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O Que É Pós-Verdade?

Por:   •  13/8/2023  •  Resenha  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  59 Visualizações

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O que é pós-verdade?

"Pós-verdade"("post-truth"), se tornou a palavra de maior destaque na lingua inglêsa no ano de 2016, tornando-se destaque foi inserida no mais renomado Dicionário Oxford. A evolução do termo foi restirado pelo Google em mais de 20,2 milhões de citações em inglês, 11 milhões em espanhol e 9 milhões em português, uma ideia de seu sucesso.

Na definição britânica, “pós-verdade” é um adjetivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais”.

Não seria então, exatamente, o culto à mentira, mas a indiferença com a verdade dos fatos. Eles podem ou não existir, e ocorrer ou não da forma divulgada, que tanto faz para os indivíduos. Não afetam os seus julgamentos e preferências consolidados.

Segundo a Oxford, o termo foi empregado pela primeira vez em 1992, por Steve Tesich, em um ensaio para a revista The Nation. Anos depois em 2004, Ralph Keyes(escritor norte-americano),colocou-o no título de seu livro The Post-Truth Era: Dishonesty and Deception in Contemporary Life. Mas quem mais contribuiu para a sua popularização mundial foi a revista The Economist, desde quando publicou, em setembro passado, o artigo “Arte da mentira”.

No texto de The Economist, o mundo teria entrado em uma era política de pós-verdade, especialmente depois que os britânicos ignoraram os alertas sobre os "Brexit" e votaram por deixar a Comunidade Europeia, e que os americanos desdenhavam das graves advertências sobre Donald Trump, estanto preste à colocá-lo na Casa Branca.

No Brasil, aliás, a “pós-verdade” é a linguagem da moda na política e não ocorre apenas nos delírios fundamentalistas. Como vários parlamentares admitiram, Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade na Presidência da República, condição indispensável para o impeachment, mesmo assim foi deposta pelo “conjunto da obra” e nada foi capaz de impedir.

A Operação Lava Jato mistura intencionalmente doações legais que empresas fizeram a candidatos nas eleições com propinas que pagaram a parlamentares, criminalizando a política como um todo, e o eleitorado conservador vai às ruas para apoiar o juiz Sergio Moro e seus cruzados da moralidade pública, sem fazer qualquer ressalva.

É um eleitorado capaz de jurar sobre a Bíblia que o “filho do Lula”, esse ser abstrato e afortunado, é dono da Friboi e de quase tudo no País. E que se preocupa seriamente quando a “musa do impeachment”, a advogada Janaína Paschoal, comenta sobre a possível instalação de uma base naval russa na Venezuela e diz que Vladimir Putin está prestes a invadir o Brasil.

À era da “pós-verdade”, portanto, corresponde um “pós-jornalismo”. Não é mais aquele que duvida, pergunta, reflete, busca interpretar a complexidade do mundo, mas que afirma peremptoriamente, sentencia, reitera, constrói a realidade conforme os lobbies que faz ou defende.

Na balbúrdia da vida digital, no caos informativo das redes sociais, ele é apenas uma fonte a mais de “convicções”, não uma bússola para a informação confiável. Mas, prepotente, prefere atacar o Facebook e demais distribuidores de conteúdos do que fazer a autocrítica dos próprios defeitos.

Em

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