O DESCARTE CONSCIENTE DO RESÍDUO INFECTANTE NO MEIO AMBIENTE

O DESCARTE CONSCIENTE DO RESÍDUO INFECTANTE NO MEIO AMBIENTE

Guilherme do Carmo Alves

Aluno do Curso de Graduação em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil

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Alexsandra Machado da Silva dos Santos

Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, Brasil

Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, Brasil

Professora do Curso de Graduação em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil

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Resumo

A preocupação com o meio ambiente tem levado empresas e consumidores à se preocuparem com destinação dos resíduos produzidos pela sociedade. Considerando o aumento do descarte de materiais com alta carga biológica utilizada em hospitais e laboratórios, este artigo tem como objetivo apresentar o ciclo reverso do material iniciado após sua utilização até o destino final. O material coletado precisa ter a carga biológica neutralizada antes de ser descartado em aterros, este processo permite que parte do material retorne ao ciclo de negócios através da reciclagem, sendo fonte de recursos financeiro para as empresas responsáveis pelo descarte.

Palavras-chave: Logística, Reversa,Resíduo, Biológico, PNRS,Investigação, Consumo.

Introdução

O presente artigo tem como finalidade essencial apresentar os dados coletados em pesquisa teórica e presencial do processo reverso do material utilizado em hospitais e laboratórios clínicos.

Por se tratar de material com alta carga biológica, é preciso que haja rigor no manuseio desses resíduos. É necessário que a análise do processo esteja de acordo com a regulamentação apresentada na PNRS, lei nº 12.305/10 juntamente com outras regulamentações específicas à área de saúde.

Assim, busca-se entender como ocorre a dinâmica logística de separação, do transporte e da destinação final do lixo infectante da Empresa X, para isso, primeiramente, deve-se analisar como é feita a separação e o armazenamento dos resíduos infectantes, logo após, avalia-se como se dá o transporte e a estrutura da operação na Clean Ambiental, para demonstrar os métodos utilizados na destinação final dos resíduos.

A proposta da pesquisa é confrontar a realidade que acontece em unidades hospitalares e laboratório clínicos com o padrão determinado pela agência reguladora, o seu transporte e a destinação final de acordo com a regulamentação apresentada na PNRS - Lei nº 12.305/10 juntamente com outras regulações específicas por se tratar de material biológico.

Dessa forma, busca-se entender o que acontece na reversibilidade dos resíduos, quais são os reais impactos gerados pela operação e verificar a possibilidade de novos métodos para destinação final.

Busca-se com esta investigação trazer um tema atual de interesse coletivo por possuir forte relevância não só profissional como também acadêmica.

Esta pesquisa se baseará em dois métodos, em uma abordagem qualitativa ao contribuir com as informações teóricas a respeito da noção de logística reversa e sobre o tratamento dispensado aos materiais descartados, além de uma abordagem qualitativa que irá mostrar os dados da operação, tudo o que for coletado em pesquisas na empresa.

Desenvolvimento

A Logística Reversa caracteriza-se como o estudo de seus canais de distribuição concentra-se, principalmente, no exame dos fluxos reversos, ou seja, naqueles que fluem no sentido inverso ao da cadeia direta, que tem como objetivo tornar possível o retorno de bens ou de seus componentes ao ciclo produtivo ou de negócios.

A preocupação recente das disciplinas com relação aos canais de distribuição reversa, referente às formas e aos meios em que uma parcela desses produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil longo ou após a extinção de sua utilidade, retornem ao ciclo produtivo ou de negócios, reestabelecendo seu valor em mercado secundário pelo reuso ou reciclagem de seus componentes.

Os canais de distribuição reversos têm sido muito pouco estudados até o momento, seja do ponto de vista da pesquisa acadêmica ou da literatura em geral, existindo poucas informações sobre eles na literatura especializada e ocorrendo uma incipiente sistematização de conceitos ne campo. Os canais reversos de alguns materiais tradicionais são conhecidos há muitos anos, como, por exemplo, o dos metais em geral, e eles representam importantes nichos de atividades econômicas. No entanto, há poucos textos e pouco conhecimento organizado, mesmo nesses casos. (LEITE, 2003, p.4)

Constituídos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados de descartes após finalizada sua utilidade original e que retornam ao ciclo produtivo de alguma maneira, distinguem os canais de distribuição em dois subsistemas reversos: Os canais reversos de reciclagem e os canais reversos de reuso.

Portanto, a logística reversa, por meio de sistemas operacionais diferentes em cada categoria de fluxo reversos, objetiva tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios. Agrega valor econômico, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo desde a coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logístico de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo. (LEITE, 2003, p.17)

Esta abordagem está relacionada às habilidades e às atividades envolvidas no gerenciamento de redução, de movimentação e da disposição de resíduos de produtos e embalagens. E busca agregar valor econômico, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas, suas respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo desde a coleta dos bens até a reintegração ao ciclo.

Como afirma Paulo Roberto Leite (2003), a respeito da valorização das cadeias produtivas, criam-se associações incentivadoras de sistemas de reciclagem e reuso e investem em programas educacionais de conscientização junto à sociedade para os problemas ambientais, a fim de confortar legislações locais ou garantir a perenidade dos negócios.