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Mary Parker Follett

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Por:   •  5/4/2014  •  Bibliografia  •  848 Palavras (4 Páginas)  •  818 Visualizações

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Mary Parker Follett

Nasceu em 1868 em Quincy, Massachusetts, e até 1933, ano em que faleceu, publicou diversos trabalhos dando ênfase a gestão, as suas idéias foram ocultadas durante e depois da II Guerra Mundial, quer por ser mulher, quer pelo seu trabalho estar avançado em relação ao seu tempo. O seu conceito “ poder com ” em vez de “ poder sobre ” e outros como chave ao progresso da sociedade e ao sucesso empresarial ia contra as idéias instituídas na época. Follet discutia assuntos como o trabalho em grupo e a responsabilidade individual nas primeiras décadas do século XX, o humanismo do seu trabalho era o oposto das visões desumanizadas de outros pensadores da época.

" Muitas pessoas me dizem que eu deveria fazer e exatamente como eu deveria fazê-lo, mas poucos me fez querer fazer alguma coisa .... "

- Mary Parker Follett , o Estado Novo (p. 230)

As palavras escritas cerca de sete décadas atrás, atrai nossa atenção hoje como se ela estivesse falando conosco, pessoalmente, sobre as nossas preocupações atuais. Ela estudou os conflitos nas organizações causados pelos “ ruídos”: poder , controle, participação e conflito pelos grupos de trabalho e/ou falta deles. Ela reconheceu a natureza holística da comunidade e avançou a ideia de "relações recíprocas" na compreensão dos aspectos dinâmicos do indivíduo em relação aos outros. Suas idéias sobre a negociação, resolução de conflitos, poder e participação dos trabalhadores foram influentes no desenvolvimento de estudos organizacionais. Defendia a promoção de um "princípio de auto-governo", que facilitaria o crescimento dos indivíduos e dos grupos a que pertenciam. Follett tinha grande preocupação com o modo como as organizações resolviam os conflitos e, seus principais escritos concentram-se sobre a Resposta Circular e o Conflito Construtivo.

Sobre a Resposta Circular, Follet afirma que as relações entre as pessoas estão em constantes modificações, o simples contato entre dois relacionantes já altera a forma como um vê ao outro. Ela propõe que uma pessoa ao receber influência de outra, ao formular uma opinião já inclui essa nova percepção na sua fala e que essa nova percepção ao ser recebida pela outra pessoa irá alterar a forma como esta pensa, num ciclo contínuo e vicioso. Com esse escrito podemos perceber clara sintonia com o Brainstorming, conhecido como tempestade de idéias.

Sobre o Conflito Construtivo, Follett defendia que o conflito é importante e necessário para que surjam idéias criativas e inovadoras e também revelam uma diferença de opinião que cedo ou tarde se manifestará, de forma danosa ou não. A partir desse conceito, observou que existiam três soluções para o conflito: a Dominação, onde o lado mais forte dominava; a Conciliação, onde ambos os lados cediam; e a Integração que, segundo ela, era a melhor alternativa, onde ambos os lados interagiam, pensando, inovando e criando.

Com base nesta pesquisa e linha de pensamento, Follet afirmava o seguinte: “A integração parte do pressuposto que o conflito existe porque demandas não são atendidas, e essas demandas não devem ser suprimidas, e sim supridas.” No entanto ela reconheceu que nem

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