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Tipografia Teste Comunicação e Arte

Por:   •  31/1/2022  •  Artigo  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  90 Visualizações

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Teste Comunicação e Arte

Melissa Matos Ferreira, A88410

1. Esta afirmação de Huyghe acaba por dar a entender que há todo um processo por detrás daquilo que é uma obra-prima. Segundo Huyghe a arte põe em jogo 3 aspetos: a Natureza, os meios e o Artista.

A natureza que, em tempos, tinha um papel fundamental, mas acabara por ser insuficiente, visto que, atualmente se espera mais do que uma simples imitação da natureza. Os meios de que o artista dispõe para a realização da sua obra, e, por fim, o artista que procura exprimir-se, usar a sua inteligência, sensibilidade e vontade. O artista submete a si o real que representa e os meios com que constrói a sua arte. Utiliza uma linguagem e cria uma linguagem.

O que o Huyghe quer dizer, na minha perspetiva, é que arte não reflete apenas o resultado final, mas sim, a emoção interior do artista da obra, os materiais que são uma parte crucial para a realização de qualquer obra de arte e, reflete também a realidade exterior.

Antigamente, o estilo dominante era o realismo e aquilo que mais importava era a natureza e a sua imitação, havendo também uma maior importância aos meios que o artista utilizava, visto que, o necessário era a melhor aproximação da realidade.

No entanto, o aparecimento da fotografia permitiu libertar a pintura dos constrangimentos do realismo e, assim, a arte distanciou-se do realismo e imprimiu à arte uma orientação mais plástica.

Porém, esta questão é polémica se afirmarmos que os realistas não dispunham desta capacidade de procurar a beleza plástica.

De facto, também os realistas, quando reproduziam uma realidade visual, procuravam extrair beleza de cada um dos meios que utilizavam para reproduzir; também existe um instinto plástico.

Assim a afirmação acaba por ser bastante clara e afirma que a arte acaba por representar muito mais do que cores ou uma simples fotografia, etc. A arte é arte quando tem o poder de passar para o público aquilo que o artista sentia aquando da realização da obra, a beleza dos meios e recursos utilizados e, a realidade exterior, ou seja, aquilo que vemos objetivamente.

2. Segundo Huisman, aquilo que coloca a arte numa posição oposta a outras atividades humanas é o seu carácter “não figurativo”.

Até a arte mais simples – a arte infantil – é ainda transfigurativa na medida em que ultrapassa a realidade vulgar por meio de idealização, por mínima que seja.

A arte apresenta-se como uma transposição do real através de formas específicas.

É sempre a passagem de uma realidade vulgar para um mundo sobrerreal que ela instaura numa existência autónoma.

Partindo disto, podemos encontrar um possível critério para definir a arte: o grau de transfiguração. Quanto mais a obra fica terra-a-terra, presa no mundo, menos é arte.

Quanto menos ela é natural, realista, mais é artística. Uma obra de arte tem a necessidade de ser sobrerreal para ser autêntica.

Uma das grandes dificuldades é em definir a arte ou como reconhecer a arte autêntica, quais critérios é que devemos utilizar e de que modo.

Huisman afirma assim que, critério da arte parece ser a extrema intensidade do sentimento estético.

Vários outros artistas afirmavam o que a arte deveria provocar no público que a recebe. Por exemplo, segundo Leonardo a arte tem que maravilhar, para Delacroix, um quadro digno do nome de arte deve “apertar a garganta” de quem o admira. Já para Poussin, o sinal da presença da arte é o “deleite”.  

Huisman considera que o único critério da arte é o do “êxtase” – onde falta o encantamento, também falta a arte.

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