Resenha Sobre Cadeia De Valor

Análise Estratégica de Cadeia de Valor: um estudo exploratório do segmento indústria-varejo.

Os autores começam com uma introdução sobre o assunto explorado, onde eles analisam e criticam a definição dada a Cadeia de Valor por outros autores, como Potter e Shank Govindarajam, definição esta que não chega a ser completa e correta como bem é evidenciado por Borinelli e Rocha. Além disso, também deixam claro a insuficiência da Contabilidade Gerencial “tradicional” ao entender que ela deixa a desejar ao conceituar valor agregado, pois o faz somente dentro da própria empresa, perdendo oportunidades de criação de valor fora dela, já que as atividades que agregam valor ao produto não vem apenas de uma empresa, mas de todas as entidades principais da cadeia de valor. E como deve ser em uma introdução, identificaram os pontos principais a serem questionados e analisados, o problema em questão e por fim deixaram claro o objetivo do trabalho.

Para uma melhor compreensão desta resenha, colocarei os conceitos de Cadeia de Valor de Potter (1989, p.33), “toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto. Todas estas atividades podem ser representadas, fazendo-se uso de uma cadeia de valores...”, e de Shank Govindarajam (1993, p.13), “a cadeia de valor para qualquer empresa, em qualquer negócio, é o conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas, passando por fornecedores de componentes, até à entrega do produto final às mãos do consumidor.”

Nesse tópico os autores deixam claro o que seria uma Cadeia de Valor, partindo sempre das análises feitas em cima dos conceitos de Potter e Shank Govindarajam, conceitos esses incompletos e incorretos. Incompletos, pois no de Potter não há uma definição formal, e seu conceito abrange somente uma empresa que realiza todas as atividades que agregam valor, deixando de lado outras organizações que também fazem parte da Cadeia de Valor, e incorreto, pois no de Shank Govindarajam, no início de seu conceito deixam de fora o setor de serviços como parte da Cadeia de Valor e no final esquecem que um produto mesmo depois de vendido deve-se continuar realizando atividades que agreguem valor ao produto. Então o que seria uma Cadeia de Valor?

“Cadeia de Valor é uma seqüência de atividades que se inicia com a origem dos recursos e vai até o descarte do produto pelo último consumidor.” Esse foi o conceito final que os autores chegaram de Cadeia de Valor, e que abrange todos os aspectos da cadeia sem deixar nada de fora, sendo, portanto, correto e completo.

Agora já se sabe o que é uma Cadeia de Valor, mas pra quê isso serve? Em suma, a análise da Cadeia de Valor serve para contribuir com a administração das organizações, principalmente em seus processos estratégicos, pois se o objetivo é sempre conquistar e manter vantagens competitivas, a análise da Cadeia de Valor possibilita a compreensão de todos os processos e atividades da empresa, e de todos que direto ou indiretamente fazem parte da cadeia na qual a empresa está inserida, conseguindo portanto agir para melhorar os seus pontos fracos e manter a vantagem competitiva. Pois, se a Cadeia de Valor é um sistema de atividades interdependentes, quem for responsável por essas atividades dentro da cadeia, precisam estar ligados e em sintonia, para que todos possam produzir mais e com qualidade, fortalecendo e maximizando o lucro da empresa e dos componentes da cadeia.

E para se analisar a Cadeia de Valor, é preciso que haja métodos e etapas a serem seguidas, evidenciados no texto e de autoria de Hansen & Mowen (2001, p. 429): “a) identificar a Cadeia de Valor da empresa e os custos, receitas e ativos das atividades; b) analisar os cost drivers de cada atividade e; c) controlar os cost drivers melhor do que os concorrentes ou reconfigurar a cadeia.” Ou seja, analisar e controlar os geradores