Resenha – Café filosófico – ‘Muito além da economia verde’
Por: Victória Grimaldi • 29/10/2015 • Resenha • 580 Palavras (3 Páginas) • 1.212 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Centro de Linguágem e Comunicação
Relações Públicas
Resenha – Café filosófico – ‘Muito além da economia verde’
Ricardo Abramovay
Campinas
2015
No vídeo Café filosófico – ‘Muito além da economia verde’ , nos foi apresentado os desafios e a necessidade de reconstrução da economia contemporânea. Mesmo soando de maneira contraditória, Ricardo nos apresenta os três principáis avanços que temos em termos economicos: O primeiro diz respeito a luta contra a miséria absoluta e a pobreza, alegando o fato de que em termos quantitativos, a pobreza e a miséria absoluta encontram-se estagnadas em relação ao crescimento da população mundial, ou seja, se antigamente a população mundial era de três bilhões e um bilhão se encontrava nesta linha socio-económica, hoje mantemos esse número para uma população de sete bilhões de pessoas. O segundo, remete-se a ecoeficiência, a eficiência na utilização dos recursos que possuimos, e o ultimo compreende a responsabilidade socioambiental coorporativa, que pouco era falada anteriormente da Rio +20, onde empresas se comprometeram de maneira voluntária a temas socioambientais.
Tendo isso em mente, Ricardo nos diz que a união desses três avanços resulta em uma total incompatibilidade entre a vida social e os limites que o ecossistema nos impõe, e nos introduz ao conceito de economia verde que seria a somatória de um desenvolvimento economico, junto com a responsabilidade ambiental e a inclusão social. Para a implementação deste tipo de economia se faz necessário uma redução drástica na utilização de recursos materiais e energéticos na produção de bens e serviços.
A maneira em que produzimos e consumimos hoje, já possui grande redução na emissão de gáses de efeito estufa e vem de uma utilização de recursos mais eficiente, contudo com o crescente diminuição da miséria absoluta e pobreza, as pessoas que se encontravam na base da pirâmide economica, agora podem consumir como as pessoas que estavam em niveis acima aos delas. O que gera um aumento no consumo de bens de produto e serviço, esse crescimento faz com que as indústrias necessitem de uma maior produção, e mesmo com a redução na utilização de recursos, e a redução da emissão de gáses, essa produção extra fez elevar-se em 39% as emissões totais e em 41% a utilização de materiais.
E então é levantado alguns questionamentos sobre como produzir, que seria de maneira mais eficiente em questão de matéria prima. Pra quem produzir? Para que os mais pobres possam sair da linha de miséria absoluta em que se encontram e por ultimo, o questionamento de pra que produzir. A resposta é a produção objetivando a criação de empregos, a arrecadação de imospostos e a estimulação da inovação. Porém esse pensamento torna-se falacioso quando analizamos as condições em que nos encontramos. Tomando como exemplo a industria automobilistica podemos constatar essa idéia de que esse ‘pra que produzir’ já não cabe mais em nossa realidade. Pois esta industria vai hoje na contramão do que ela foi criada originalmente, tornou-se o avesso da mobilidade. Os auto-móveis são ineficientes em termos energéticos, pesam vinte vezes mais do que o que são capázes de carregar, além de ocuparem muito espaço. Logo, o produto gerado pela indústria não corresponde às necessidades da população, mesmo gerando emrego, arrecadando impostos, e estimulando a inovação, o que é ofertado, está muito distante do que favorece o bem-estar da sociedade.
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