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Relação entre a taxa básica de juros e o investimento agregado

Por:   •  19/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.496 Palavras (14 Páginas)  •  962 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

DISCIPLINA DE TEORIA ECONÔMICA II

PROFESSOR HÉLIO REIS

RELAÇÃO ENTRE A TAXA BÁSICA DE JUROS E O INVESTIMENTO AGREGADO NO BRASIL

CARLOS WAGNER FONTINELE

DANIELA SALES DE SOUZA ARAGÃO

                                        HILEANA LAIR SALES VASCONCELOS

NAIANY EUFRASIO DA SILVA

ROSIANE FELISMINO SALES

SAMUEL DE ASSIS DONATO PEIXOTO

MARÇO/2015

SOBRAL-CE

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        TAXA SELIC E INVESTIMENTO AGREGADO        4

2.1 – FHC E O PLANO REAL        4

2.2 – PERÍODO DE 2003-2010(GOVERNO LULA)        5

2.3 – PERÍODO DE 2011 AOS DIAS ATUAIS(GOVERNO DILMA)        7

2.4 – METODOLOGIA        10

3.4 – ANÁLISE DOS DADOS        11

4.        CONCLUSÃO        13

REFERÊNCIAS        14


  1. INTRODUÇÃO

Sabemos que a taxa de juros possui forte interferência na economia, pois é através dela que os agentes, em geral, decidem entre viabilizar um projeto de investimento, ou aplicar esse valor em um titulo publico, o qual renderá uma taxa de juros próxima à Taxa Selic, como também influencia na decisão de gastar em bens não produtivos e lazer em vez de deixa-lo aplicado, aumentando assim o consumo agregado. Sendo assim, uma taxa de juros alta significará poucos investimentos e baixo nível de consumo agregado. Sendo assim, uma taxa de juros baixa significará maiores investimentos produtivos e maior nível de consumo. Contudo, taxa de juros real(descontada à inflação) alta significará baixa demanda agregada, não exercendo pressão inflacionária, mas também baixo crescimento do PIB. Taxa de juros eal baixa favorecerá o crescimento do PIB, mas também poderá exercer pressão inflacionária pelo aumento da demanda agregada.

O presente trabalho apresentará um estudo sobre a taxa básica de juros e o investimento agregado do Brasil, buscando mostrar qual a relação existente entre esses dois fatores. Para a apresentação de tal relação, estruturamos o trabalho em tópicos e subtópicos, trazendo uma análise simplificada dos três últimos governos do Brasil: Governo FHC, Governo Lula e Governo Dilma.

TAXA SELIC E INVESTIMENTO AGREGADO

Taxa Selic é a taxa básica da economia brasileira, ou seja, é a menor taxa de juros de nossa economia, funcionando como taxa de referência para todos os contratos, como empréstimos e financiamentos. É definida a cada 45 dias pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil).

A Taxa Selic é utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando alta, ela favorece a queda da inflação, uma vez que desestimula o consumo, diminuindo assim a circulação de dinheiro no mercado. Dessa forma, com a queda na demanda, os preços tendem a cair também. Com a redução da Selic, ocorre o inverso. Os juros de cartões de créditos, financiamentos e empréstimos ficam menores, o que acarretará no aumento da demanda e na alta dos preços.

Durante anos o Brasil conviveu com altíssimos índices inflacionários, chegando a índices na casa dos três dígitos. Em 1993, a inflação chegou a 2.477%. O Brasil necessitava de um controle urgente da inflação.

Investimento agregado é o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, os quais, consequentemente, aumentam a capacidade produtiva da economia. O investimento também é chamado de acumulação de capital, por ser composto por bens de capital, máquinas e equipamentos, agregando também a variação de estoque de produtos que não foram consumidos. O investimento agregado privado é um dos principais componentes e gerador deste crescimento, sendo considerado, também, gerador do crescimento de longo prazo de uma economia. Dada a existência de um cenário econômico favorável, políticas expansionistas provocam aumento do investimento agregado.

F H C e o Plano Real

Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, lançou o plano Real em 1º de julho de 1994. O Banco Central fixou uma paridade entre o Real e o Dólar, como forma de valorizar a nova moeda. Após o seu lançamento, a inflação caiu de forma drástica. O aparente sucesso do Real levou FHC a conquistar 02 mandatos presidenciais, apoiado sempre na tese do controle inflacionário. Esse controle aparente foi conquistado com duras medidas para os brasileiros, através de: juros altos, privatizações, desempregos, salários defasados, entre outros. A taxa Selic durante o Governo FHC esteve sempre acima de 19%.

O segundo mandato de FHC foi marcado por uma recessão econômica que o país enfrentou. Investidores internacionais, receosos com a economia brasileira, tiraram bilhões de dólares do Brasil. Para arcar com os empréstimos contraídos juntos ao FMI o país aumentou ainda mais as taxas de juros. Essas medidas já não estavam surtindo os efeitos esperados na economia brasileira, pois a inflação alta voltava a assustar os brasileiros. Em 1999 foi instituída a política de metas de inflação. Essa meta foi estourada nos 02 últimos anos do Governo FHC, o que mostra que a inflação não estava sob controle.

Através da política de juros altos, o Governo FHC reduziu de forma considerável a inflação no país, deixando de lado políticas sociais, como geração de emprego e renda, levando o país a uma grave crise econômica. No governo seguinte a inflação esteve sobre baixos índices, mas sem abandonar as políticas sociais, também importantes para o país.

 PERÍODO DE 2003-2010 (GOVERNO LULA)

Quando o presidente Lula assumiu o governo a situação econômica era de grande inquietação. Os indicadores não eram os mais favoráveis. A situação econômica gerava preocupação, principalmente com relação ao incremento inflacionário, que registrava 12,5% e com sinais claros de desequilíbrio, a dívida líquida do setor público havia subido para 51,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e as reservas internacionais eram de US$ 37,8 bilhões, dos quais US$ 20 bilhões correspondiam a empréstimos feitos junto ao FMI, ou seja, a situação exigia no mínimo cautela para que os indicadores não piorassem e comprometessem a governabilidade. Com o início do governo Lula em 2003 e, sobretudo, a partir de 2004, o SFB passou a apresentar uma trajetória de crescimento mais sustentável, iniciando o ciclo de crédito mais próspero na história contemporânea brasileira, bem como uma inédita expansão dos segmentos primário e secundário do mercado de capitais (BNDES, 2008-9). A aceleração da atividade econômica, a manutenção da inflação, de certo modo, sob controle, a queda da taxa de juros real, dentre outros indicadores, implicaram um ambiente mais propício à expansão do Sistema Financeiro Brasileiro (SFB) e de sua funcionalidade.

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