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Iso 14001

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Por:   •  28/10/2013  •  4.199 Palavras (17 Páginas)  •  348 Visualizações

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OBJETIVOS

Neste trabalho apresenta-se um histórico da gestão ambiental, a série de normas ISO 14000 e aborda-se, principalmente, a norma ISO 14001. Objetiva-se mostrar o que a indústria automobilística tem feito para obter a certificação ISO 14001 e os benefícios, do ponto de vista econômico e ambiental, trazidos pela mesma.

INTRODUÇÃO

Na economia globalizada dos dias atuais, as organizações estão cada vez mais sendo pressionadas a demonstrar um gerenciamento adequado em suas estruturas ambiental, social e econômica. Isso vem em decorrência de uma consciência popular crescente sobre os danos causados ao meio ambiente e à saúde de comunidades, ao longo da evolução dos processos produtivos, além das enormes desigualdades sociais existentes ao redor do planeta. [1]

O conceito de gestão ambiental passou, a nível mundial, por profundas transformações ao longo dos últimos trinta anos. Abaixo, tem-se um histórico da gestão ambiental no Brasil.

HISTÓRICO DA GESTÃO AMBIENTAL

A partir da década de sessenta, o Brasil sofreu intensa industrialização, ocasionando um aumento da população urbana e uma concentração da atividade industrial, conseqüentemente intensificou-se os impactos ambientais.

Com isso, em 1973, foram criadas a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) em São Paulo e o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM) na Bahia. Após a Conferência de Estocolmo, o governo brasileiro criou, no mesmo ano, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). A partir de então, vários órgãos ambientais foram criados para amenizar a poluição industrial.

Como exemplo, no Canadá foi criado o Programa de atuação responsável (Responsible Care Progam) que visa o enfoque proativo, busca de melhoria contínua, antecipando-se à própria legislação, e visão sistêmica que abarca, em um mesmo programa, as preocupações com segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

A Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e empresas brasileiras associadas promovem esse programa que se baseia em seis áreas: princípios diretivos (ver Tabela 1); códigos de práticas gerenciais; comissões de lideranças executivas; conselhos comunitários consultivos; avaliação de progresso; e difusão na cadeia produtiva.

Tabela 1: Atuação Responsável. [2]

Princípios diretivos

1- Assumir o gerenciamento ambiental como expressão de alta prioridade empresarial, através de um processo de melhoria contínua em busca da excelência.

2- Promover, em todos os níveis hierárquicos, o senso de responsabilidade individual com relação ao meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, bem como o senso de prevenção de todas as fontes potenciais de risco associadas às suas operações, produtos e locais de trabalho.

3- Ouvir e responder às preocupações da comunidade sobre seus produtos e as suas operações.

4- Colaborar com órgãos governamentais e não governamentais na elaboração e aperfeiçoamento de legislação adequada à salvaguarda da comunidade, locais de trabalho e meio ambiente.

5- Promover a pesquisa e o desenvolvimento de novos processos e produtos ambientalmente compatíveis.

6- Avaliar previamente o impacto ambiental de novas atividades, processos e produtos e monitorar os efeitos ambientais de suas operações.

7- Buscar continuamente a redução de resíduos, efluentes e emissões para o ambiente oriundos das suas operações.

8- Cooperar para a solução dos impactos negativos ao meio ambiente decorrentes da disposição de produtos ocorridas no passado.

9- Transmitir às autoridades, aos funcionários, aos clientes e à comunidade informações adequadas quanto aos riscos à saúde, à segurança e ao meio ambiente de seus produtos e operações e recomendar medidas de proteção e de emergência.

10- Orientar fornecedores, transportadores, distribuidores, consumidores e o público que transportem, armazenem, usem , reciclem e descartem os sues produtos com segurança.

11- Exigir que os contratados que trabalham nas instalações da empresa obedeçam aos padrões adotados pela contratante em matéria de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

12- Promover os princípios e as práticas da atuação responsável, compartilhando experiências e oferecendo assistência a outras empresas para produção, manuseio, transporte, uso e disposição de produtos.

A partir de 1986 empresas foram obrigadas a fazer estudos de impacto ambiental antes da instalação de novas unidades industriais e outros empreendimentos de vulto, como represas, construção de estradas etc. Isso contribuiu para o aumento de ações responsáveis em relação ao meio ambiente.

No relatório da Comissão Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, destacaram-se a responsabilidade e o impacto ambiental das atividades industriais no desenvolvimento sustentável. Assim como, o crescimento econômico sustentável e a qualidade ambiental que se alcançaria através de boas práticas industriais e produzindo mais com menos.

Na Segunda Conferência Mundial da Indústria sobre a Gestão do Meio Ambiente (WICEM II), muitas corporações assinaram a Carta Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável de 1991, elaborada pela Câmara de Comércio Internacional (ICC), que contém um conjunto de princípios para a gestão ambiental no ambiente corporativo.

Em 1992, o British Standards Institute lançou a norma BS 7750, baseada na Carta Empresarial. Essa norma é voluntária e propõe um sistema de gestão ambiental que ordena e integra os procedimentos de uma empresa e permite que esta obtenha certificação. [2]

Princípios

1- Prioridade da empresa: reconhecer a gestão do ambiente como umas das principais prioridades na empresa e como fator dominante do desenvolvimento sustentável; estabelecer políticas, programas e procedimentos para conduzir as atividades de modo ambientalmente seguro.

2- Gestão integrada: integrar plenamente em cada empresa essas políticas, seus programas e procedimentos, como elemento essencial de gestão em todos os seus domínios.

3- Processo de aperfeiçoamento: aperfeiçoar continuamente as políticas, os programas e o desempenho ambiental das empresas, levando em conta os desenvolvimentos técnicos, o conhecimento científico, os requisitos dos consumidores e as expectativas da comunidade, tendo como ponto de partida a regulamentação em vigor; e aplicar

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