Portos Brasil
Exames: Portos Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joanahelena • 25/4/2014 • 2.755 Palavras (12 Páginas) • 402 Visualizações
Acesso a terminais é maior problema nos 10 principais portos brasileiros
Balanço do G1 mostra entraves que dificultam a saída de produtos do país.
Engarrafamentos e falta de pátios para caminhões são comuns nos portos.
Do G1, em São Paulo
06-06-13
A dificuldade de acesso aos terminais de carga é o principal problema nos dez maiores portos brasileiros, responsável por atrasos na entrega, aumento dos preços e prejuízos às empresas envolvidas nas operações. Além de congestionamentos em rodovias que levam aos portos, falta de pátios para estacionamento de caminhões, planos de movimentação ineficientes e outros problemas em terra, há ainda restrições para a navegação dos navios por conta da baixa profundidade, entraves burocráticos e embaraço na execução de obras.
A solução para essas e outras questões motivou a criação da nova Lei dos Portos, aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional em forma de medida provisória e sancionada nesta quarta-feira (5) pela presidente Dilma Rousseff, com objetivo de modernizar os portos do país. A chamada MP dos Portos estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. A intenção do governo é ampliar investimentos privados e modernizar os terminais, a fim de baixar custos de logística e melhorar condições de competitividade da economia brasileira.
Ao sancionar a medida, a presidente vetou 13 itens do projeto aprovado no Congresso, entre eles o que estabelecia prorrogação automática dos novos contratos de concessão e o arrendamento de terminais em portos públicos.
O G1 fez um levantamento dos problemas que barram o desenvolvimento dos dez principais portos – em valores de exportação – e ouviu administradores e especialistas do setor para mostrar quais são os projetos de melhorias já em andamento e o que precisa ser feito para tornar os escoadouros da produção nacional mais eficientes. Confira o panorama:
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Movimentação no Porto de Santos registra recordes
(Foto: Carlos Nogueira / A Tribuna de Santos)
No ano passado já estava assim, mas agora está pior, intransitável. Já fiquei 12 horas no engarrafamento"
Marco Antônio Reis, de 50 anos, caminhoneiro
1º - Acesso é problema em Santos
O Porto de Santos, que no ano passado foi responsável por um quarto das trocas comerciais do país, deve receber R$ 7 bilhões em investimentos até 2024, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o terminal. Em 10 anos, o atual movimento de 104 milhões de toneladas de carga deve subir para 230 milhões.
Para que o aumento seja viável, o porto busca soluções para alguns de seus principais problemas, como a melhoria do acesso aos terminais para colocar fim aos engarrafamentos nas rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni, de acordo com o repórter Lincoln Chaves (leia a reportagem).
Hoje, caminhoneiros chegam a ficar mais de 24 horas parados nas estradas até conseguirem descarregar os produtos, já que não há pátios suficientes para estacionamento. O atraso na entrega encarece os produtos. Em 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os navios ficaram, em média, mais de 18 dias no porto até serem carregados com milho, sendo 87,4% do tempo gasto na espera para atracar. Até 20 de março desse ano, de acordo com o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo, o prejuízo para os agentes marítimos foi de R$ 115 milhões. Estima-se que cada navio atracado custe cerca de R$ 100 mil por dia.
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Cais do Porto de Vitória durante obras de melhoria,
no fim de 2012 (Foto: Leandro Nossa/G1 ES)
Hoje, nós perdemos cerca de 35% da exportação de café e 30% da exportação de granito para o Rio de Janeiro. Isso tem que mudar. É importante esclarecer que o que faz um porto eficiente e rentável, no final das contas, são os acessos"
Eduardo Prata, superintendente da
Companhia Docas do Espírito Santo
2º - Vitória perde linhas internacionais
Com estrutura de acessos marítimo, ferroviário e rodoviário que não atende à demanda de cargas, o Porto de Vitória perde linhas de navegações internacionais de carga para terminais de outros estados, segundo apurou a repórter Juliana Borges. Atualmente, só navios de Xangai, na China, atracam no local (leia a reportagem aqui).
Segundo o superintendente geral de projetos da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Eduardo Prata, o problema dos acessos marítimos, que afeta a eficiência do porto, está sendo resolvido com as obras de dragagem e derrocagem, que devem ser concluídas até dezembro de 2013. Segundo a Codesa, cerca de R$ 500 milhões serão investidos em três anos para resolver o problema.
Faz parte do projeto de infraestrutura a criação de um pátio de triagem para estacionamento de caminhões, que deve melhorar o problema das filas que chegam a durar três dias. Outro ponto que também deve ser resolvido com urgência é a ampliação do horário de operação, fazendo o porto funcionar 24 horas. Esse é um problema que também está ligado ao acesso, visto que o Porto de Vitória precisa parar duas vezes ao dia, das 7h às 9h e das 17h às 19h, devido a um acordo com a cidade para evitar movimentação nos horários de pico do trânsito.
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Porto de Itaguaí, na região metropolitana do Rio, é
fundamental para a mineração (Foto: Acervo CDRJ)
É um porto de altíssima capacidade pela facilidade logística, mas tem uma rodovia de traçado antigo com um grande trecho não duplicado"
Riley Rodrigues de Oliveira, especialista da Federação das Indústrias do Estado do Rio
3º - Obra pode aliviar trânsito em Itaguaí
O Porto de Itaguaí, na costa norte da baía de Sepetiba, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro,
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