Obras e autores, Europa século XVIII

Autores e obras

Nessa época, vários filósofos se destacaram com suas obras, como podemos observar com:

- Enciclopédia: É planejada em 1750 por Diderot e pelo físico e filósofo Jean Le Rond d’Alembert (1717-1783), sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta campanha contrária da Igreja e de grupos políticos afinados com o clero. Entre 1751 e 1772 são publicados 17 volumes de texto e 11 de pranchas de ilustração. É de inspiração racionalista e materialista, propõe a imediata separação da Igreja do Estado e combate às superstições e às diversas manifestações do pensamento mágico, entre elas as instituições religiosas. Sofre intervenção da censura e condenação papal, mas acaba por exercer grande influência no mundo intelectual e inspira os líderes da Revolução Francesa. Os mais importantes colaboradores são: Montesquieu e Voltaire (literatura), Condillac e Condorcet (filosofia), Rousseau (música), Buffon (ciências naturais), Quesnay e Turgot (economia), Holbach (química), Diderot (história da filosofia), D’Alembert (matemática).

- Montesquieu (1689-1755): Fez parte da primeira geração dos iluministas, era contra o absolutismo, assim defendia a divisão de poderes em Executivo, Legislativo, e Judiciário, no que se constitui a República. Escreveu “O Espirito das Leis” em 1748, onde tinha como seu principal objetivo comparar os tipos de governo, buscando utilizar a sua visão de ser humano, para explicar as ações´, paixões e as predileções sob um ou outro tipo de governo, tentando desenvolver um governo efetivo, que irá se manter unido.

- Voltaire (1694-1778): Era um crítico da religião e da monarquia, visto como um símbolo para o movimento dos iluministas, grande agitador, polêmico e propagandista dessas ideias. Defendia a liberdade de pensamento e não poupava a crítica e a intolerância religiosa.  Suas correspondências eram sempre concluídas com: “Esmagai a infame”, onde o termo “infame” se referia a Igreja Católica. A sua obra “Cartas Inglesas” em 1734, foram vinte e cinco cartas redigidas por Voltaire ao voltar da Inglaterra entre 1729-1733.

- Jean Jacques Rousseau (1717-1778): Defendia que o Estado democrático garantisse igualdade a todos. Com sua filosofia que “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. ” Escreveu dois livros importantes na época, como o “ Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens” em 1754, onde a primeira parte do livro ele analisa o homem tanto em seu estado natural quanto no civilizado. E na segunda parte, defende sua ideia de que as desigualdades têm sua origem nesse Estado Sociedade. Também escreveu um dos livros mais importantes para a filosofia o “Contrato Social” em 1762, no qual defendia questões de desigualdade entre todos, onde a vontade individual devia a respeito à vontade particular, já a vontade do cidadão deveria ser coletiva, com interesse no bem comum.

Rousseau, defendia que a propriedade a propriedade privada é a origem da desigualdade entre os homens. Assim, o “Contrato Social”, foi importante pois após os homens terem perdido sua liberdade natural, necessitariam de uma liberdade civil.

- Adam Smith (1723-1790): Considerado o pai da economia política. Ataca a política mercantilista por ser baseada na intervenção estatal e sustenta a necessidade de uma economia dirigida pelo jogo da livre oferta e da procura de mercado, o laissez-faire. Para Adam Smith, a verdadeira riqueza das nações está no trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos empreendedores. Foi o mais importante teórico do liberalismo econômico no século XVIII, e em 1776 lança sua principal obra “A Riqueza das Nações”, prega a não-intervenção do Estado na economia e um Estado limitado às funções de guardião da segurança pública, mantenedor da ordem e garantidor da propriedade privada. Defende a liberdade contratual, pela qual patrões e empregados são livres para negociar os contratos de trabalho.