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Relato de Experiencia em Projeto Social Educacional

Por:   •  23/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.642 Palavras (15 Páginas)  •  261 Visualizações

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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE OS DESAFIOS NO PROCESSO EDUCATIVO DENTRO DE UM PROJETO SOCIAL PARA JOVENS DE BAIXA RENDA NO EXTREMO SUL DE SÃO PAULO

Ana Flávia do Nascimento

RA: 2016003112

MBA em Marketing e Vendas (FMU)

Orientador: Prof. Thiago Saboya

RESUMO

Este artigo trata-se de um relato de experiência sobre a ministração de aulas em um trabalho social chamado Escola de Fábrica, subsidiado por empresas privadas e Governo Federal, sob Orientação do MEC, direcionado a um público adolescente, sendo os mesmos de uma comunidade de baixa renda em situação de vulnerabilidade social. O objetivo do trabalho foi à educação para a profissionalização em uma área específica do conhecimento: a moda. Trabalhando os aspectos da contribuição social pessoal, aliado a responsabilidade social pública e privada, este trabalho propõe uma reflexão sobre a arte de lecionar pura e humanamente sem os paradigmas aristocratas da educação padronizada. Sobre a metodologia aplicada pode-se dizer que o tema é de natureza descritiva subjetiva, evidenciando a experiência da autora na área de projetos e marketing social e exprimindo suas impressões pessoais. Utilizando-se de fontes tanto primárias como secundárias, este trabalho cuja pesquisa e revisão baseiam-se em literaturas constitucionais, artigos científicos e autores com expertise em educação, apresenta resultados qualitativos que contribuem para que os demais profissionais da área possam ter um embasamento cientifico sobre os processos educativos em projetos sociais.

ABSTRACT

This article is about an experience report about the teaching of classes in a social work called Factory School, subsidized by private companies and the Federal Government, under the Guidance of the MEC, directed to a teenage public, being the same of a

community of low income in situations of social vulnerability. The objective of the work was to education for professionalization in a specific area of ​​ on the aspects of personal social contribution combined with public and

knowledge: fashion. Working private social responsibility, this paper proposes a reflection on the art of teaching purely and humanly without the aristocratic paradigms of standardized education. On the applied methodology it can be said that the subject is of subjective descriptive nature, evidencing the author's experience in the area of ​​projects and social marketing and expressing her personal impressions. Using both primary and secondary, sources this work whose research and revision are based on constitutional literatures, scientific articles and authors with expertise in education, presents qualitative results that contribute so that the other professionals of the area can have a scientific basis on the educational processes in social projects.

INTRODUÇÃO

(ORTEGA/JOÃO, 2012; AGÊNCIA USP DE NOTÍCIAS) “Projetos sociais têm como foco principal a inclusão social e o desenvolvimento da cidadania de seus participantes”.

A adolescência é uma fase muito importante na vida do ser humano. Além do processo de transição de uma fase da vida a outra, as mudanças tanto físicas como psicológicas, de certa forma alteram as estruturas de pensamentos formando novas concepções e ideais vão se formando junto com o processo do adolescer.

O Programa de Aprendizagem do Governo Federal é voltado a adolescentes e jovens oriundos de famílias carentes. Embora o Programa fosse inicialmente voltado para adolescentes.

(BRASIL, 2005) A medida Provisória nº 251 deu nova redação ao Art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), alterando a idade de participação em programas de aprendizagem - de 14 a 18 anos, para 14 a 24 anos - e modificando o nome do programa para “Jovem Aprendiz”. Ao alterar o foco de formação, a lei amplia a concepção de juventude, estendendo-a até os 24 anos de idade. (Art. 248 para 251).

O adolescente de baixa renda no Brasil dispõe de poucos recursos para uma formação profissional completa. A nível social, de 12 anos até o presente momento, houve um crescimento na oferta de cursos profissionalizantes.

Projetos como: PRONATEC, PROUNI e ESCOLA DA FAMÍLIA são programas governamentais que ofertam oportunidades a esse público, tornando mais acessíveis uma formação profissional para que os mesmos possam concorrer ou disputar uma vaga de trabalho há um nível quase igualitário.

A lei 8069/90 de 13 de Julho diz:

(ECA, 1990) O estatuto da Criança e do Adolescente considera: A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. (Art. 7).

Quanto à formação profissional de adolescentes, devem-se levar em conta as expectativas dos mesmos com relação ao futuro, como eles enxergam as possibilidades profissionais mediante a situação econômica do país e no caso dos jovens de baixa renda, deve ser analisado ainda qual é o contexto da realidade por eles vivida.

(ALBERTO, 2007) De acordo com o futuro, para os trabalhadores precoces, é pensado como uma imagem de trabalho, que pode ser tanto negativa quanto positiva. Seu estudo sobre o trabalho de crianças e adolescentes no setor informal urbano revela que, no caso das expectativas de futuro, há dois aspectos a destacar: uma expectativa de futuro que é da ordem do desejo, e outra que é da ordem da realidade. A primeira revela a aspiração a um futuro melhor por meio do estudo (formar-se e ter um emprego regular que possibilite reconhecimento), enquanto a segunda não enxerga futuro a partir da inserção precoce no trabalho.

Sob os aspectos sociais, os jovens de baixa renda em geral apresentam em seu contexto de trajetória profissional muito mais dificuldades do que um jovem de classe média seja ela alta ou baixa. Eles também apresentam aspectos psicológicos, culturais e filosóficos diferentes.

Em geral esses adolescentes que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade social, tem baixa alto-estima, apresentam comportamentos mais agressivos e tem dificuldades de aprendizado. Observa-se ainda, que as dificuldades apresentadas pelos mesmos mediante ao aproveitamento educativo se deve ao contexto que vivem, onde não há uma estrutura sólida, e muito menos um respaldo familiar.  

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