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O Norman Angell

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  554 Palavras (3 Páginas)  •  331 Visualizações

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NORMAN ANGELL

Norman Angell foi um escritor britânico do século XIX, um idealista e pacifista militante. Em 1906 ele já sentia as tensões que estavam acontecendo na Europa e previa que tempos mais tarde uma guerra iria surgir. Na virada do século XIX para o século XX, estava ocorrendo a Bélle époque, que mostrava o progresso que estava acontecendo àquela época, com o surgimento cada vez maior de novos produtos advindos da industrialização, como trens e navios à vapor, telefones, carros, bondes elétricos e que com isso acarretaria numa mudança no modo de vida das pessoas da época. No entanto na mesma medida em que havia o progresso, havia o regresso, e isso foi uma das coisas notadas pelo Sigmund Freud que descreveu tão somente que as sociedades integradas por essas inovações e corridas tecnológicas, poderiam acarretar no desencadeamento futuro de rancor entre nações que tiveram conflitos e divergências num passado não tão distante. Angell dizia que a guerra era uma grande ilusão, pois ela nunca atingiria seu objetivo que era segundo ele corrigir as falhas do sistema internacional. Não obstante a guerra trazia Caos e destruição em ambos os lados, perdedor e vencedor, e destruiria a economia de todos os países envolvidos, com isso não conseguiria após a guerra ter de volta o “status quo ante bellum”. Angell defendia, porém a Paz armada, pois encontrava nela uma solução para que evitasse que uma nação atacasse a outra, e isso se consistia nos países se armarem o máximo que dessem para que de uma certa forma o outro se sentisse intimidado por não saber o verdadeiro poder militar de combate do seu inimigo e com isso não guerreassem entre si.  Com pensamento totalmente liberal na economia, ele afirmava que o pós-guerra as nações sairiam muito piores na economia, principalmente nos meios de produção que seriam completamente destruídos. Diante da concepção pré-guerra de que a conquista de novos territórios aumentaria a riqueza das nações vencedoras, isso seria um equívoco, pois ao expandir territórios e fazer escravos neles, o país vencedor estaria destruindo ainda mais as relações comerciais, pois a economia na Europa era interdependente entre as nações e isso acabaria com uma parte de seu possível mercado consumidor. O sistema internacional nem sempre foi dividido em nações. Em 1848 surge o conceito de estado-nação, que era a ideia de uma comunidade internacional. Um dos processos de unificação para o nacionalismo das nações é a língua. A língua era o fator mais importante em torno da unificação dos povos em prol da construção dos estado-nação. Tempos mais tarde, o que foi dito por Angell, aconteceu. A grande guerra começou e teve como uma de suas causas, o imperialismo das nações envolvidas e o crescimento do nacionalismo entre os povos dessas nações. O nacionalismo distorcido que na época pairava com o pangermanismo, pan-eslavismo e o Ressurgimento foi um dos principais fatores para que na guerra defendesse um ideal de supremacia de cada povo com intenção de dominar mais e mais territórios e espalhar suas línguas, culturas e costumes respectivos para o maior número de pessoas possível. Norman defendia o “Peace by trade” que era a paz pelo comércio, pois somente com o livre comércio e a mínima interferência do Estado no mesmo, traria a paz e o desenvolvimento econômico de cada nação, sem precisar entrar em guerras.

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