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Gestão De Projetos

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Por:   •  5/10/2014  •  7.850 Palavras (32 Páginas)  •  241 Visualizações

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1 Introdução

Itapecerica da Serra é uma cidade localizada na porção sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP e que se desenvolveu às margens da Rodovia Régis Bittencourt, rodovia federal que liga o Sudeste ao Sul do Brasil. É uma região de importância ambiental, pois conserva parte da Mata Atlântica de São Paulo e faz parte da Área de Proteção de Mananciais, especificamente da Bacia do Guarapiranga. A cidade é cortada pelos rios Embu-Mirim, Ribeirão da Ressaca e Ribeirão Itaquaxiara (fonte: SABESP). Por tratar-se de uma região em expansão, considerada extensão de uma das maiores metrópoles do mundo, Itapecerica da Serra torna-se fator importante no quesito preservação hídrica, acompanhada dos municípios vizinhos Embu das Artes, Taboão da Serra e São Lourenço da Serra.

É notório que nem todas as regiões da cidade são abastecidas por água tratada ou possuem recursos para descarte de esgotos eficientes, principalmente as mais carentes e distantes do centro populacional e administrativo de Itapecerica. A ocupação irregular de terrenos nas periferias impossibilita as tecnologias de fornecimento de água e esgoto de serem implantadas, sendo comumente utilizados sistemas de fossas e poços artesianos pelos moradores. Embora as forças políticas locais demonstrem estarem preocupadas com a solução deste problema, percebe-se certa morosidade no desenvolvimento de projetos eficientes, normalmente necessitando de grandes reservas financeiras que parecem mais próximas somente em anos eleitorais, distanciando-se em períodos posteriores. Alguns grupos isolados buscam de certa forma conscientizar a população a cerca do não desperdício de água, mas pecam em não fornecer soluções duradouras, capazes de efetivamente substituir a ausência da responsabilidade política no trato do bem estar de sua população eleitoreira.

No futuro próximo estaremos com problemas relativos ao consumo de água potável no Brasil. A utilização sem critérios sustentáveis de nossos mananciais e a poluição produzida pelo homem estão esgotando e poluindo essas reservas naturais. Mesmo com a mudança de hábitos relativa à utilização da água, graças às campanhas de conscientização por parte do governo e de entidades de defesa ambiental, parte da população ainda tem dificuldade em reaproveitar a água que é desperdiçada no dia-a-dia, quer por ignorância do fato ou dos meios para o reaproveitamento.

Algumas mudanças no cotidiano como fechar torneiras enquanto escova os dentes, diminuir o tempo no banho e substituir válvulas de descarga por caixas acopladas com restrição de volume nos vasos sanitários contribuem para a economia, porém nada se divulga sobre o reaproveitamento dessa água que representa parte considerável do consumo populacional de água potável.

A disponibilização de meios para o reaproveitamento de água tem o objetivo de reciclar quase em sua totalidade o que é utilizado em uma residência comum, através de instalações simples que copiam o processo de tratamento utilizado pelas empresas de água e também possibilitar o aproveitamento de águas pluviais nas atividades cotidianas.

Dentre os meios utilizados para o reaproveitamento da água encontram-se a filtragem da água da chuva, através de um processo simples de peneira e cisterna, com a utilização de cloro, o reaproveitamento da água do chuveiro gasta durante o banho e a captação das águas utilizadas em lavagem de cômodos ou em pias.

Essa disseminação de ideias trará, a médio prazo, uma economia relativamente satisfatória para a população e para o meio ambiente, sendo responsável inclusive pela redução nos gastos com o fornecimento de água e tratamento sanitário nas residências da região.

A partir da conscientização ecológica da população e de oferecimento de recursos tecnológicos simples, o vácuo na saúde pública pode ser, se não em sua totalidade, parcialmente preenchido por atitudes sustentáveis que contribuirão para um mundo mais limpo e independente de atitudes de órgão públicos municipais, estaduais ou federais.

2 Etapa 1: Aula-tema: A Natureza de um Projeto. Desenvolvimento do Conceito.

2.1 Passo 1

2.1.1 A Natureza de um Projeto

Segundo o Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (PMBok), “projeto” é um esforço planejado e executado com a finalidade de criar novos serviços, produtos e/ou para introduzir mudanças e inovações em processos organizacionais. Para se executar um projeto devemos ter objetivos claros, controles eficientes e medidores de desempenho fidedignos, bem como sua data de início e término. Passamos a seguir com uma breve história sobre o desenvolvimento da gestão de projetos como ciência.

Com o advento da Revolução Industrial, em meados do século XVIII as relações de produção foram modificadas, o que exigiu novas maneiras de gerenciar as organizações. A partir desse momento, os princípios da moderna gerência de projetos foram se consolidando (SISK, 1998) e a Administração tomou novos rumos, sendo estudada de forma científica. Henry Gantt, sócio de Frederick Taylor (o fundador da moderna Teoria Geral da Administração - TGA), desenvolveu diagramas (Diagramas de Gantt) que são utilizados até hoje para demonstrar a sequência e a duração de todas as tarefas em um dado processo.

Na década de 50, a Teoria Geral dos Sistemas começou a ser aplicada às organizações, as quais foram percebidas como sistemas abertos, relacionando-se com sistemas internos e externos, inseridos em sistemas maiores. Em 1954 Peter Drucker popularizou o gerenciamento por objetivos, um processo de gestão onde o corpo diretivo e os funcionários concordam com os objetivos comuns e passam a estabelecer metas e prazos a serem atingidos, bem como meios de controle de resultados e maneiras de atingi-los.

Nos anos 60, o gerenciamento de projetos foi formalizado como ciência (PRADO, 2000), e diversas organizações perceberam as vantagens de um trabalho organizado em torno de projetos, da comunicação e da integração do trabalho por meio da departamentalização e da profissionalização (SISK, 1998).

Um projeto possui a característica de ser único, quer no seu objetivo, cliente, pessoal envolvido ou produto e é limitado por três restrições básicas: tempo, custo e qualidade. Maximiano (2002) define projeto como “um empreendimento temporário de atividade com início, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto singular e dentro das restrições orçamentárias”. O fim de um projeto ocorre quando seu propósito é atingido.

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