Resenha A Corrente do Bem

A Corrente do Bem é um drama que apela para o lado emotivo do telespectador e faz pensar em como as atitudes para com o próximo podem afetar e mudar o mundo de alguma forma.  

O filme acompanha a história de Trevor, um estudante da sétima série no início do ano letivo. Em sua primeira aula de Estudos Sociais, seu professor Eugene Simonet passa uma atividade diferenciada, na qual os alunos precisam desenvolver um trabalho com o objetivo de mudar o mundo. Trevor desenvolve então uma "corrente do bem" que se trata de um jogo onde uma pessoa, a cada favor recebido, deve retribuir para outras três e assim sucessivamente. O trabalho buscava mudar a vida das pessoas e ajudá-las a realizar algo que não conseguiriam fazer sozinhas. Trevor, filho de pais alcoólatras, sendo que o pai se ausentava por longos períodos e quando reaparecia fazia com que Arlene, mãe de Trevor, caísse em dependência novamente. Trevor temia que seu pai retornasse novamente arrastando sua mãe com ele para o vício do álcool e retomando as agressões que haviam acontecido anteriormente.

Trevor começa a colocar seu trabalho em prática ao, enquanto voltava para casa, avistar um grupo de mendigos decidindo então levar um deles consigo para casa, onde o alimenta e o deixa banhar-se. A partir disso as boas ações vão se multiplicando, como o planejado, porém Trevor encontra-se frustrado pois, sem conhecimento da dimensão que seu trabalho tomou, imagina que deu errado e não ajudou o mundo ou alguém em absolutamente nada. Diversas pessoas se envolvem na corrente, inclusive Eugene, o qual se envolve romanticamente com a mãe de Trevor que também participa da corrente.

A corrente toma uma dimensão tão grande que chama a atenção de um repórter, o qual também recebeu ajuda através da corrente, que sai em busca de onde surgiu essa corrente, chegando assim até Trevor. O qual anima-se novamente e acaba se envolvendo em uma briga, a fim de ajudar um amigo, termina por levar uma facada o que ocasiona sua morte causando comoção geral em todos os, agora muitos, envolvidos na corrente.

Essa ideia da corrente, a qual o favor fornecido não necessita de retribuição ou reconhecimento, a torna de fato interessante e inovadora por ser simplesmente sentimental. A corrente despretensiosamente acaba se espalhando, o que induz o telespectador a pensar que inspirar o sentimentalismo  e uma boa interação com pessoas pode ser o grande segredo do sucesso e uma forma de mudar o mundo e que ao pensar em fazer ou criar algo não se deve levar em consideração apenas o benefício pessoal, deve-se pensar num todo, em quem ou o que essa ideia pode afetar e qual o benefício que ela trará. Trevor criou a corrente do bem, uma forma de espalhar boas ações através de pequenas, porém significativas, atitudes cada participante da corrente, de modo que possívelmente um dia essa englobasse a todos, mudando assim o mundo para melhor. Permanece a mensagem do menino, de que mesmo que o mundo não seja um bom lugar e por mais que pareça que não podemos fazer nada para mudá-lo, podemos com pequenos gestos mudar a vida de alguém, pelo menos por alguns instantes.