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Importação chinesa de arroz

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Por:   •  13/10/2013  •  Artigo  •  311 Palavras (2 Páginas)  •  424 Visualizações

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Na China, os operadores privados compram arroz a baixo preço no exterior e vendem com um alto prêmio internamente. Isso começou em 2012 e foi empurrando o preço doméstico para o mais alto da história moderna: US$9,00/bushel contra US$4,67/bushel, em 2008. Bem a propósito: diferente do que estimam as estatísticas oficiais, as importações chinesas de arroz (considerando a entrada informal pelas fronteiras permeáveis) podem superar 4,0 milhões de toneladas no transcorrer deste ano.

A Índia, por sua vez, através de pesados subsídios, tem mantido um teto nos preços, fornecendo insumos e energia baratos para seus agricultores e água a um custo quase nulo. Indonésia e Filipinas buscam a autossuficiência (talvez inatingível), a despeito de uma população crescente, extensão limitada de terras e custos em elevação. Algo impossível, ou insustentável, quando se tem que conviver com a pressão de arroz barato das proximidades (Paquistão e Índia), embora também estes pratiquem uma política insustentável de preços e incentivem a produção de arroz de baixa qualidade. E os efeitos dessas atitudes se estendem além-fronteiras.

Vejam o caso da Tailândia, que era uma das nações de maior abertura no mercado agrícola mundial, com tradição milenar de livre comércio. Viu-se obrigada a sustentar um preço alto no mercado doméstico e segurar seus estoques (até que ponto?) para não inundar o mercado e derrubar os preços.

Algo lamentável e ainda sob ameaça.

Enfim, o que se observa é que, alegando promover a segurança alimentar e acesso ao alimento barato, no mais das vezes aqueles governos promovem políticas insustentáveis, ao contrário do que propalam. Não bastasse o alto custo financeiro, promovem inclusive a exaustão e a poluição dos recursos naturais, quando não a própria deterioração da riqueza (os estoques) produzida.

E nós, cá nesse outro extremo do mundo, aqui no Ocidente, no Mercosul, no Brasil: em que ponto estamos, o que queremos e o que podemos? E como faremos? Abre a gaita, gaiteiro!

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