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Resenha Crítica - 12 Homens E Uma Sentença (Angry Men) De 1957

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Por:   •  9/6/2014  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  1.292 Visualizações

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Resenha Crítica - 12 Homens e uma Sentença (Angry Men) de 1957

O filme “12 Homens e uma Sentença” gira em torno de um julgamento, no qual um jovem de 18 anos é acusado de ter matado o próprio pai. Como de praxe no sistema de processo penal estadunidense, dever-se-á decretar a sentença deste crime mediante deliberação de um júri popular. No caso concreto, os doze jurados detinham o poder de condenar o jovem à pena de morte e para isto, preconiza-se a necessidade de unanimidade, concomitante, por óbvio, a orientação de inocência do réu até que se prove o contrário.

A trama se passa, essencialmente, na sala do júri, em Nova Iorque (1957), onde os jurados deliberam sobre todo o processo. Inicialmente, ocorre uma votação para verificar quem considera o paciente culpado ou inocente; dos doze ali presentes, onze votaram pela condenação e apenas um, o arquiteto Davis (interpretado brilhantemente por Henry Fonda), apresentava-se disposto a discutir sobre os fatos interpostos no julgamento, pois exclamava ter uma razoável dúvida sobre o homicídio e, portanto, seu voto seria pela inocência até que o provassem do contrário.

Dirigido por Sidney Lumet e roteirizado por Reginald Rose, “12 Homens e uma Sentença” é um filme cativante que consegue envolver quem o assiste de tal maneira que faz deste um “novo jurado”, o único cenário em mais de 90% dos noventa e seis minutos de filme estende-se ao espectador em todos os sentidos; tudo ali se transforma numa densa sala de jurados, onde o comportamento social dos doravantes detentores da dádiva da vida delimita a trama e o drama da obra. (O QUE SEGUE ABAIXO CONTÉM "SPOILER")

O oitavo jurado, Davis, inflamado por uma imensa vontade de defender seus princípios, e impressionante capacidade de argumentação e observação, põe-se a discutir todos os detalhes da investigação. Como se citasse o escritor brasileiro Augusto Cury: “As grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes”, Davis se apresenta a quem o escuta com atenção como alguém que está ali para cumprir um chamado, um dever. Ainda que em seu âmago possa não existir qualquer sentimento de solidariedade para com o réu, sua ética e noção de responsabilidade apresentavam-se, desde o início da conversa, inabaláveis.

Princípios estes, alienados da maioria dos restantes membros do júri, haja vista que se encontravam naquela mesa, desde os que encaravam aquela discussão como apenas um empecilho para suas atividades corriqueiras (como assistir a um jogo de beisebol), até os que jogavam alguma espécie de "jogo da velha" em meio as discussões. E ainda aqueles que se mostraram dispostos à causa, não o fizeram de imediato, se escondendo, talvez, no poder e na sombra da maioria.

À luz das explanações do arquiteto, as características individuais de cada um afloravam e o conflito se estabelecia. Os jurados, aos poucos, foram se permitindo analisar o processo detalhe por detalhe; Davis instigava o senso crítico dos demais a cada interpretação destoante da normalidade. Logo, as opiniões foram se modificando, uma a uma, e o tratamento sobre cada circunstância tomava uma nova forma, até mesmo os depoimentos das testemunhas, antes tão responsáveis pela determinação da culpabilidade do paciente fora ganhando outra dimensão, outro significado.

Está escrito no Confúcio

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