem a efetiva capacidade de a empresa liquidar seus compromissos nos vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvência em caso de encerramento das atividades. Um alto índice de liquidez não representa, necessariamente, boa saúde financeira.

2.1.1.1 Liquidez Corrente AC 2.420,7 = R$ 1,20

PC 2.007,9

Em 2012, existiam para cada R$1,00 de obrigações exigíveis a curto prazo (PC) R$1,20 de bens e direitos realizáveis a curto prazo (AC).

2.1.1.2 Liquidez Seca AC – ESTOQUES = 2.420,7 – 1.068,8 = R$ 0,67

PC 2.007,9

Em 2012, para cada R$1,00 de obrigações exigíveis a curto prazo (PC), a empresa dispunha de R$0,67 de Ativo Circulante, exceto os estoques, indicando que, se a empresa parasse de vender, conseguiria pagar pouco mais da metade de suas dívidas.Se a LS = R$ 1,00 pode-se dizer que a empresa não depende da venda de seus estoques para saldar os seus compromissos de CP, quanto mais abaixo da unidade, maior será a dependência de vendas para honrar suas dívidas.

2.1.1.3 Liquidez Imediata

Cx/Bc+Aplicações Financeiras = 418,9 + 126,4 = R$ 0,27

PC 2.007,9

Em 2012, para cada R$1,00 de obrigações exigíveis a curto e longo prazo, existiam R$0,27 de disponibilidades. Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relaciona o disponível com valores que vencerão em datas variadas, embora a curto prazo. Assim, temos contas que vencerão dentro de cinco ou dez dias, como também temos contas que vencerão em 360 dias, e que não se relacionam com a disponibilidade imediata.

2.1.1.4 Liquidez Geral

AC+ Ativo Realizável LP = 2.420,7 + 455,0 = R$ 0,98

PC + Passivo Exigível LP 2.007,9 + 918,8

Em 2012, para cada R$1,00 de obrigações exigíveis a curto e longo prazo, existiam R$ 0,98 de bens e direitos a curto e longo prazo.

2.1.2 Índices de Endividamento

É por meio desses índices que analisamos o nível de endividamento da empresa. Esses índices são avaliados pelo critério de “quanto maior, mais cautela”. O Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante e Passivo Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio Líquido), portanto Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens) de recursos. São os índices de endividamento que informam se a empresa utiliza mais recursos de terceiros ou recursos dos proprietários, e se os recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte a Curto Prazo (Passivo Circulante) ou a Longo Prazo (Passivo Exigível a Longo Prazo).

2.1.2.1 Participação de Capital de Terceiros

Revela qual a proporção existente entre Capitais de Terceiros e Capitais Próprios, isto é, quanto a empresa utiliza de Capitais de Terceiros (Passivo Exigível) para cada real de Capital Próprio (Patrimônio Líquido).

PC + ELP = 2.007,9 + 918,8 = 0,8261 82,61%

PC + ELP + PL 2.007,9 + 918,8 + 616,0

Em análise a este índice, nota-se que não existe a predominância de capital de terceiros, ou seja, capital próprio supera as obrigações com terceiros. Quando o Índice for menor que 100%, então o capital próprio supera as obrigações com terceiros. Portanto, para cada R$ 100,00 de capital próprio, temos, R$ 82,61 de capital de terceiros.

2.1.2.2 Composição do Endividamento

Compara o montante das dívidas no curto prazo com o endividamento total. Quanto menor for este índice, maiores serão os prazos que a empresa terá para saldar seus compromissos, em conseqüência, melhor será sua situação financeira atual.

PC = 2.007,9 = 0,6860 68,60%

PC + ELP 2.007,9 + +18,8

Com o resultado obtido, analisa-se que a empresa opera mais com dívidas a curto prazo. Essa situação é desfavorável, prejudicando sua liquidez corrente (Situação Financeira).

2.1.2.3 Endividamento Geral

Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e, complementarmente, a fração do Ativo que está sendo financiada pelos recursos próprios.

Exigível Total = 1.484,0 = 0,3612 36,12%

Ativo Total 4.107,9

36,12% dos recursos totais originam-se de capitais de terceiros. Isto significa que, não há predominância de capital de terceiros financiando os ativos da empresa. Mostra-se uma situação favorável.

Para ajudar no entendimento dos números publicados na figura 1, foi feita uma análise horizontal do balanço patrimonial da empresa, relacionando os dados publicados nos anos de 2011 e 2012. Desta forma, podemos analisar em porcentagem, a variação das contas patrimoniais da empresa.

No grupo do Ativo, figura 2, podemos destacar o “Contas a Receber”, onde, tínhamos no ano de 2011 R$ 1.927,8 e no ano de 2012, R$ 486,50, ou seja, -74,80% a menos de vencimentos a receber. Isso significa que a empresa gerou um caixa muito maior que ano anterior. Sendo evidenciado na comparação dos caixas nos respectivos anos, R$ 173,10 e R$ 418,90, ou seja, um aumento de 142%. Portanto, podemos dizer que a empresa recebeu quase todas as suas vendas do período.

No grupo do Passivo, figura 2, a conta que merece destaque é a de “Empréstimos e Financiamentos” no grupo do Passivo Circulante. Entende-se que a empresa, necessitou fazer empréstimos para atingir seus objetivos a curto prazo e saldar talvez a conta “Outras Obrigações” no curto prazo que, no ano de 2011 era de R$ 1.598,80 e em 2012 era de R$ 178,30, sofrendo uma redução significativa de 88,80%. Estas obrigações podiam estar gerando juros e multas, o que pode ter ajudado a empresa a optar pelo pagamento das mesmas.

Figura 2 - Analise Horizontal do BP (%) Fonte 2 - BP Magazine Luiza publicado em 31/12/2012

Estes dados estatísticos auxiliam e contribuem aos administradores financeiros a conhecer o histórico da empresa nos últimos anos. Desta forma, novos caminhos, objetivos e metas podem ser definidos com base em informações verdadeiras, o que aumenta a chances de sucesso da empresa.

Após esta análise, a empresa terá como meta para os próximos anos:

• Curto Prazo: Diminuir os Empréstimos e Financiamentos no grupo do Passivo Não Circulante.

• Médio Prazo: Recuperar os tributos.

• Longo Prazo: Continuar a investir para geração de capital futuro.

CONCLUSÃO

A administração financeira, e seus componentes são de extrema importância para organização de forma geral. Pretendeu-se com este trabalho, de forma simples e objetiva, mostrar algumas atividades da área de Administração Financeira, algumas funções do administrador financeiro, áreas de conhecimento, responsabilidades e decisões pertinentes ao setor. Desta forma, concluímos que é de fundamental importância a Administração Financeira em qualquer organização, independentemente de sua atividade econômica, pois a essência básica é a busca da maximização da riqueza econômica dos acionistas tornando-se perfeitamente coerente com os objetivos da empresa.

Diante o que foi exposto, podemos dizer que a Administração Financeira nos dias atuais poderá definir o sucesso e a vantagem competitiva de uma organização em relação às demais presentes no mercado, ao ponto que torna a empresa mais eficiente e estável, garantindo assim sua sobrevivência mesmo em tempos de mudanças tão repentinas.

REFERENCIAS

FONSECA, J. W. F. da. Administração Financeira e Orçamentária. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2009.

MORANTE, A. S; JORGE, F. T. Administração Financeira: Decisões de Curto Prazo, Decisões de Longo Prazo, Indicadores de Desempenho. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2011.

SANVICENTE, A. Z. Administração Financeira. 3. Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1997.

SILVA, E. C. da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. São Paulo: Editora Atlas S. A, 2005.

ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de caixa. 10. Edição. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.

Artigo disponível em: http://www.econoinfo.com.br/demonstracoes-financeiras/balanco-patrimonial?ce=MGLU. Acess

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