Princípios De Negociação
Trabalho Universitário: Princípios De Negociação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: igorchagas • 25/10/2014 • 360 Palavras (2 Páginas) • 188 Visualizações
Assertividade - Como negociamos nossos conflitos
Um indivíduo assertivo é capaz de dizer “sim” ou “não” quando necessário e
adequado, expressando aquilo que sente e considera apropriado naquele
momento. Ocorre que, comumente, a expressão vontade e desejos é
bloqueada por mecanismos psicológicos, cujas causas remontam à infância e
que são produto de forte repressão.
Durante o processo de socialização, a criança vive uma situação dolorosa e
difícil, que consiste em abrir mão dos desejos e das primeiras e decisivas
pulsões para, recebendo e acatando os limites impostos pelo meio, “saltar da
natureza para a cultura, tornando-se sócio da sociedade humana”.
A dor dessa opção decorre do fato de que socializar-se é abrir mão da
individualidade e do egoísmo naturais. Por outro lado, uma educação
fortemente repressora pode levar o indivíduo a negar-se de tal forma, que ele
perderá sua individualidade totalmente, confundindo-se com o social de
maneira amorfa, tal qual a figura camaleônica do personagem Zellig do filme
Woody Allen: um ser patético que, adaptando-se a todas as situações e
expectativas, assim o faz para “ser amado”, como ele confessa a sua
terapeuta.
A intensa pressão da família, da escola e das instituições que cercam o
indivíduo, modelando-o para que apresente os comportamentos socialmente
aceitáveis, produz pessoas não assertivas, para as quais o exercício da
vontade representa sérios riscos. O principal deles é o de deixar de ser amado:
quando expressamos aquilo que realmente desejamos, corremos o risco de
contrariar toda uma cultura vigente, que nos solicita, com insistência, para que
sejamos dóceis e obedientes. Quando eu digo sim para o outro, estou dizendo
não para mim mesmo.
O grau de assertividade de uma pessoa será determinado pelo equilíbrio que
ele consegue obter entre dois impulsores: interno e externo. Ao impulsor
interno, vamos chamar de ação: ele expressa motivações e interesses que não
são, necessariamente, orientados pelo outro. Ao impulsor externo, vamos
chamar de comportamento, que é socialmente orientado, o que significa fazer o
que esperam que façamos, para que sejamos aceitos, isto é, não
incomodemos.
A
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