Ética Empresarial Como Estratégia Organizacional
Por: Tainá Colombo • 11/10/2022 • Trabalho acadêmico • 862 Palavras (4 Páginas) • 102 Visualizações
Ética empresarial como estratégia organizacional
Jornalismo - 6ª fase
A Ética empresarial nem sempre foi um tema recorrente quando se fala sobre as movimentações feitas pelas grandes empresas. Até certo ponto da história, a “Lei da Selva” prevalecia e fazia questão de dizer que sobrevivia o mais forte, sem muitas regras e moralidade nas jogadas políticas e empresariais, onde cada um fazia tudo que estava ao seu alcance para prosperar, sem se importar muito com as consequências ou a Ética envolvidas em seus atos.
Com isso, cresceu também um olhar mais crítico sobre as grandes fortunas, quando analisamos de onde elas surgiram e às custas de quem se desenvolveram, como vários exemplos de “exposição”, que vemos nas redes sociais. Nesses casos, usuários bisbilhotam sobrenomes e famílias para criticar e tentar boicotar marcas que se fizeram em cima de momentos históricos críticos, como o Apartheid, na África do Sul, e os regimes Nazistas e Facistas que se destacaram ao redor do mundo, na primeira metade do século XX.
Esses movimentos de “reparação”, que muitas vezes aparentam não ter tão grande relevância, tanto pelo tamanho das marcas quanto pelo pouco engajamento que conseguem, começam a expor cada vez mais uma nova cultura que se desenvolve no mundo empresarial, onde não são aceitos todos os tipos de jogadas em um xadrez de poder corporativo. Com essa mudança no público, também se instaura uma mudança nos posicionamentos das empresas, tendo em vista que todos querem vender e, para isso, precisam ser bem quistos em toda a sociedade. Tanto que, esse movimento faz até com que grandes cabeças por trás de empresas multinacionais começam a rolar, de um jeito bem menos “brutal” do que foi feito na história, como na Revolução Francesa. Porém, ainda assim, de uma maneira que dá o ar de que o mundo pode mesmo entrar em novos ares com as novas discussões.
Em 2020, inclusive, vimos essa nova perspectiva do que é aceitável nas jogadas corporativas sendo posto à prova e exposto de maneira significativa, tendo em vista a grande importância, no setor de tecnologia e no âmbito geral, da empresa envolvida no caso. Naquele ano, o grande herdeiro da Samsung, gigante dos smartphones e outros aparelhos, se envolveu em uma grande polêmica, fazendo com que a nova visão sobre os métodos “não convencionais” de algumas grandes empresas fosse questionada.
Jay Y. Lee, que também era vice-presidente do grupo, ficou conhecido mundialmente após ter seu nome vinculado a diversos escândalos, como o de suborno ao governo da Coreia do Sul, além de fraude contábil e sobre uma controversa fusão em 2015 de duas afiliadas da Samsung. Essa última jogada, inclusive, serviria para ajudar o executivo a tomar o grupo no futuro. Com isso, seu nome foi parar na página policial e ele já não é mais visto como um dos nomes que devem tomar o controle da empresa, quebrando a tradição de hereditariedade que segue com a Samsung desde a sua criação, quatro gerações atrás.
Isso foi fruto de uma nova percepção sobre a Ética empresarial que domina o mundo, onde as corporações não estão mais em posição de tomar quaisquer atitudes pensando somente em poder, expansão e fortuna. Isso pois o mercado não aceitaria mais esse tipo de posicionamento. O estudo levantado pelo professor levanta de maneira direta isso, quando traz a visão de Alencastro (2009) sobre isso, dizendo que a corporação ética deve ser um equilíbrio entre a ética e o lucro. Por isso, as empresas começam a incentivar que funcionários não tomem ações duvidosas ou comprometedoras perante a lei. Enquanto os funcionários seguem o Código de Conduta da empresa levando em conta a moral, na ética diz respeito aos princípios estipulados por quem contrata, como no caso de incentivo contrário à ações comprometedoras. No entanto, ambas se complementam.
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