Os Investimentos E As Taxas De Juros
Exames: Os Investimentos E As Taxas De Juros. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lipsamore1 • 20/10/2014 • 4.723 Palavras (19 Páginas) • 436 Visualizações
Os investimentos e as taxas de juros
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:
listar os fatores macroeconômicos que afetam os investimentos;
identificar a importância dos investimentos como fator de aumento na produção agregada;
distinguir taxa nominal e real de juros.
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objetivos
AULA
Meta da aula
Explicar a influência das taxas de juros e da inflação sobre os investimentos realizados pelas empresas.
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Pré-requisito
Ajuda a compreender esta aula uma breve revisão da tabela que mostra o PIB brasileiro desmembrado (Aula 3) e o modelo keynesiano, apresentado na Aula 4.
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Análise Macroeconômica | Os investimentos e as taxas de juros
INTRODUÇÃO
No final do século passado, a publicidade resumiu em uma frase o que podemos entender como quase uma revolução na área de administração: “a propaganda é a alma do negócio”. Podemos nos aproveitar dessa máxima e afirmar: “O investimento é a alma do crescimento econômico”. Você verá, ao longo desta aula, que esta nossa máxima se justifica: enquanto a propaganda estimula a preferência pelo produto e gera a prosperidade nos negócios, os investimentos representam a possibilidade de maior capacidade produtiva e maior prosperidade na economia. Quando há investimento, há a expansão da empresa, o que gera mais emprego, renda e produção.
Nesta aula, vamos analisar o papel dos investimentos na economia de um país. Para isso, precisamos, entre outras coisas, identificar os elementos que os estimulam. É o que vamos desenvolver a seguir.
POR QUE INVESTIR?
Em primeiro lugar, você sabe definir o que é INVESTIMENTO?
Em Macroeconomia, investir significa adquirir capital novo. Capital é o bem cujo destino é a produção de outro bem. São exemplos de BENS DE CAPITAL o maquinário, as edificações, os equipamentos etc. Quando uma empresa resolve aumentar o tamanho de sua fábrica, ela está investindo.
Os investimentos têm dupla função na economia: são um importante elemento de demanda agregada (como visto na aula anterior) e proporcionam incremento na capacidade produtiva. Esta última função dos investimentos se dá por conta de se aumentarem os recursos disponíveis – estoque de capital – destinados à produção de bens e serviços.
INVESTIMENTO (PRODUTIVO)
É o acréscimo de bens de capital à empresa, como novas máquinas ou a construção de uma planta industrial (a fábrica). O investimento proporciona aumento da capacidade produtiva do país gerando o que se denomina Taxa de Acumulação de Capital. Os investimentos podem ser desdobrados em investimentos em bens de capital (Formação Bruta de Capital Fixo) e em variação de estoques. Lembre-se de que tratamos disso rapidamente quando desmembramos o PIB brasileiro (Aula 3).
Figura 5.1: Investir em uma empresa pode ser uma operação de risco. Diante do cenário macroeconômico em que esteja inserida, no entanto, há certos fatores que podem ser observados a fim de que se diminuam as incertezas sobre o futuro.
Henning Buchholz (www.sxc.hu)
BENS DE CAPITAL
São os bens cujo destino é a produção de outros bens. O capital pode ser físico (máquinas e equipamentos) ou financeiro (aplicações em ações, títulos públicos ou financeiros etc.). Quando os investimentos são em capital físico, denominam-se investimento produtivo. Quando são em capital financeiro, costuma-se denominá-los investimento financeiro.
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AULA 5
Podemos dividir os investimentos em duas fases:
A primeira ocorre quando há despesas com a compra de capital, o que impulsiona a demanda agregada (ainda não há o resultado dos investimentos em termos de aumento da produção). A segunda se nota após a maturação dos investimentos, o que resulta em aumento da produção (oferta agregada) e da capacidade produtiva da economia.
Ou seja, você pode entender o investimento também como a ação que eleva a oferta agregada e o estoque de capital no sistema econômico. São exemplos disso os gastos com instalações industriais, aquisições de máquinas ou equipamentos, variações de estoques etc.
Saiba ainda que o investimento pode ter duas dimensões: pode ser bruto ou líquido. Considerando que o estoque de capital também se deprecia, a diferença entre investimento bruto e líquido é dada pelo montante de investimento destinado a cobrir o que se desgasta ao longo do tempo, ou seja, a depreciação.
A equação a seguir mostra a relação entre investimento bruto e líquido.
IL = IB – D
sendo:
IL = investimento líquido
IB = investimento bruto
D = taxa do estoque de capital depreciado no período.
Em termos concretos: se, por exemplo, os investimentos totais de um país forem da ordem de 10 bilhões de dólares e, em média, 10% dos investimentos servirem apenas para cobrir o desgaste do capital, teremos:
IL = 10 – 0,1 (10) = 90
Caso você se sinta mais à vontade com um raciocínio baseado em equações, pode-se dizer que a definição de investimentos é dada por:
It = Kt – Kt-1 (1)
onde:
Kt = o estoque de capital no período t
Kt-1 = o estoque de capital no período t-1 (período anterior a t)
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Análise Macroeconômica | Os investimentos e as taxas de juros
Como o estoque de capital aumenta na proporção do montante dos investimentos líquidos realizados, o papel dos investimentos se torna claro pelo fato de permitir uma elevação na capacidade produtiva da economia ao longo do tempo.
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