O Estudo de Caso
Por: Éversom Borges • 21/6/2020 • Artigo • 3.822 Palavras (16 Páginas) • 345 Visualizações
PROJETO INTEGRADOR III
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
Leia o estudo de caso apresentado na página seguinte e a partir das perguntas descritas abaixo e dos conteúdos estudados em todas as disciplinas ao longo deste semestre, elabore um texto argumentativo com no mínimo 1 página e máximo 2 páginas no formulário padrão (formato Word) disponível no Material Extra, seguindo às normas de estrutura: fonte Arial (cor preta), tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5 e alinhamento justificado.
Como foi apresentado no artigo o Nubank é a startup de maior destaque no Brasil. Uma possível razão para o sucesso é o modelo de negócio utilizado.
1. O que diferencia o modelo de negócios do Nubank em relação aos demais bancos?
2. Você acredita que o fato do sistema bancário brasileiro se enquadrar na estrutura de mercado de oligopólio explica as elevadas taxas de juros praticadas? Justifique.
TODO MUNDO #NU: USO DE DATA SCIENCE EM SERVIÇOS Introdução
Era só mais um dia qualquer, parecia uma sexta-feira não muito diferente das demais do mês de março de 2016. Antes de dar a semana por encerrada e curtir uma happy hour, Maria teria mais uma reunião de trabalho com o gerente comercial da loja em que trabalhava como assistente administrativa e com alguns de seus colegas de trabalho. Como de costume, ela chegou 15 minutos antes e se deparou com João, também auxiliar administrativo, organizando algumas planilhas em seu notebook.
Uma curiosidade surgiu em Maria ao ver adesivos colados no computador de João. Eram um retângulo e um círculo roxos, com caracteres brancos, que continham os dizeres
#SOUNU e uma logo de uma empresa que ela não conseguiu identificar, com apenas duas letras: NU. Apesar de querer saber o que aquilo significava, precisou se conter. Teria que organizar a sala de reunião, dispor os materiais e aguardar os demais participantes. A reunião iniciou-se às 16 h e teve uma hora de duração.
Durante esse tempo, Maria pouco prestou atenção ao que se discutia, pensando sobre o significado dos termos #SOUNU e se recordando de já ter visto alguma expressão parecida em suas redes sociais. Quando a reunião se encerrou, o próximo destino seria um restaurante ali mesmo, perto da empresa, contudo Maria não teve oportunidade de perguntar a João o que queriam dizer aqueles caracteres.
Já no restaurante, conversas descontraídas sobre suas vidas pessoais, família, sonhos e ambições envolveram todos, e, em um ambiente tranquilo e aconchegante, o tempo passou rápido. Mas, como no dia seguinte, apesar de ser um sábado, os afazeres da vida pessoal exigiam atenção, todos concordaram em voltar para casa mais cedo. Pediu-se, então, a conta. Maria retirou de sua carteira algumas cédulas e, ao ver tal cena, João perguntou:
– Você ainda não tem o NU?!
Maria, de fato, não sabia nem o significado daquilo, mas era o que havia despertado sua curiosidade e tomado parte de sua atenção durante a reunião. João, entusiasta do NU, dispôs-se a explicar:
– Trata-se do melhor cartão de crédito que você pode ter.
Após saber do que se tratava o #SOUNU, Maria desanimou-se. Em resposta a João, disse apenas que não gostava de cartões de crédito. João não acreditou no que tinha ouvido, e estava disposto a explicar mais sobre como ele conseguiu o cartão e convencê- la de que o NU, o cartão roxo do Nubank, seria o cartão porque Maria praticamente se apaixonaria.
O bom de ser #NU
João foi para casa pensando no que Maria tinha falado. Ele não acreditava que ela não conhecia o cartão roxo do Nubank. Estava convicto de que precisava mostrar-lhe quão bom era ter aquele cartão, e, certamente, argumentos não lhe faltariam. Foi um dos
primeiros clientes, e já tinha indicado várias pessoas. Era, além de entusiasta, um apaixonado por ser #NU.
Passado o fim de semana, João estava ansioso para encontrar Maria e contar um pouco mais sobre o Nubank, suas experiências de consumo com o cartão e entender o porquê de ela não gostar de cartões de crédito. Viu-a ao entrar na empresa, cumprimentou- a e logo combinaram um café juntos durante o intervalo para o lanche.
Na hora marcada se encontraram, e João logo falou: – Custei a acreditar, Maria, que você não conhece o Nubank! – Na verdade, João, eu nem sei ao certo do que se trata, estava bastante curiosa para saber o que significavam os adesivos no seu notebook, mas, quando você disse que se tratava de um cartão de crédito, perdi o interesse.
– O Nubank não é um cartão de crédito qualquer, Maria. É muito diferente dos que existem por aí.
– Mesmo que tenha diferença, eu não gosto de cartões. – Por quê?
– Tive experiências negativas com o cartão do meu banco. Se pudesse, nem conta lá eu teria. Só mantenho a conta aberta por conta do convênio que ele tem com a empresa.
– Então você já teve cartão de crédito?
– Sim, já. Mas, felizmente, consegui cancelar.
– E o que aconteceu contigo? Pelo jeito que fala, a sua experiência foi bem ruim mesmo, não foi?
– Minhas experiências já não foram das melhores a começar pelo atendimento do banco. Primeiro que, para entrar no banco, já é um puro sacrifício: tive que tirar celular, chaves e até algumas moedas que estavam comigo, acredita?!
– Sei bem como é...
– Depois de entrar, tem aquele bom e velho chá de cadeira. Perdi praticamente um dia de trabalho. Não queria nem falar da papelada que é necessária para poder abrir a bendita conta. Cópia disso, mais uma cópia daquilo, RG, CPF, comprovante de residência, renda... Enfim! Acho que você sabe muito bem do que se trata.
– E como sei!
– E não pára por aí! Quando chega a hora de ser atendido, tem todo aquele protocolo, muitas perguntas, parece um inquérito policial. Pelo menos, lembro-me disso bem, o atendimento foi cordial.
– Pelo menos isso!
– O que sei é que, no fim das contas, eu assinei uma imensa papelada, um monte de contratos, cheguei a me cansar. Para ser sincera, não cheguei nem a ler tudo o que estava escrito lá por completo. O atendimento foi finalizado, o atendente disse-me que eu receberia o meu cartão em casa, em 15 dias no máximo, que de fato chegou. Ele disse também que acompanhava a função crédito, e que tinha um limite preestabelecido para a minha conta e que o valor da anuidade estava incluído nas tarifas cobradas na conta. A opção de crédito deveria ser ativada por mim, caso eu quisesse usar.
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