O Estudo de Caso: Flexibilidade na Godiva Chocolatier
Por: marianabrasil1 • 13/3/2022 • Trabalho acadêmico • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 370 Visualizações
Estudo de Caso: Flexibilidade na Godiva Chocolatier
A mundialmente famosa fábrica de chocolates Godiva Chocolatier está situada
no coração de Bruxelas, centro europeu da fabricação de chocolates de qualidade. A
Godiva é uma fábrica relativamente pequena, que fornece mais de 100 tipos de
chocolates diferentes e embala-os em grande variedade de caixas e pacotes. Nos
últimos 10 anos, vem investindo para melhorar a produtividade por meio de automação,
mas, ao mesmo tempo, assegura flexibilidade em cada estágio de produção. Há dois
métodos básicos de produção usados pela Godiva: cobertura e moldagem.
A cobertura de produtos começa a partir de tiras de recheio prensadas e
relativamente consistentes, como marzipã, as quais, após cortadas em pequenos
pedaços, atravessam uma máquina que as reveste de chocolate líquido apropriado. O
departamento de cobertura opera mediante conjunção de vários equipamentos
(extrusoras, guilhotinas, aparadores, revestidoras, decoradoras etc) em sequencias e
combinações diferentes para se ajustarem aos designs dos produtos. Às vezes, quando
os volumes justificam o esforço envolvido em reposicioná-Ios na sequência adequada, a
movimentação dos materiais é feita usando-se esteiras rolantes entre as máquinas. Caso
contrário, os produtos são transferidos em travessas plásticas, o que permite que os
equipamentos (e os funcionários experientes) sejam independentes e, desse modo,
trabalhem em velocidades e tempos diferentes. Apenas pequenos tanques de chocolate
líquido são usados nas máquinas de cobertura, o que permite mudanças rápidas.
Comumente, demora apenas 20 minutos para desconectar o tanque e limpar a máquina
de cobertura antes da introdução de outra cor.
Devido à ampla variedade de produtos, o planejamento da produção é
complexo, e a decisão sobre a sequência em que são feitos os produtos é crítica para a
produtividade e para a qualidade. Normalmente, é considerado antieconômico produzir
menos de 300 quilos de uma cor de chocolate, e, sempre que possível, são planejados
lotes maiores de produtos diferentes com a mesma cobertura de chocolate. Isso
possibilita que a mudança de cor seja feita ao final da produção diária.
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A maior parte da moldagem dos produtos é produzida em uma longa e
complicada linha de produção de 80 metros, desenhada para trabalhar com ampla
variedade de moldes. Ela pode moldar as três cores e demora 20 minutos para a troca
do chocolate líquido. Normalmente, isso é feito no final da produção diária, de maneira
que não há desperdício da capacidade de produção. Os modelos podem ser mudados
sem alterar a linha de produção, usando-se um simples dispositivo operado por um
funcionário. O recheio do chocolate com cremes, caramelos etc. é feito com a utilização
de máquinas controladas por computador. Três dessas máquinas estão disponíveis, uma
ou duas ficam em uso enquanto a terceira permanece desativada para a limpeza,
programação e preparação para o próximo lote de recheio. Assim, é possível mudar o
produto em menos de um minuto e usar duas máquinas simultaneamente para
produtos nos quais castanhas ou cerejas devem ser inseridas no meio dos cremes. Após
essa fase, os chocolates podem ser encaminhados a uma máquina de embalagem
automática, mas a maioria deles é conduzida diretamente a um robô de
empacotamento que apanha e introduz os produtos em embalagens transparentes para
vendas a granel nas lojas ou em travessas plásticas, que são transferidas às várias linhas
de embalagem.
A parte mais flexível da operação é a seção de embalagem de produtos sortidos. Aqui
os chocolates são embalados conforme o composto e as posições apropriadas das várias
caixas que serão vendidas no varejo. Estas atravessam uma esteira rolante, onde os
chocolates
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