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Trabalho Individual UNOPAR Adminstraçao 1º E 2º Semestre

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Por:   •  6/11/2014  •  3.817 Palavras (16 Páginas)  •  407 Visualizações

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Nas últimas duas décadas, o comércio varejista teve uma evolução significativa, proporcionada pelo desenvolvimento tecnológico. Neste processo a informática teve destaque, uma vez que propiciou, a geração de técnicas de gestão mais eficientes, melhor conhecimento sobre o modo de circulação dos produtos e serviços, ganhos de eficiência e incorporação de novos modelos organizacionais, mais intensivos em conhecimento e informação.

Conforme Tigre (2005, p. 45), as “[...] tecnologias da informação e comunicação têm um papel central neste processo, pois constituem não apenas uma nova indústria, mas o núcleo dinâmico de uma revolução tecnológica [...]”.

O setor varejista, principalmente o supermercadista, vive um momento de estruturação, influenciado pelas transformações que têm ocorrido na economia brasileira. Uma das características deste momento é a busca por operacionalização eficiente e competitividade. Para isso, o setor tem promovido ações como realizam troca de controle acionário, fechamento de lojas menos rentáveis, profissionalização da administração, capitalização das empresas, maior utilização de automação comercial, uso intensivo da informática, racionalização de operações, programas de redução de custos e diferenciação de produtos e serviços. O Plano Real propiciou que redes estrangeiras investissem ou rein-vestissem no Brasil. No trabalho de Aguiar e Amim (2005), os autores apontam que, após a implantação do Plano Real, houve um aumento na entrada de redes supermercadistas estrangeiras no país, evidenciando um aumento de concentração de mercado neste setor. Aguiar e Silva (2002), indicam um aumento expressivo nos processos de fusões dentro do setor de supermercados em meados da década de 90, principalmente, com ascensão das redes estrangeiras Carrefour (francesa), Wal Mart (norte-americana), Sonae (portuguesa) e Royal Ahold (holandesa). A entrada de redes estrangeiras trouxe modificações profundas no market-share do setor supermercadista brasileiro, uma vez que gigantes varejistas estrangeiras realizam maciços investimento no País, através de abertura de novas lojas, aquisições e fusões.

Objetiva-se neste estudo apontar as principais modificações estruturais ocorridas no setor de supermercados do Estado do Rio Grande do Sul, evidenciando a conduta e desempenho das empresas, e calcular o grau de concentração deste setor.

O texto está organizado em cinco seções. Na seguinte, será apresentada a metodologia utilizada no trabalho. Na terceira parte, será abordada a descrição do setor supermercadista nacional e brasileiro, enfatizando-se as transformações relevantes ocorridas neste segmento de mercado. Já na quarta seção, resgatam-se os processos de fusões e aquisições ocorridos no Estado do Rio Grande do Sul, que repercutiram sobre o market-share das empresas do setor, bem como no poder de mercado. O resultado dos cálculos do índice de concentração do setor varejista será exposto na quinta seção, seguido pelas considerações finais do trabalho.

METODOLOGIA

O trabalho tem caráter descritivo; aponta as principais modificações estruturais do setor supermercadista de Porto Alegre, bem como as mudanças relevantes ocorridas no setor desde o Plano Real. O estudo do setor supermercadista gaúcho foi encaminhado dentro do paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho (E-C-D) empregado na literatura de economia industrial, que pode determinar o poder de mercado das empresas que nele operam. de acordo com o modelo E-C-D, visão tradicional da organização industrial, a estrutura em que operam as empresas tende a influenciar a conduta, a postura e o desempenho das empresas, o que, por sua vez, traz reflexos sobre o grau de satisfação dos clientes das redes varejistas.

Referente à estrutura de mercado, são considerados fatores como a participação do governo, diferenciação de produtos, distribuição e nú-mero de vendedores e compradores, existência de barreiras à entrada de novos concorrentes, integração vertical, elasticidades de demanda e economias de escala de produção.

Já a categoria de análise, denominada de conduta das empresas, considera as estratégias adotadas pelas empresas quanto a preços, produtos (diferenciação), propaganda, colusão e investimentos em pesquisas e inovações.

Quanto ao desempenho ou performance das empresas, a mensuração pode ser realizada pelo crescimento do produto, de avanços tecnológicos e inovações obtidas, da eficiência-distributiva, dos preços praticados e dos lucros alcançados. Os grupos estrangeiros estão cada vez mais interessados em investir no Brasil. Exemplos são os grupos Sonae, Carrefour, WallMart e Royal Ahold. O Brasil oferece atrativos para essas grandes redes comerciais, uma vez que há grande mercado consumidor, baixo poder de competitividade instalado e pouca restrição da legislação quanto a entrada de novas empresas no mercado.

Segundo Sesso Filho (2003), após 1995, ocorreu a modernização do setor supermercadista, com a introdução do uso de novas tecnologias, reestruturação das relações com fornecedores, migração do poder de mercado da indústria para o varejo e processos de fusão e aquisição. Segundo Sesso Filho (2003), após 1995, ocorreu a modernização do setor supermercadista, com a introdução do uso de novas tecnologias, reestruturação das relações com fornecedores, migração do poder de mercado da indústria para o varejo e processos de fusão e aquisição.

Com intuito de enfrentar os novos desafios a que estão sendo expostas, as empresas brasileiras procuram adotar procedimentos no sentido de aumentar seu poder competitivo, como melhorias nas lojas, vendas das lojas menos rentáveis e criação de organizações com central de compras e distribuição nas redes varejistas de médio e pequeno porte. Segundo es-pecialistas, uma forma de contornar este problema é a definição do nicho de mercado e foco de atuação por parte da empresa. Também sugerem ao pequeno empresário criar um conjunto de elementos que proporcione aos funcionários motivação e ânimo para permanecerem na empresa, explorando mais o conceito de vizinhança de supermercado tradicional.

Quanto às empresas nacionais que não conseguem se ajustar à nova realidade, podem optar pela associação ao capital estrangeiro como uma estratégia de permanecer no mercado. No setor supermercadista, de modo particular em Porto Alegre, observa-se uma expansão das grandes redes estrangeiras e brasileiras por meio da aquisição de pequenas e médias empresas do setor. Esses argumentos podem ser enfocados pela visão schumpeteriana, a qual enfatiza a inovação como sendo uma expressão de vantagem competitiva temporária,

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