RESENHAS DE TEXTOS Primeiro Texto: VANTAGEM EXCLUSIVA
Por: rafaelleon • 2/7/2016 • Trabalho acadêmico • 1.599 Palavras (7 Páginas) • 615 Visualizações
TRABALHO DE GESTÃO ESTRATÉGICA
RESENHAS DE TEXTOS
Primeiro Texto: VANTAGEM EXCLUSIVA
Diferente do pensamento popular sobre o tema, a vantagem competitiva de um produto não é estabelecida apenas pelo lançamento e a novidade que um produto trás, pois logo ele será copiado e terá concorrentes semelhantes, mas sim em torná-lo competitivo frente aos demais existentes e que virão.
Dessa forma, aquele que pensa em ter um produto diferenciado deve dificultar ao máximo à criação de cópias, caso contrário produtos similares logo virão, e pior, possivelmente com preços mais competitivos.
A criação de um produto inovador e capaz de surpreender o público alvo é relevante e tem seu valor, porém apenas esse fator não garante a exclusividade de um mercado ou a perpetuação de uma marca, uma vez que a concorrência é um fator presente e imprevisível e ela faz com que existam ou sejam criados produtos melhores e mais baratos em questão de tempo.
De acordo com o estudo da Booz & Company a vantagem é estabelecida e bem sucedida quando a empresa além de inovar dificulta a imitação de seus produtos.
A conclusão do estudo da Booz & Company prevê que o fator da vantagem é mais perceptível nos setores cujo crescimento e desenvolvimento são mais lentos.
O texto explora ainda a mitigação de riscos e otimização de custos de empresa que focam investimentos na derivação de produtos para extensão das linhas em que detém participação ao invés de criar produtos inovadores em linhas onde ainda não participam. Nesses casos o investimento que poderia ser destinado a pesquisa e desenvolvimento é alocado na área de Marketing, tornando a empresa estagnada, com baixo custo de pesquisa e consequentemente baixo crescimento no mercado.
A fórmula para quebra do ciclo vicioso de estagnação está nas mudanças de estratégia e execução em setores que normalmente as empresas maduras ignoram ou investem pouco, que são: i) tecnologias e patentes, buscando a excelência do produto para garantir uma vantagem confortável contra cópias, combinando tecnologia com necessidades recém surgidas no mercado, podendo render em crescimento adicional nas vendas; ii) benefícios comprovados, pois quando falamos em produto de consumo esses benefícios estão geralmente ligados a eficácia do produto ou serviço relacionado à saúde do consumidor. São informações valiosas que se tenha alguma forma de relacionar o produto com esse beneficio; iii) a marca pelo produto, que é quando a marca já tem uma posição prejudicada no mercado que vira sinônimo do produto, como é o caso da Gilette quando falamos em laminas de barbear. Esse tipo de vantagem cria um poder de precificação e é uma barreira à entrada de concorrentes; iv) características únicas, pois uma marca forte pode desenvolver na mente do consumidor uma identidade ou qualidade que transcenda o produto; v) experiência com o produto faz com que produtos de sucesso tenham uma ponte emocional com os consumidores que acabam fazendo parte da vida deles; vi) embalagem – muitas vezes vista como item de inovação, mudanças no seu sistema de produção podem render ótimos frutos como no caso da Bell em sua sopa de micro-ondas lançados em 2002, cujo produto continuou o mesmo, porém a embalagem mais prática rendeu 4 anos na liderança de vendas; vii) integração vertical eficaz – com a prática da terceirização se tornando tão comum, pode parecer contraditório falar em integração vertical, todavia, quanto maior a parte de seu sistema produtivo, mais difícil é o plágio.
Todo o exposto pode ser entendido como vantagem, só que apenas uma vantagem não garante o sucesso do produto e todas juntas se transformam em vantagem de escala. É claro que a implementação de todas elas requer uma reestruturação, não apenas físicas. Apesar de muitas vezes caras, não são tão custosas quanto à reformulação das ideias e visões estratégicas da empresa.
A conclusão do texto leva a crer que não há uma fórmula exata de sucesso, entretanto, há uma fórmula estudada e comprovada de potencialização do sucesso que é o investimento em inovação sustentável e de difícil plágio, desenvolvendo assim novos produtos com tecnologia agregada, fórmulas e ideias.
Segundo Texto: A FORÇA DO CORE BUSINESS
São exigidos cuidados especiais e estudos criteriosos para traçar a melhor estratégia de crescimento da sua empresa. As ações expansionistas de ampliar a atuação no mercado para tentar fortalecer a barreira de defesa frente à concorrência e o mercado precisam estar bem embasadas para não comprometer o negócio principal da empresa (core business), justamente por ser a razão da empresa existir.
Toda empresa tem um núcleo principal de negócios e as iniciativas que alcançam melhor desempenho são as que conseguem consolidar esta primeira matriz geradora de receita, sem se aventurar em novos negócios divergentes da atividade essencial. Caso a atividade principal não esteja bem definida, há o risco de o empresário perder desempenho em momentos de instabilidade e de forte concorrência, sendo um risco para a empresa.
Identificar esse núcleo e saber se ele tem ou não consistência como negócio é fundamental. Somente a partir desta constatação torna-se possível aproveitar, sem grandes riscos, o potencial de sua empresa e traçar novas estratégias de crescimento, o que pode ser traduzido como uma exploração melhor do mercado em que a empresa já atua.
Medidas equivocadas na tomada de decisões e investimentos podem dissipar recursos e ampliar a instabilidade por dificultar depois o reposicionamento da empresa no mercado. Empresas correm o risco de falir por não conseguir prever os riscos do negócio em que atuam ou por não terem a devida dimensão de sua força e do potencial do mercado em que participam.
O core business precisa crescer sem perder o eixo principal. Empresas quem compreendem essa fórmula tem melhor noção da preservação e força do negócio principal, sabendo explorá-lo adequadamente e expandi-lo gradativamente, respeitando e aprimorando suas características essenciais.
As atividades secundárias que forem escolhidas para a expansão, em regra geral, não devem tirar do foco a atividade principal, aproveitando assim a estrutura já existente.
No momento da expansão a empresa pode estar entrando em uma área onde a concorrência já é forte e os concorrentes estão consolidados. Ao querer explorar melhor seus consumidores, ela pode simplesmente dividi-los ao oferecer produtos que concorram entre si, não agregando nada de novo para ampliar seu lucro e ainda aumentando os seus custos. Por não saber dimensionar corretamente seu mercado, a empresa pode estar perdendo a oportunidade de explorar melhor os consumidores potenciais já existentes, acabando por gastar energia e investimento desnecessários para procurar novos rumos. Por não se atentar à evolução do mercado, pode estar apostando em um produto com dias contados, sem saber de sua rápida obsolescência.
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