RISCO E DEVOLUÇÃO
Projeto de pesquisa: RISCO E DEVOLUÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carlos.kazuki • 4/11/2014 • Projeto de pesquisa • 2.328 Palavras (10 Páginas) • 234 Visualizações
DISCIPLINA: ADM FINANCEIRA e ORÇAMENTÁRIA
DISCIPLINA: ADM FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TEMA 4: RISCO E RETORNO
A Administração Financeira apresenta recursos que visam auxiliar o administrador em suas decisões. Uma delas é a avaliação entre risco e o retorno, que são um dos aspectos mais discutidos na área das finanças, pois são dois componentes de extrema importância na avaliação de ativos.
1- Risco e retorno
Uma das coisas mais importantes que um investidor deve saber é que não existe retorno sem risco, ou seja, quanto maior (menor) o risco de um determinado investimento, maior (menor) o retorno esperado.
Risco é a probabilidade de o retorno efetivamente ocorrido em um investimento ser diferente do retorno previamente esperado por este investimento. É a medida da volatilidade ou incerteza dos retornos.
O risco é o principal fator na tomada de decisão de investimento. Antes de pensar no quanto podemos ganhar, devemos calcular o máximo que podemos perder. O risco de um investimento pode ser dividido em quatro, explicados a seguir:
• Risco de mercado: o risco de mercado provém das oscilações de preço dos ativos. No mercado de renda fixa, os preços variam muito menos que no mercado de renda variável, logo, o segundo é mais arriscado que o primeiro. Uma forma de mensurar o risco de mercado é através de métodos estatísticos, calculando o desvio padrão do ativo;
• Risco Operacional: está ligado às falhas humanas, do método, execução e/ou do sistema;
• Risco de Crédito: é o risco de calote, quando o devedor não honra com seus compromissos, impedindo o credor de receber;
• Risco Legal: ocorre quando um contrato não pode ser legalmente válido. Falta de documentação, ilegalidade, entre outros fatores podem causar problemas legais.
Retorno é a receita esperada ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
Os fatores que influenciam diretamente no retorno são:
a) Liquidez
A liquidez é um fator muito importante no que tange a investimentos e podemos corroborar tal afirmação com o seguinte exemplo: imagine que você ganhou uma coleção de selos com o valor equivalente a R$ 1 milhão. Na teoria, você ficou mais
rico R$ 1 milhão, no entanto, não é tão simples transformar esses selos em dinheiro, a não ser que você conheça um colecionador que queira comprar toda coleção. É provável que você venda todos os selos por bem menos de R$ 1 milhão. Por quê? Pela falta de liquidez!
Determinados investimentos, como alguns CDBs, só possuem liquidez no vencimento. Isto é, se o investidor aplica num CDB que vence em 3 meses, só poderá sacar seu dinheiro ao final do período.
Outro tipo de investimento que possui baixa liquidez são os imóveis. Tentar vender um imóvel em pouco tempo, numa emergência, quase sempre o fará se desfazer do ativo com preço menor que o de mercado, devido a necessidade da liquidez imediata.
Portanto, quando fizer qualquer investimento, sempre se pergunte se precisará do capital em breve, dessa forma escolhendo ativos com liquidez adequada às suas necessidades.
b) Prazo
Devemos estar atentos ao prazo (maturidade) de nossos investimentos. Aplicações mais longas podem (e devem) conter ativos de mais risco, como ações, pois, conforme o tempo aumenta, o risco de mercado vai se diluindo. Já para investimentos de curto prazo, são indicados ativos de baixo risco, pois as oscilações de mercados voláteis no curto prazo podem ser muito grandes.
Outro aspecto importante sobre a maturidade de investimentos recai sobre a tributação. No Brasil, a alíquota do imposto de renda pago sobre lucros auferidos através de investimentos em renda fixa é decrescente.
c) Custos
A influência dos custos sobre os investimentos é enorme e muitos cometem o erro de calcular o retorno do ativo sem incluir as despesas operacionais. É essencial saber todos os custos que incidem sobre cada aplicação, assim como buscar minimizá-los.
A diferença entre a rentabilidade bruta (sem contar os custos) e a líquida (descontando todas as despesas e impostos) pode ser muito grande. Por isso, quando for trocar de ativos, estude e avalie todos os gastos envolvidos, pois para a troca ser lucrativa, o novo ativo, além de render mais, precisa superar todos os custos envolvidos.
2- Relação entre Risco e Retorno:
A relação risco versus retorno pode ser considerada “o teste da noite bem dormida”.
Dizemos isso porque a mais importante decisão de investimentos que você faz é escolher o nível de risco que você está disposto a correr estando confortável com as flutuações de curto prazo deste investimento.
O risco está associado ao grau de incerteza sobre o investimento no futuro. Quanto maior o grau de incerteza, maior o risco e maior o retorno esperado e vice-versa. Todo
investidor deve escolher suas aplicações entre o menor risco possível e o maior retorno possível. Esta possibilidade de escolhas está representada no gráfico abaixo.
O início da reta vermelha representa ativos que costumam ser chamados de “Livres de Risco”. Este tipo de ativo para uma taxa conhecida como taxa livre de risco é geralmente representado por títulos do governo, pois estes apresentam baixo risco de inadimplência. No Brasil costuma-se considerar a caderneta de poupança, a Selic ou o CDI como a taxa livre de risco.
Conforme caminhamos para a direita na reta vermelha, o grau de incerteza perante o retorno esperado aumenta, pois estaríamos investindo em ativos de maior risco como fundos de investimento, títulos privados, dólar, ações, derivativos, etc.
O retorno sobre o seu dinheiro deve ser proporcional ao risco envolvido. Risco é uma medida da volatilidade dos retornos e da incerteza dos resultados futuros.
3- Mensurando Risco e Retorno:
Uma companhia investe fundos para gerar um retorno. Podemos dizer, portanto, que a decisão de investir é para gerar lucros. Esses lucros são traduzidos em dois retornos:
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