Teoria do investimento no estrangeiro
Por: felipebeka • 6/5/2015 • Resenha • 2.289 Palavras (10 Páginas) • 420 Visualizações
As Teorias do Investimento Directo Estrangeiro
Uma das mais importantes explicações do IDE é dada por Hymer-Kindleberger. As empresas investem nos mercados externos por dois motivos. Primeiro, porque os mercados são imperfeitos, as empresas não são homogéneas.
. Vernon argumenta que as empresas são fortemente estimuladas pelo seu ambiente local e estão tão mais abertas a inovar quanto mais este for propício à criação de novas técnicas ou produtos.
Investimento no exterior
Aumenta o nível de estandardização e difusão do produto, provocando uma concorrência acrescida, ao mesmo tempo que a estabilização das técnicas produtivas faz baixar os custos de produção.
– Investimento em países menos avançados
Vendo os benefícios destas operações, outras empresas começam a produzir e a exportar o produto. Estas empresas apenas imitam a empresa inovadora e frequentemente produzem nas mesmas localizações geográficas. A padronização é agora total, o que leva à quebra de margens e à intensificação da concorrência. Os custos da mão-de-obra levam à deslocalização para países menos avançados, onde este factor é mais barato. A partir dos países onde realizou o investimento directo a empresa exportará para todo o mundo.
Em 1977 Vernon apresenta uma nova versão do Modelo do Ciclo de Vida. - Oligopólios maduros (mature oligopolies). O mercado é garantido pela introdução de barreiras à entrada ou pela exploração de economias de escala ou ainda pelo efeito da curva de experiência. As empresas tendem a criar alianças estabilizadoras;
- Oligopólios senescentes (senescent oligopolies). Acontecem quando há um enfraquecimento das barreiras à entrada, o que leva as empresas a entrar em novas áreas ou a transferir a produção para novas localizações com custos de produção mais baixos.
A internalização de actividades da empresa pode ocorrer por várias razões: porque a produção demora tempo e a provisão dos inputs necessários implica que haja um controlo do mercado; permite discriminar o preço; favorece a concentração do poder de mercado; evita os problemas das transacções sobre conhecimento e informação; permite reduzir a incerteza nas transacções, uma vez que estas se realizam entre unidades da mesma empresa e, permite ainda um maior controlo das actividades internacionais
Em 1977 Dunning apresenta a Teoria Eclética, que identifica três tipos de vantagens da empresa que a podem levar a investir directamente no estrangeiro:
Vantagens específicas da empresa, são vantagens que a empresa tem, pelo menos temporariamente, de forma exclusiva, e que lhe concedem uma superioridade sobre os seus competidores nos mercados externos. Essas vantagens são normalmente activos, geralmente activos intangíveis como tecnologia, economias de escala, diferenciação, recursos humanos, etc., não acessíveis, pelo menos por algum tempo, aos seus concorrentes;
Vantagens de Internalização, é mais vantajoso para a empresa, devido às imperfeições dos mercados, explorar as vantagens específicas em vez de tentar transaccioná-las, conforme proposto por Buckley e Casson (1976, 1979);
Vantagens de Localização, são as vantagens que determinada localização apresenta, como por exemplo: apoio governamental, recursos naturais, o custo dos factores, designadamente do factor trabalho, a proximidade dos mercados finais, o desenvolvimento tecnológico, etc.
Vantagens do Investimento Directo no Estrangeiro
Vantagens específicas (O) | Vantagens de Localização (L) | Vantagens de Internalização (I) |
Propriedade tecnológica Dimensão, economias de escala Diferenciação Dotações específicas: recursos humanos, capitas, organização Acesso aos mercados, factores e produtos Experiência anterior | Diferenças de preços nos inputs Qualidade dos inputs Custos de transporte e comunicação Distância física, língua e cultura Distribuição espacial de inputs e de mercados | Redução da incerteza Controle da oferta, em quantidade e qualidade Controle dos mercados Possibilidade de acordos Internalização das externalidades Inexistência de mercados a prazo |
Os acontecimentos recentes, as mudanças sistémicas a nível tecnológico e político, como sejam os avanços das telecomunicações e a queda do planeamento central na Europa de Leste e China (Dunning, 1995:461), fizeram emergir uma nova forma de capitalismo, baseada em alianças, o capitalismo de alianças.
- Crescimento da importância na economia mundial das pequenas e médias empresas mais flexíveis e adaptáveis às constantes mudanças que ocorrem;
- Crescimento de “clusters” espaciais que concentram actividades e empresas especializadas em determinadas especialidades, por exemplo em alta tecnologia;
- Crescimento das redes industriais.
. As Teorias do Processo de Internacionalização
As teorias do investimento directo estrangeiro centram-se no processo de desenvolvimento de empresas multinacionais, designadamente dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão, que se encontram numa fase adiantada de implantação no exterior. As actividades internacionais das empresas não se resumem ao investimento directo, constituindo esta forma de operação internacional uma das possibilidades de actuação nos mercados externos. Torna-se assim necessário saber os motivos que as levaram a internacionalizar as suas actividades antes da utilização do investimento directo no estrangeiro.
As Teorias
Num estudo sobre a internacionalização de quatro empresas suecas, Johanson e Wierdersheim-Paul (1975), encontraram um processo gradual de mudanças incrementais. A empresa evolui de uma situação em que não tem actividade exportadora regular, passa a exportar através de agentes, estabelece uma subsidiária de vendas e chega ao estabelecimento de uma filial produtiva no exterior. A distância psicológica tem a ver com os factores que causam distúrbios nos fluxos de informação entre a empresa e o mercado e podem ser diferenças: linguísticas; nos sistemas políticos; culturais; educacionais ou de desenvolvimento industrial (Johanson e Vahlne,1977). A distância psicológica pode ser subdividida em (Luostarinen,1979):
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