Alexander Seversky
Por: Giselle Flavia • 11/5/2015 • Resenha • 941 Palavras (4 Páginas) • 549 Visualizações
ALEXANDER SEVERSKY
Alexander Nikolaievich Prokofiev de Seversky (1894-1974) foi um aviador militar russo, nascido em Tbilisi, no dia 7 de junho de 1894, naturalizado americano em 1927, defensor do Poder Aéreo Estratégico, que é uma estratégia militar, utilizada em uma “guerra total” que possui como objetivo derrotar o inimigo através de ataques aéreos à alvos terrestres de grande relevância, sejam eles militares ou civis, destruindo assim a sua moral e capacidade econômica para a produção e transporte de material para operações militares, deixando o adversário incapaz de manter a guerra.
Após a eclosão da Primeira Guerra Mundial Seversky foi selecionado para ser um aviador naval, porém em 1915 na sua primeira missão, no Golfo de Riga foi abatido por artilharia antiaérea do inimigo e acabou tendo uma das pernas amputada e foi considerado pelo governo como inapto para voltar ao combate. Contudo, após intervenção de seus superiores voltou a combater na guerra em 1916, o que lhe rendeu a premiação da Ordem de São George (4ª classe); Ordem de São Vladimir (4ª classe); Ordem de São Stanislaus (Classe 2 e 3) e Ordem de São Anne (2; 3; 4 e classe).
Em 1918, foi enviado aos Estados Unidos da América (EUA) como um adido naval adjunto, no entanto devido a situação da Rússia em detrimento dos resquícios da Revolução Russa permaneceu nos EUA, e se nacionalizou americano. E então, com o início da Segunda Mundial, e após o ataque a Pearl Habor, em 07 de dezembro de 1941, publicou em 1942 o livro Victory Through Air Power, onde afirmava que o poder aéreo previa os meios pelos quais os exércitos poderiam combater as marinhas – o que significava que essas duas forças não mais eram separadas e distintas, sendo então possível a nações localizadas a grandes distâncias terrestres ou marítimas a possibilidade de travarem uma guerra desde o início até o fim apenas pelo meio do poder aéreo.
Este livro de Seversky foi adaptado em um filme de animação pela The Walt Disney Company em 1943, com o mesmo título do livro, porém, apesar de ser uma animação não foi criado para entreter os telespectadores, mas sim para agir como uma forma de propaganda de guerra que tinha como objetivo incitar os Estados Unidos (e mais tarde os Aliados) em concentrar as suas energias em aviões bombardeiros de longo alcance, a fim de ganhar a Segunda Guerra Mundial. Todavia, o humor típico das produções Disney esteve presente no roteiro que mostrava a história da aviação, os seus fins para diversos países, a evolução do poder aéreo e a sua capacidade de dar fim a guerra presente e que possuía como homenageado Billy Mitchell, ex-chefe de Seversky e considerado por muitos historiadores como o “pai da Força-Aérea Americana”.
Em 1950 Nicholas Seversky publicou o livro Air Power: Key to Survival no qual apresentava de forma mais ampla a sua Teoria do Poder Aéreo, sendo ela uma continuidade aos estudos de Douhet e uma contraposição a Teoria do Poder Naval de Mahan, que acreditava que “Aquele que dominasse os oceanos dominaria o mundo”, entretanto para o aviador os próprios dados históricos poderiam expor o declínio do poder naval, e a sua perda de poder ofensivo o que acarretaria então a este a posição de uma força auxiliar a aviação (BACA, 2005:2).
Esta teoria nasceu da ruptura dos bloqueios marítimos e terrestres pela aviação soviética que estava a partir do poder aéreo rompendo o equilíbrio de poder durante a Guerra Fria. Pois, o poder aéreo permitia violar os cercos terrestres, os Estados-tampões e o controle dos portos e mares. Seversky então dividiu o mundo em duas grandes áreas de domínio aéreo, as Zonas Aéreas, uma dos Estados Unidos e a outra da União Soviética.
A zona aérea dos Estados Unidos compreendia os EUA e seu espaço de reserva, isto é todo o continente americano, com as suas três Américas: América do Norte, Central e América do Sul. A zona aérea da União Soviética se projeta até a África como espaço de reserva e considera a China como zona de influência que se dissiparia pela Ásia. A área de sobreposição dos dois domínios, também considerada como a terceira zona aérea, zona de decisão aérea ou mais comumente de “área de decisão”, envolve quase todo o hemisfério norte, isto é os espaços industriais de ambas as potências; Estados Unidos e União Soviética e que para Seversky para a segurança do país os EUA deveriam manter o predomínio desta área.
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