MARKETING EM FUSÕES: CASO DE INDÚSTRIA CERVEJA
Tese: MARKETING EM FUSÕES: CASO DE INDÚSTRIA CERVEJA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunna2303 • 28/5/2014 • Tese • 5.309 Palavras (22 Páginas) • 307 Visualizações
V I I S E M E A D T R A B A L H O C I E N T Í F I C O
M A R K E T I N G
O AMBIENTE INSTITUCIONAL E AS DECISÕES DE
MARKETING EM FUSÕES: O CASO DA INDÚSTRIA DE
CERVEJA
SHEILA FARIAS ALVES GARCIA
Doutoranda em Administração na Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Professora de Marketing nas
Faculdades COC. Pesquisadora do Grupo Laboratório – FEA/USP. Email:
sfag@netsite.com.br Endereço: Rodovia SP 328 km 310 + 252 m Condomínio Firenze casa
17 Ribeirão Preto São Paulo CEP 14110-000 telefone: 16. 39723709
ANGELA ANTONIA LOPES BIUDES GATAROSSA
Mestre em Administração na Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e
Contábeis de Franca (FACEF). Professora na Universidade Paulista (UNIP). Email:
angelabiudes@ig.com.br Endereço: Av. José Herbert Faleiros, 85 casa 17 Recanto das
Árvores Ribeirão Preto São Paulo CEP 14098-780 telefone 16. 39651037
MARCOS FAVA NEVES
Prof. Dr. da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade
de São Paulo – Campus Ribeirão Preto (FEARP-USP). Email: mfaneves@usp.br
Endereço: Av dos Bandeirantes 3900 Ribeirao Preto CEP 14040-900
telefone: 16 6023892
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Resumo
Verifica-se uma forte tendência mundial à concentração de empresas, através de
fusões e aquisições, originando grandes conglomerados. Esse fenômeno é percebido em
diversos setores do mercado, inclusive para bens de consumo. Em muitos países, com a
preocupação de evitar monopólios em gêneros de necessidade, o governo assume um papel de
controle, intervindo nesses processos de concentração. No Brasil esse papel cabe ao CADE
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Pretendeu-se enfocar e avaliar neste trabalho as conseqüências que as decisões do
CADE podem proporcionar às empresas presentes em processos de fusão. Adotou-se para a
investigação realizada a metodologia de estudo de caso. A unidade de análise foi o caso
AmBev. Para isso foram analisadas as decisões do CADE quando da constituição da AmBev,
bem como os reflexos, em relação aos objetivos da fusão, da implantação dessas decisões.
Sugerem os resultados da pesquisa que a interferência do CADE na obtenção das
vantagens competitivas provenientes de processos de fusão e aquisição varia de acordo com
os objetivos definidos pelas empresas que estão se associando.
Key words: Marketing, Competitividade, Políticas antitruste, Fusões e Aquisições
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O AMBIENTE INSTITUCIONAL E AS DECISÕES DE MARKETING EM FUSÕES:
O CASO DA INDÚSTRIA DE CERVEJA
1. Objetivo:
§ analisar a interferência do ambiente institucional nas decisões de marketing em
fusões: o papel do CADE ;
§ analisar a interferência do CADE na obtenção das vantagens competitivas
provenientes da fusão da Antarctica e Brahma para constituição da AmBev.
2. Revisão Bibliográfica
2.1. Conceituação de associações empresariais
Aliança estratégica é um termo econômico muito usado atualmente, cujo conceito
não é consensual na literatura. (TRICHES, 1996) Segundo Coughlan et al., (2002) “em uma
aliança estratégica, duas ou mais organizações têm ligações (legais, econômicas ou
interpessoais) que faz com que funcionem de acordo com a percepção de um único interesse,
compartilhado por todas as partes.” (COUGHLAN et al., 2002, p. 254) Lazo (1992) restringe
a visão de alianças estratégicas a associações entre várias empresas concorrentes, ou
potencialmente concorrentes. Para Besanko (2000), em uma aliança estratégica, duas ou mais
empresas concordam em colaborar em um projeto ou dividir informações ou recursos
produtivos. Ainda segundo esse autor, nos anos 80 e 90, muitas empresas voltaram-se para
alianças estratégicas como uma forma de organizar transações complexas sem sacrificar sua
autonomia.
As alianças estratégicas já foram chamadas de “moda dos anos 90” em função da
quantidade de alianças que foram criadas nessa época. (DOORLEY, 1997) Segundo Coughlan
et al. (2002), em função deste sua popularidade e modismo, a palavra aliança passou a ser
utilizada indiscriminadamente para se referir a diferentes formas de relacionamentos entre
empresas. Muitas dessas formas não passam de acordos táticos de conveniência ou até mesmo
relacionamentos comerciais normais cujo grau de conflito é baixo. Para esses autores o que
caracteriza uma verdadeira aliança estratégica é a existência de um compromisso genuíno em
que as partes estejam dispostas a sacrificar-se
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