Platão (Vida)
Por: GriLu • 14/5/2015 • Artigo • 1.158 Palavras (5 Páginas) • 170 Visualizações
Platão tinha a preocupação com a boa convivência dos Homens em sociedade, mostrando-se, assim, como um grande questionador da moral Ateniense. Assim, a Ética de Platão depende, intimamente, de sua Política. Para ele, somente a filosofia purificaria o homem, introduzindo a justiça na vida social do indivíduo; a libertação atingia-se através do conhecimento, porém este conhecimento está associado ao intelecto, desprezando o conhecimento através da sensibilidade (as paixões pessoais, que levavam à imprudência). Todos os Estados reais estariam corrompidos e somente o Estado ideal seria perfeito, e este encontra-se unicamente na subjetividade humana.
Falando-se em justiça, Platão não via o direito como forma de encontrar leis úteis a maioria, ou a satisfação de classes, ordem ou segurança. Na verdade a função do direito seria de encontrar o bem maior, a justiça. A justiça é uma virtude a ser descoberta interiormente e expressa exteriormente na vida política da polis, sendo o individual e o político dimensões indissociáveis.
O sucesso da polis estava na intelectualização dos homens. E assim o regime justo seria aquele onde os homens aceitam e subordinam seus sentidos à coragem e a razão. E visando isso, o primeiro oficio do Direito teria que ser a educação, e o educador por excelência deveria ser um filósofo, iniciado na arte de pensar, a dialética.
Com base no desenvolvimento de sua utopia de justiça, Platão escreve A República, visando como tese central criar uma consciência da verdadeira filosofia com a verdadeira política, para garantir a felicidade de todos. Nela trazia a hostilidade às leis, sob a afirmativa de que a justiça não é suscetível a se amoldar a formulas escritas, mostrando-se injusta em sua aplicação. Mostrando que o mundo dos homens é de eterno movimento, ao passo que a lei é rígida. Para ele a conduta dita boa seria aquela que afinizá-se com a ordem da razão simplesmente. Nesse livro, Platão critica a política do seu tempo e recusa certas formas de poder as quais considerava degeneradas. A oligarquia, por exemplo, é uma delas, ou seja, quando o exercício do poder é destinado aos mais ricos.
Em A República, o dirigente da cidade seria um rei filósofo, ao qual era entregue o governo, dado que era o único que tinha acesso às ideias originais. Em resultado deste conhecimento superior, o governante supremo poderia exercer o poder, sem necessitar de leis, e subordinar a vontade individual dos membros da comunidade às suas decisões. Vê-se aqui que o poder de governar está diretamente relacionado à justiça, já que o ser apto, o filosofo, que ao estar livre do controle das paixões e dos sentimentos ilusórios é capaz de aplicar e alcançar a justiça. O único modo de governo bom (justo), sem desigualdades, seria provido a partir do momento em que filósofos assumissem a função de governar, então para Platão, somente os filosófos atingiam o mais alto nível de sabedoria. Platão foi o primeiro pensador a refletir sobre a melhor forma de governo, porém, a partir da observação da política real de seu tempo, alerta para o pode degenerado, onde o governo não respeita as leis e tem por objetivo o interesse de pessoas ou grupos.
A estabilidade da estratificação da Cidade seria alcançada: selecionando os membros de cada classe em conformidade com os talentos que cada um dos membros da sociedade tem. Haveria também educação separada dos membros de cada classe, em conformidade com as tarefas que iriam desempenhar. Na primeira classe deve prevalecer a temperança; a fortaleza e a coragem na segunda; e a sabedoria na terceira. Assim, se houver harmonia entre essas três virtudes é que haverá justiça.
Apesar de tudo o que foi dito, a obra platônica prima pelo idealismo, afastando-se do que caberia ao plano real. Assumindo que o que é prático nem sempre é o ideal, e reconhecendo isso através da contestação de que os sentimentos de justiça não exatamente coincidem entre os indivíduos.
O exaltado mundo das ideias seria classificado como Imutável, Imaterial e Eterno, regido pela razão (ciência). E em contrapartida classifica o mundo sensível como mutável, material e sem eternidade comprovada, sendo algo ilusório, uma cópia do mundo verdadeiro. O mundo das ideias apenas seria atingido por meio da contemplação e da
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