Responsabilidade Corporativa

“1a Pesquisa de Responsabilidade Social Empresarial -

Conectividade Amazônia: como andam a responsabilidade social corporativa e a sustentabilidade financeira do terceiro setor?”

Parte I – Conferência Nacional do Instituto Ethos 2003

Abstract

Este documento apresenta as conclusões da primeira pesquisa da Escola Amazôniapé de Administração sobre as necessidades de capacitação em responsabilidade social empresarial. O público é de integrantes do meio empresarial na Conferência Nacional do Instituto Ethos de 2003. A principal conclusão é a necessidade de focar atenção no “como” organizar a área dedicada à responsabilidade social na empresa. A segunda conclusão é que o consumo responsável é um tema crescente, não apenas no nível individual, e aponta novos paradigmas empresariais. Por fim, a pesquisa na Conferência Nacional, voltada para um público de âmbito nacional, permitirá a orientar a realização de pesquisas nos diversos estados da Amazônia, com o meio empresarial e o terceiro setor.

Financiamento:

Apoio:

Hewlett Foundation

Suzano Bahia Sul

Instituto Ecofuturo

I – A pesquisa

1. O Contexto

Graças ao apoio da Fundação AVINA, desde o início de 2003 o Instituto Peabiru planeja a Escola Amazôniapé de Administração. Trata-se de uma nova instituição de ensino para formar administradores do terceiro setor e profissionais de empresas em responsabilidade social empresarial na região amazônica.

A primeira atividade da Escola consiste em um levantamento das necessidades de capacitação para o público empresarial e as organizações do Terceiro Setor. Com o apoio do Instituto Ethos, da Hewlett Foundation, da Suzano Bahia Sul e o Instituto Ecofuturo, em julho último, foi realizada uma primeira pesquisa na Conferência Nacional do Ethos 2003 - Empresas e Responsabilidade Social.

Foram distribuídos aos 648 participantes da Conferência Nacional, entre 10 a 13 de junho, no Novotel Center Norte, São Paulo o questionário em anexo (ao final). Dez por cento dos participantes, 64 indivíduos responderam o questionário. Como se trata de um questionário longo, pode-se considerar uma excelente taxa de retorno. Entre os questionários 47 foram respondidos por representantes de organizações empresariais (73,43%). Isto significa 7,25% do universo dos participantes. Os demais, 17 questionários, foram respondidos, respectivamente, por representantes de organizações do Terceiro Setor – 10 e de outros setores - 7.

Esta pesquisa leva em conta somente os 47 questionários respondidos por pessoas do meio empresarial. A segunda parte da pesquisa, com as respostas de organizações da sociedade civil está em andamento e será lançada posteriormente. Entre as principais conclusões destacam-se:

2. Em relação à qualificação dos participantes

- Dois terços é de grandes empresas (72,34% possui mais de 500 funcionários);

- O maior interesse é pela área social (72,39%), pelo menos 10 vezes maior que o interesse pela área ambiental (6,39%) e trinta vezes maior que a área cultural (2,13%);

Comentários:

- A baixa pontuação da questão cultural suscita uma questão importante: até que ponto as empresas devem dedicar tanta atenção a iniciativas culturais, uma vez que o interesse por esta área é pequeno no que se refere à RSE?

3. Em relação ao contato pessoal com a Amazônia

- A maioria se acha mal informada ou regularmente informada sobre a Amazônia (regularmente informada: 59,58% e mal informada: 19,15%);

- A maioria (53,2%) nunca foi à Amazônia, e tem grande interesse em conhecer a região. Cerca de 1/3 (31,92%) já visitou a região mas gostaria de conhece-la melhor. Somente um pequeno grupo (6,39%) nunca foi à Amazônia e tem outras prioridades de conhecimento.

1. Nunca foi à Amazônia, e têm grande interesse em conhecer a região.

2. Já visitou a região, mas gostaria de conhece-la melhor.

3. Nunca foi à Amazônia, e têm outras prioridades de conhecimento.

4. Outros.

Comentários:

- Há grande curiosidade em relação à Amazônia e grande interesse em conhece-la.

4. Em relação ao grau de envolvimento da organização em que trabalha e a Amazônia,

A maior parte não possui qualquer relação (55,32%). Somente ¼ tem alto ou regular relação.

5. Quando perguntado como vê a Amazônia em relação à sua pessoa as respostas indicam que:

- 28,21% vêem como fundamental utilizar a sua força de consumidor para apoiar a região;

- Um quarto (25,65%) entende como prioritário ter maior participação como cidadão em seu desenvolvimento sustentável;

- 16,67 têm interesse em atuar voluntariamente nos próximos 5 anos em iniciativas que colaborem para seu desenvolvimento sustentável.

- 15,29% desejam envolver a organização na qual trabalham com o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Comentários:

1. Há duas hipóteses que esta pesquisa inspira:

a. É preciso pesquisar se, a longo prazo, o fato de utilizar a força de consumidor possa levantar questões empresariais mais amplas, como a definição de fornecedores, mudanças na cadeia produtiva e nos processos produtivos;

b. A alta disposição de participação como voluntário deve significar um clima favorável para a organização de trabalhos voluntários nas organizações.

6. Em relação à construção de uma agenda