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PIM Fundamentos Administração e Comunicação

Por:   •  20/5/2019  •  Seminário  •  5.986 Palavras (24 Páginas)  •  915 Visualizações

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Os Fundamentos de Economia

A. INTRODUÇÃO

Enquanto você está iniciando seus estudos, deve estar se perguntando por que estudar economia. De fato, as pessoas a estudam por diversas razões.

Muitos estudam economia porque esperam ganhar dinheiro.

Algumas pessoas temem ser consideradas analfabetas se não puderem compreender as leis da oferta e da demanda.

Outras estão interessadas em aprender como os computadores e a revolução da informática estão moldando a nossa sociedade, ou por que a desigualdade na distribuição de renda aumentou tão bruscamente nos últimos anos.

Todas estas razões, e muitas outras, fazem sentido. Mesmo assim, percebemos que há uma razão que se sobrepõe às outras para aprender as lições básicas de economia:

toda a sua vida — do berço até o túmulo e além — você terá de enfrentar as verdades brutais da economia.

Tal qual um eleitor, você tomará decisões sobre assuntos que não podem ser compreendidos por quem não dominar os rudimentos desta matéria. Sem conhecimento de economia, você não conseguirá ficar totalmente informado sobre o comércio internacional, o impacto econômico da Internet, ou o trade-off (dilema) entre a inflação e o desemprego.

A escolha de sua carreira é a decisão econômica mais importante que você fará na vida. Seu futuro depende não apenas de suas próprias habilidades, mas também de como as forças econômicas, que estão além de seu controle, afetam seus ganhos. Além disso, seu conhecimento de economia pode ajudá-lo a fazer um pé-de-meia investindo o que economiza.

É claro que estudar economia não fará de você um gênio. Mas sem ela o jogo ficará armado contra você.

ESCASSEZ E EFICIÊNCIA: OS TEMAS GÊMEOS DA ECONOMIA

O que é economia? Nos últimos 50 anos, o estudo de economia se expandiu para incluir uma vasta gama de tópicos. Quais são as principais definições destes temas cada vez mais importantes? São que a economia:

  • analisa como as instituições e a tecnologia de uma sociedade afetam os preços e a alocação de recursos entre os usos diferentes.
  • explora o comportamento dos mercados financeiros, incluindo as taxas de juros e os preços de ações.
  • examina a distribuição (DISPARIDADE) de renda e sugere maneiras de ajudar os pobres sem prejudicar o desempenho econômico.
  • estuda o ciclo de negócios e examina como a política monetária pode ser usada para moderar as oscilações no desemprego e na inflação.
  • aborda os modelos de comércio entre nações e analisa o impacto de barreiras comerciais.
  • investiga o crescimento nos países em desenvolvimento e propõe maneiras de encorajar o uso eficiente de recursos.
  • pergunta como políticas governamentais podem ser usadas para atingir metas importantes como o crescimento econômico rápido, o uso eficiente de recursos, o pleno emprego, a estabilidade de preços e uma distribuição justa de renda.

Esta é uma boa lista, que poderia até ser estendida. Mas se resumirmos todas estas definições chegaremos a um tema em comum:

Economia é o estudo de como sociedades usam recursos escassos para produzir bens úteis e distribuí-los entre pessoas diferentes.

Por detrás desta definição estão duas ideias-chaves em economia:

a de que os bens são escassos e

a de que a sociedade precisa usar seus recursos de forma eficiente.

De fato, a economia é uma matéria importante devido à escassez e ao desejo de eficiência.

Imagine um mundo sem escassez. Se quantidades infinitas de todos os bens pudessem ser produzidas, ou se os desejos humanos fossem totalmente satisfeitos, quais seriam as consequências? As pessoas não se preocupariam em maximizar suas rendas limitadas porque poderiam ter tudo o que quisessem; as empresas não se preocupariam com o custo da mão-de-obra nem com planos de saúde; os governos não precisariam lutar para estabelecer impostos, se preocupar com o gasto público, ou com a poluição, porque ninguém iria se importar. Além do mais, já que todos poderíamos ter quanto quiséssemos, ninguém se preocuparia com a distribuição de renda entre pessoas ou classes diferentes

Em tal eden de fartura, todos os bens seriam livres, como a areia no deserto ou a água salgada na praia. Todos os preços seriam zero e os mercados desnecessários. De fato, a economia não seria mais uma matéria útil.

Mas nenhuma sociedade chegou a ser uma utopia de possibilidades sem limites. Vivemos num mundo de escassez, repleto de bens econômicos.

Uma situação de escassez caracteriza-se quando os produtos estão limitados com relação aos desejos.

Devido à natureza ilimitada das necessidades, é importante que uma economia faça o melhor uso possível de seus limitados recursos. Isto nos traz até a noção crítica de eficiência. A eficiência denota o uso mais eficaz dos recursos de uma sociedade para satisfazer os desejos e as necessidades das pessoas.

Em economia, dizemos que uma economia está produzindo de forma eficiente quando não consegue melhorar a situação econômica de alguém sem piorar a situação econômica de outro.

A essência da economia é reconhecer a realidade da escassez, e depois encontrar uma maneira de organizar a sociedade de tal forma que realize o uso mais eficiente de recursos. É aí que a economia realiza a sua contribuição singular.

Microeconomia e Macroeconomia

Adam Smith é geralmente considerado o fundador da microeconomia, o ramo da economia que hoje se preocupa com o comportamento das entidades individuais como os mercados, as empresas, e as famílias.

Em A Riqueza das Nações (1776), Smith analisou como os preços unitários são estabelecidos, estudou a determinação dos preços de terras, da mão-de-obra e do capital, e pesquisou os pontos fortes e fracos do mecanismo do mercado. Além disso, o mais importante, identificou as notáveis propriedades de eficiência dos mercados e viu que o benefício econômico decorre das ações empreendidas pelos indivíduos em favor de seus próprios interesses. Esses continuam sendo assuntos importantes hoje, e embora o estudo da microeconomia tenha avançado muito desde os tempos de Smith, ele ainda é citado por políticos e economistas.

O outro ramo fundamental de nossa matéria é a macroeconomia, que se preocupa com o desempenho geral da economia. A macroeconomia nem existia na sua forma moderna até 1935, quando John Maynard Keynes publicou a sua obra revolucionária, Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro. Naquela época, a Inglaterra e os EUA ainda estavam mergulhados na Grande Depressão dos anos 30, com mais de um quarto da mão-de-obra norte-americana desempregada. Na sua nova teoria, Keynes desenvolveu uma análise das causas dos ciclos de negócios, com a sequência alternada de períodos de alto desemprego e alta inflação. Hoje, a macroeconomia examina uma grande variedade de áreas, por exemplo:

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