O conhecimento algo que precisamos

O conhecimento, algo que precisamos

Allainn Christiam Jacinto Tavares

O conhecimento tecnológico e sua importância. Possibilidades de sua transferência internacional. Ci. Inf, Brasilia, 10 (2):33-44, 1981. É um artigo acadêmico escrito por Dorodame Moura Leitão. Dorodame foi chefe da divisão de tecnologia de refinação do centro de pesquisa da Petrobrás. Formou-se em Engenharia Civil. Foi responsável pela implantação do curso de refino em Mataripe em 1963, atuando como professor e coordenador. Cursou o mestrado no Instituto de Química da UFRJ e foi um dos responsáveis pela implantação do laboratório de Engenharia Química da Coppe, UFRJ. Em 1971 foi chamado a integrar o recém-formado Cenpes, onde desenvolveu o primeiro estudo para a metodologia de pesquisa. Exerceu diversas atividades no Cenpes, dentre as quais, a chefia da Divisão de Tecnologia de Refinação em 1972. É autor de vários livros, entre os quais: Recordações das Lutas pela Tecnologia na Petrobras.

O conhecimento é algo muito importante, ele abre muitas portas, uma delas é o avanço tecnológico que proporciona um estilo de vida melhor, ou até mesmo aumentar a economia de um país. Mas se falta conhecimento um país será dependente a tecnologia de outros países, podendo ficar estagnado no tempo. O conhecimento tecnológico é um dos fatores para ocorrer os desenvolvimentos.

Traçando conhecimento junto a poder é possível verificar como é importante o conhecer. Como disse Leitão: Quem detém a informação, o conhecimento, detém o poder. Quando uma pessoa é provida de muito conhecimento ela obtém um poder maior sobre as pessoas desprovidas de conhecimento.

A partir da revolução industrial ficou mais visível a importância do conhecimento perante ao poder entre as nações, em especial o conhecimento tecnológico. Com o aumento do conhecimento tecnológico as nações detém uma maior economia e um poder militar maior, assim os países que detém maior informação, tem o maior poder.

Um exemplo claro sobre tudo isso é a Televisão, onde há um auto nível de conhecimento por dentro, fazendo com que obtém poder sobre outras pessoas, conseguem manipular e saber o que os olhos querem enxergar.

O conhecimento tecnológico é o conjunto ordenado de conhecimento cientifico, utilizado para a produção de bens ou serviços na atividade econômica organizada, com intuito de produzir resultados previsíveis.

A Revolução Industrial fez com o conhecimento tecnológico aumentasse drasticamente, pois começou o crescimento do progresso material e surgiram as expectativas de mudanças cada vez mais rápidas. Para conseguir acompanhar o avanço que surgia, foi necessário aumentar o conhecimento, trazendo assim toda essa evolução que foi possível obter até o momento.

Os países que entraram mais cedo na era industrial, os países mais desenvolvidos, criaram uma eficiência maior na busca de novos conhecimentos. Os países subdesenvolvidos, por sua falta de conhecimentos, tiveram que recorrer aos países desenvolvidos para poder expandir suas industrias.

Apesar do crescimento econômico dos países subdesenvolvidos, eles criaram o que eles chamam de fenômeno, fenômeno da dependência tecnológica, onde os países tiveram que importar tecnologias por não conseguir produzir em seu próprio país.

O Brasil é uma país que manteve essa dependência, e mantem até hoje só que de forma reduzida, por motivos das universidades ficarem estagnadas durante muito tempo e afastadas, quase que totalmente, das atividades de pesquisas.

A dependência tecnológica faz com que os países fiquem parados à espera dos países mais desenvolvidos evoluírem. Alguns países não tem uma economia estável para importar novas tecnologias, e mesmo assim esses países muitas vezes não investe no crescimento de conhecimento, preferindo aproveitar as tecnologias passadas, até onde a economia suporta. Assim os países mais desenvolvidos continuam seu crescimento tecnológico rapidamente e deixando cada vez mais países menos desenvolvidos para trás.

Hoje em dia o Brasil é um país “modista” que depende da tecnologia de outros países por ter o orgulho de saber que veio de outro país que é mais desenvolvido. Os brasileiros não confia nele mesmo, esses são os desprovidos de conhecimentos, mas temos muitos conhecimentos, só que as pessoas preferem apontar seus olhos para o exterior do que pra dentro do grande coração que é o Brasil. Muitas empresas preferem confiar a suas tecnologias a outros países e não as universidades.

A transferência de conhecimento ou tecnologia é apresentada de forma vertical e horizontal. A transferência vertical ocorre quando uma empresa vende uma tecnologia para um dependente, sendo ele interno ou externo do país. Ela é simples pelo fato de não envolver aspectos políticos internacionais, mas tudo o que é simples têm suas falhas.

Algumas das vezes o erro ocorre quando um usuário adquiri uma tecnologia sem o estudo prévio se a mesma seria viável ao seu negócio. Ou seja sem um mercado seguro para seu uso. Outro erro é quando a empresa adquiri uma nova tecnologia e quando ela recebe não consegue se adaptar a ela, falta lhe conhecimento para seu uso. Esse aspecto há também em países desenvolvidos por falta de diálogo compreensivo.

Esse ponto é preocupante para os países subdesenvolvidos, onde as ideias inovadoras são mal compreendidas as vezes. Por sentir a necessidade de algo sem se quer verificar se tal tecnologia será necessária. Nem se quer querem saber se conseguirão se adaptar a uma outra tal tecnologia. Os brasileiros é um exemplo claro, onde se adquiri tecnologias desnecessária para seu desenvolvimento, sem se quer fazem estudos prévios para saber se a tecnologia é viável, pois se vem de outro país é o que importa.

A transferência horizontal é mais complexa, dependendo de um administrador de pesquisa. A transferência vertical é mais simples de ser enxergada, principalmente no Brasil.

Os conhecimentos transferidos em uma mesma tecnologia é divididas em vários níveis na transferência vertical. O primeiro surgiu quando os países subdesenvolvidos, como o Brasil, iniciaram a sua industrialização. Os países subdesenvolvidos apenas conheciam as tecnologias, mas não era capazes de escolher. Quando esses países adquiriam uma nova tecnologia, quem fazia a escolha era o país que transferia o conhecimento, aplicando treinamentos de como operar a indústria, que não era apenas técnicos, mas também gerenciais.