Higiene e medicina do trabalho
Por: Edinildetuc • 11/5/2015 • Projeto de pesquisa • 1.987 Palavras (8 Páginas) • 467 Visualizações
APRESENTAÇÃO
A Higiene Ocupacional ainda não alcançou no meio brasileiro, a importância que deveria ter. Desta forma, este trabalho tem a importância dada à sua função de tornar a Higiene Ocupacional um pouco mais conhecida. Para aqueles que se preocupam com a saúde do trabalhador brasileiro.
O trabalho mostrará o quanto e importante a Higiene Ocupacional para avaliação dos riscos existentes nos ambientes de trabalho, com o objetivo de preveni-los.
INTERNACIONAL
Ao se estudar a historia da nossa civilização até a Revolução Industrial , encontram-se poucas observações sobre a saúde dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho. No inicio, o esforço dispendido pelo homem para garantir sua existência e sobrevivência era o fator que gerava as doenças “ocupacionais”. Mais tarde, com a estratificação da sociedade, o trabalho comum era desempenhado por escravos, em geral por povos que haviam sido dominados por outros povos.
Desde essa época a Higiene Ocupacional passou por grandes transformações, por exemplo:
O grande sábio Romano Plinio descreveu os impactos de riscos eminentes, e também mencionou a iniciativa dos escravos de utilizarem, a frente do rosto com pano ou membranas, para atenuar a inalação de poeiras.
No século XII e XIII foram feitos muitos estudos e experiências, mais nada significativa.
Em 1473 foi publicado um panfleto sobre doença Ocupacional pela editora Ulrich Ellenbog.
Em 1556 o sábio Alemão Georgius Agrícola descreveu os fatores de risco associados à indústria de Mineração.
Durante o século XVI , a higiene ocupacional ficou associada ao misticismo. Muitos acreditavam que o demônios moravam nas minas e que podiam se controladas pela força da oração.
Nessa mesma época Paracelsus, baseado em Dez anos de trabalho em uma planta de fundição e nas minas da região do tirol, contribuíram muito para o conhecimento toxidade dos metais.
Em 1700 o medico Italiano Bernardino Ramazzine foi considerado o pai da medicina Ocupacional. Ele acreditava que o ambiente de trabalho afetava a saúde.
E no decorrer dos séculos mais estudiosos aperfeiçoaram técnicas sobre a higiene ocupacional como: Geoge Baker, Charles Thackrah, benjamim Cready.
O higienista ocupacional terá também como papel pesquisar novos métodos de avaliação de riscos no ambiente de trabalho, para resultar alguma medida de controle ou eliminação de risco.
Vale lembrar o pioneirismo dos estudos das doenças profissionais foram realizados pela medica e higienista Alice Hamilton, na universidade de Harward, assim como suas propostas concretas para soluções de problemas, ficando conhecida sua frase “..obviamente a maneira de combater a silicose e evitar a formação e a dispersão da poeira...”
BRASIL
Assim como em outros países, o Brasil também utilizou mão de obra escrava, na mineração e na agricultura, entre outras atividades econômicas até o final do século XIX. Por mais de 350 anos os trabalhos eram executados por escravos.
No Inicio dos século XX Oswaldo Cruz realizou estudos ao combate às epidemias de “doenças infecciosas relacionadas com o trabalho” tais como malária e a ancilostomose.
A Higiene Ocupacional durante séculos passou por grandes transformações.
- Em 1923, foi criado a Inspetoria de Higiene Industrial e Profissional, junto ao um departamento Nacional de saúde., embrião do Ministério da saúde, que estabeleceu-se até 1930.
- Em 1934 foi decretada a 2º Lei de acidente de trabalho (Decreto Nº 24.637, de 10/07/1934) Neste mesmo ano o Ministério nomeou os primeiros inspetores-médicos.
- Em 1938 a Inspetoria transformou-se em serviço de Higiene do Trabalho, e 1942, em divisão de Higiene e Segurança do Trabalho.
- Em 1943 a Legislação do trabalho que se encontrava espessa e redundante, foi agrupada e condensada na 1º Consolidação das Leis Trabalhistas, (Decreto Nº 5.452, de 01/05/1943).
- 1945 a escola de higiene e saúde pública foi reconhecida como a faculdade de saúde com conceitos de “Higiene”, “Segurança”
- Década de 1960, o Governo brasileiro preocupado com o grande índice de acidente e saúde do trabalhador, contrata, Técnicos da OIT para estudarem as condições de trabalho.
- 1966, a lei 5.161 de 21 de Outubro cria a FUNDACENTRO
- 1969 A FUNDACENTRO inicia suas atividades
- 1973 forma-se a 1ª turma do curso de Medicina Higiene e Segurança do Trabalho.
Em decorrência de vários movimentos da sociedade brasileira, ocorreram mudanças na legislação na Área de Saúde e Segurança do Trabalho. Visando a saúde e integridade dos trabalhadores surge então no âmbito do Ministério do Trabalho o: PPRA, PCMSO, PPEOB, PCMAT, PCA E PPR.
FUNDACENTRO
Criada em 1966, a FUNDACENTRO teve os primeiros passos de sua história dados no início da década, quando a preocupação com os altos índices de acidentes e doenças do trabalho crescia no Governo e entre a sociedade. Já em 1960, o Governo brasileiro iniciou gestões com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com a finalidade de promover estudos e avaliações do problema e apontar soluções que pudessem alterar esse quadro.
A ideia de criar uma instituição voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho, com a participação de todos os agentes sociais envolvidos na questão, começou a ganhar corpo. Proposta nesse sentido foi apresentada em março de 1964, durante o Congresso Americano de Medicina do Trabalho, realizado em São Paulo.
Em 1965, após a visita ao País de especialistas da OIT, e de novos estudos sobre as condições necessárias para a implantação da iniciativa, o Governo Federal decidiu pela criação de um centro especializado, tendo a cidade de São Paulo como sede da nova instituição, em função do porte de seu parque industrial.
Assim, em 1966, durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, realizado em São Paulo, foi oficializada a criação da FUNDACENTRO, que teve sua primeira sede instalada no bairro de Perdizes. Datam dessa fase inicial da entidade os primeiros estudos e pesquisas no País sobre os efeitos de inseticidas organoclorados na saúde; da bissinose (doença ocupacional respiratória que atinge trabalhadores do setor de fiação, expostos a poeira de algodão e juta); sobre as conseqüências das vibrações e ruídos em trabalhadores que operam marteletes; sobre o teor da sílica nos ambientes de trabalho na indústria cerâmica e ainda sobre os riscos da exposição ocupacional ao chumbo.
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