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Ministério do Trabalho

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Por:   •  7/3/2014  •  Seminário  •  375 Palavras (2 Páginas)  •  255 Visualizações

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Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior de nove Estados (São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará) superou expressivamente a das áreas metropolitanas desses Estados, mostrou reportagem do Estado, ontem, baseada em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. E não parece fato episódico, mas uma nova tendência ou processo, pois desde 2010 cresce o peso do interior na contratação de mão de obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais.

Há vários aspectos importantes nessa aparente mudança do vetor do emprego. Primeiro, que ela é registrada nos serviços, no comércio, na construção civil e, ainda mais, na indústria. Neste segmento, reforça-se a convicção de que o interior oferece não só melhor condição de instalação de novas fábricas, como de contratação do pessoal - que pode trabalhar perto da casa e da família, com menor custo de transporte e menor perda de tempo no deslocamento entre a casa e o trabalho.

Segundo, a diferença na oferta de vagas entre interior e capitais é maior nos Estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e, em especial, Minas Gerais. Nesses Estados, os novos polos econômicos têm importância crescente. Já em São Paulo, onde a diferença nas contratações é pequena, o desenvolvimento da economia do interior é mais antigo - e já é bastante diversificado.

A renda dos trabalhadores foi citada por especialistas como fator relevante para o aumento do peso nas contratações. No interior, mais pessoas percebem o salário mínimo - que cresce acima da inflação desde a estabilização propiciada pelo Plano Real, de 1994, acentuando-se nos últimos anos. O aumento da renda estimula o consumo, que, por sua vez, leva à abertura de novos pontos comerciais, que demandam empregados com carteira assinada. No tocante aos empregos na construção civil, os programas habitacionais destinados à população de baixa renda estimularam a abertura de vagas.

Mas, acima de tudo, já não é possível manter o ritmo da expansão do emprego nas regiões metropolitanas, acredita Eduardo Zylberstajn, da Fipe (USP): "Não é que não tenha mais gente para trabalhar, mas provavelmente haja menos gente disposta a trabalhar".

A tendência de deslocamento do emprego das capitais para o interior representa uma positiva desconcentração da economia.

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