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Serviço social

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Por:   •  17/12/2014  •  Seminário  •  392 Palavras (2 Páginas)  •  243 Visualizações

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de 1980 foram marcados por mudanças nas empresas que foram determinadas pela nova dinâmica de acumulação capitalista e respondia à necessidade de integração de um mercado cada vez mais competitivo e globalizado. Tendo que se adaptar as novas formas de produção, as empresas capitalistas tiveram que criar novas estratégias de intervenção para se legitimarem e garantirem maior lucro. Nesse contexto de mundialização e financeirização do capital há também mudanças no que diz respeito à cultura profissional e suas funcionalidades. Observa-se que a partir dos anos de 1990 há um consenso em relação a conciliação de interesses que objetivam atingir metas de qualidade e produtividade.

O Serviço Social dentro dessa lógica empresarial tende a se tornar cada vez mais heterogênio, sendo expressa através das formas arcaicas de trabalho, como terceirizações, subcontratações, além de um grande contingente de trabalhadores desempregados, que passam a não mais se organizarem politicamente. Dessa forma, o trabalho do assistente social se dá, junto aos trabalhadores, nas situações de trabalho que interferem na produtividade

da empresa e na necessidade de reprodução material e de sua família. Há, portanto, um processo contraditório nessa atuação, haja vista que estabelece uma contraposição aos interesses empresariais, mas que precisam ser legitimados através de ações estratégicas. As empresas, embutidas em uma nova lógica social de uma nova cultura do trabalho utilizam-se de mecanismos para adequar-se à nova dinâmica de acumulação capitalista. Assim, há ênfase em ações de responsabilidade social, ambiental, qualidade de vida no trabalho, balanço social, negociação sindical, etc.

Dessa forma, o serviço social, tendo que responder à essa novas demandas tem que se apropriar de conhecimentos cada vez mais técnicos e especializados e distanciando-se da matriz teórica que é adquirida durante a formação profissional. No que diz respeito às condições de trabalho, essas são consideradas pelas autoras cada vez mais precárias, pois reduzem a capacidade dos profissionais de questionar e criticar os objetivos empresariais. No entanto, essas vivências também podem possibilitar a ampliação da consciência crítica e respostas às reais necessidades dos trabalhadores, sendo que, mesmo com toda essa tendência das empresas capitalistas, a categoria ainda pode formular críticas referentes às várias formas de exploração do trabalho e aumento da pressão sobre o trabalho, presentes no ambiente empresarial. Para isso, a autora aponta a necessidade de se trabalhar no campo das mediações presentes na ordem burguesa, identificando estratégias que se articulem ao projeto ético-político da profissão.

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