PERRY A ABSOLUTISMO
Por: mclaragomes22 • 4/3/2017 • Ensaio • 2.177 Palavras (9 Páginas) • 276 Visualizações
As heranças renascentistas que chegaram ao século XVII (sabedoria, conquista artística, revolução científica) não trouxeram benefícios para a Europa. Ao contrário, a sociedade ficou ainda mais conturbada. A sociedade européia buscava uma nova ordem e estabilidade para suas vidas.
FRANÇA
*Com as guerras decorrentes da reforma, a França pós século XVI se encontrava abalada. Com a ascensão de um protestante ao trono da França Católica, Henrique de Navarro (um Bourbon) os franceses temeram a ocorrência de novas guerras. Henrique, então, se converteu ao catolicismo, para assim manter a paz no país. Para não deixar dúvidas sobre a sinceridade de sua conversão, Henrique publicou o Édito de Nantes, que garantia medidas de tolerância religiosa aos huguenotes num país católico.
O rei, junto ao seu ministro, evitava grandes gastos com guerras e cobrava os impostos com vigor, fortalecendo sua monarquia. As questões econômicas passaram a ser supervisionadas pelo governo, que também tentava conter o poder feudal da nobreza.
O PROMISSOR REINADO DE HENRIQUE, NO ENTANTO, DUROU POUCO.
O rei morreu num acidente de carruagem numa das ruas de Paris.
ESSES FORAM OS PRIMEIROS PASSOS DA FRANÇA EM DIREÇÃO AO ABSOLUTISMO
*Cardeal Richelieu foi o principal arquiteto do absolutismo francês. Ele se dedicava aos seus deveres eclesiásticos e ao mesmo tempo estava muito envolvido na vida política da França. Richelieu conquistou o apoio da rainha Maria de Medici, que lhe cedeu um posto menor na corte, e com sua inteligência e saber político, Richelieu ascendeu na regência e foi nomeado para o Conselho do Rei, passando, depois, a dominar este.
O cardeal governou a França até a sua morte e com muita inteligência, e às vezes, um pouco de intolerância. Suas intenções (transformas a França num estado absolutista), no entanto, eram firmes e bem definidas. Para alcançar seu objetivo, o cardeal estabeleceu algumas metas:
-assegurar a segurança para França
-obter e aumentar a independência da igreja francesa em relação à Roma
-montou uma máquina eficiente para manter a ordem e incentivar a prosperidade econômica francesa
Richelieu dedicava-se em transformar o poder real num poder capaz de dominar todas as instituições e classes da nação francesa. Usou o princípio da razão de Estado.
O cardeal enxergava o poder dos senhores da sociedade feudal como um obstáculo para o absolutismo, e atacava qualquer sinal de poder aristocrático. Os nobres deviam servir e obedecer ao rei. Os que se contrapunham eram forçados à submissão. Richelieu reformou o relacionamento entre a nobreza e a coroa.
As lutas particulares entre os nobres eram reprimidas, pois se havia lutas particulares, havia exércitos particulares, e estes eram incompatíveis com a monarquia. Richelieu tinha uma rede de espiões para identificar os inimigos do rei, que eram, portanto, inimigos do estado. Sobre sua administração, a França se transformou numa sofisticada burocracia. Havia agentes que intervinham no governo municipal como homens do rei, que asseguravam o cumprimento das leis do soberano. Estes agentes foram o instrumento chave para a centralização do estado.
Richelieu tolerava as diferentes religiões, no entanto, as lutas civis por conta delas não seriam admitidas. Para que as lutas não ocorressem, tropas reais atacaram uma cidade protestante, pois segundo ele, estes deveriam exercer sua religião sem poderes, sendo leais ao rei. Impediram os protestantes de portarem armas
O bem-estar da França exigia certa tolerância.
A guerra dos 30 anos foi uma demonstração clara do nacionalismo de Richelieu, que fez a França entrar na guerra apoiando os protestantes, pois a França estava ameaçada pelo poder dos Habsburgos.
Richelieu procurou também dominar as idéias, pois estas ameaçavam a ordem, disciplinando a linguagem e o pensamento. CRIAÇÃO DA ACADEMIA FRANCESA.
Apesar de atuar em nome do rei, as ordens do cardeal eram somente suas. Com a morte de Richelieu, assume seu sucessor Jules Mazarin.
*Jules era um diplomata que havia entrado para o serviço de Richelieu. Tornou-se o primeiro-ministro de Luís XIII, que acabou morrendo e seu filho tinha apenas 4 anos. Assim, como Richelieu governou a França por vontade do rei, Jules passou a governar pela juventude do soberano.
Com a morte de Jules, o jovem rei Luís XIV, agora com 23 anos, passou a governar o estado. A França ficou satisfeita pois agora quem governaria seria realmente o rei, e não um de seus ministros. O rei aceitou e ampliou ainda mais o absolutismo.
Luís escolheu seus ministros cuidadosamente, evitando a indicação de nobres a cargos importantes. Ele executou as leis da França sem a assistência de legisladores e vendeu títulos para homens comuns que tinham dinheiro para comprar suas posições. O Estado novo não tinha espaço para uma aristocracia feudal.
Luís também tinha agentes, chamados intendentes, que traziam para o rei informações das vilas, cidades e províncias da França. Apesar de ser o próprio primeiro-ministro, Luís contava com assistentes: Colbert (um assistente) , organizou a economia francesa para pagar alguns custos (citados abaixo), além de eliminar desvios de dinheiro. A França começa a acumular capital, se fortalecer economicamente, devido ao colbertismo: manufaturas e navegações.
As guerras no seu governo eram numerosas.
Patrocinava muito as artes
Colbert também executou uma forte política mercantilista que exigia forte regulamentação do governo e estímulos para a indústria e o comércio.
-monopólios para expandir o comércio internacional
-melhorias internas para facilitar o turismo e o transporte
-níveis de qualidade de produção das mercadorias francesas
Toda essa organização econômica, porém, enfrentava a frieza da economia no século XVII, pois Luís XIV gastava mais do que os impostos geravam.
*Louvouis, outro assistente do rei, transformou as forças do rei em um exército eficiente, bem treinado e bem abastecido.
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