Gestão De Pessoas
Artigo: Gestão De Pessoas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ginabarreto • 18/10/2014 • 1.569 Palavras (7 Páginas) • 363 Visualizações
INTRODUÇÃO
No Brasil, como em todo o mundo, a atividade realizada pela área de Recursos Humanos vem se transformando a cada dia.
Atualmente, seu principal desafio é acompanhar a evolução na forma como se administram as empresas em uma economia globalizada num mundo ligado pela tecnologia da comunicação.
O modo como se faz Gestão de Recursos Humanos no Brasil está sendo modificado de maneira brusca. Se até bem pouco tempo atrás o foco dos administradores do Departamento de Recursos Humanos estava em realizar atividades burocráticas e de controle, atualmente, a forma como se gerem as Pessoas passou a ser um diferencial estratégico independentemente do porte ou nacionalidade da empresa.
Deste modo o foco do Departamento de RH amplia-se. Além de continuar respondendo por questões de cunho operacional, passa também a ser responsável direto por ajudar a empresa a atrair, reter e desenvolver as pessoas que compõem o seu negócio.
Em muitas empresas brasileiras estas preocupações começam a fazer parte de seu dia a dia, porém, muitas das práticas empregadas no Departamento de RH atendem as necessidades de âmbito operacional. Necessidades que podem ser melhor explicadas pelos acontecimentos históricos que marcaram a relação de trabalho no Brasil, e que, sem dúvida trazem reflexos até os dias de hoje.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ARH NO BRASIL
A ARH é, historicamente, uma função organizacional que se origina e evolui de uma resposta às condições do contexto empresarial e social que a cerca em cada período histórico. Em cada momento da história, a forma de gerenciar as pessoas no trabalho e, os próprios valores relativos dos seres humanos para as empresas variaram bastante em cada época. Assim, a ARH deriva de quatro vetores básicos: o desenvolvimento tecnológico e dos valores sociais predominantes em cada época; das teorias organizacionais e comportamentais existentes; das configurações empresariais, que se estruturaram de diferentes maneiras ao longo do tempo; das formas de organização do trabalho em cada época e lugar.
Podemos observar a evolução da ARH no Brasil dividida nas seguintes fases: O período até 1930; De 1930 a 1945; De 1945 a 1964; De 1964 a 1990; De 1990 a 2002; Pós 2002.
PERÍODO PRÉ-INDUSTRIAL (Até 1930)
O PERÍODO ATÉ 1930. Administração de pessoal rudimentar e autoritária (capataz); Industrialização primária e reduzida, com mão-de-obra de origem europeia; Organização profissional baseada em associações de classe - inexistência de sindicatos formalizados; Principais classes profissionais eram os ferroviários, portuários (economia agroexportadora) e profissionais de indústrias têxteis; Ausência da intervenção do Estado nas relações trabalhistas – ausência de leis trabalhistas – Liberalismo econômico; Formação profissional incipiente e restrita; Primeiras “Escolas de Aprendizes de Artífices” (1909) para ensino profissional; Governo de Epitácio Pessoa (1919-1922) criou as Escolas de Ensino Industrial (1920); Quebra da Bolsa de Valores de NY (1929) e fim do poder econômico e político das oligarquias cafeicultoras.
ERA VARGAS (1930 a 1945)
O PERÍODO DE 1930 A 1945 Era Vargas: Estado Novo e populismo (paternalismo); Forte intervenção do Estado nas relações trabalhistas – Criação do Ministério do Trabalho e da CLT; Caráter controlador e manipulador da população pobre; Industrialização começa a se desenvolver – mão-de-obra rural e pouco qualificada (ex-escravos e peões); Criação das primeiras siderúrgicas, mineradoras e grandes portos. Organização profissional baseada em sindicatos controlados pelo Estado - cassação de sindicatos ilegais e ligados aos partidos comunista e anarquista; Criação da “Secção de Pessoal” (registro legal de trabalhadores nas empresas); Primeiros centros de treinamento profissional e implantação de cursos de aprendizagem para as indústrias nas escolas públicas (1938) - Criação do SENAI em 1942. Fim da II Guerra Mundial e Vargas é deposto do governo.
GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)
O PERÍODO DE 1945 A 1964 Governos de transição após a II Guerra Mundial: • 1946-1951 - General Eurico Gaspar Dutra; • 1951-1954 - Getúlio Vargas (suicídio); • 1954-1955 - João Café Filho; 1956-1961 - Governo Juscelino Kubitschek; Política desenvolvimentista – indústria de base e abertura às multinacionais (indústria automobilística e de base); Grande desenvolvimento dos centros de treinamento profissional – SENAC e pesquisa tecnológica; Organização profissional baseado em sindicatos com pouco controle do Estado; Criação do “Setor de Relações Industriais”, com os processos tradicionais de RH, baseado no modelo americano, trazido pelas multinacionais; 1961-1964 - Governos Jânio Quadros e Jango geram instabilidade política e abrem caminho para a volta da ditadura no Brasil.
GOVERNO MILITAR (1964-1985)
O PERÍODO DE 1964 A 1990 1964 - Ditadura Militar até 1985: • 1964-1967 - Marechal Castello Branco; • 1967-1969 - Marechal Costa e Silva; • 1969-1974 - General Emílio Médici; • 1974-1979 - General Ernesto Geisel; • 1979-1985 - General João Baptista Figueiredo; Fechamento da economia à entrada de multinacionais e restrição à entrada de tecnologias estrangeiras. Criação do FGTS em 1966, eliminando a estabilidade de emprego – o empregado escolhe entre o regime CLT ou FGTS. FGTS Repressão à organização sindical e às reivindicações trabalhistas - achatamento salarial até 1979; Surgimento do Depto. de RH (Relações Industriais remodelada), na década de 70, nas grandes empresas; Grande oferta de mão-de-obra, facilitando o rebaixamento dos salários e uso da rotatividade como mecanismo gerencial de controle e de redução de custos;
O PERÍODO DE 1964 A 1990 Após a chamada “crise do petróleo” em 1973 o Depto. de RH se vê obrigado demitir o máximo possível dos funcionários para reduzir custos (reestruturaç ão produtiva). Área de RH tem que reduzir o
O PERÍODO DE 1964 A 1990 Greves gerais iniciadas em 1978-1979, no ABC paulista abriram espaço para reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho, além de envolverem questões como direitos civis e fim da ditadura militar; A década de 1980 se inicia com uma economia estagnada, inflacionada e sem avanços tecnológicos e gerenciais; A maioria das empresas
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