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Resenha ÖZKIRIMLI, Umut. “El modelo reacio: nacionalismo, religión y la vocación europea de Turquía”. Revista CIDOB d´Afers Interncionals, n. 75

Por:   •  6/6/2017  •  Resenha  •  1.311 Palavras (6 Páginas)  •  730 Visualizações

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Universidade Federal de São Paulo
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

História da Ásia
Profa. Dra. Samira Adel Osman

RESENHA
ÖZKIRIMLI, Umut.
“El modelo reacio: nacionalismo, religión y la vocación europea de Turquía”. Revista CIDOB d´Afers Interncionals, n. 75.

Bianca Torroglosa – Noturno – 112900

Guarulhos

2017

        Umut Özkirimli é professor no Departamento de Relações Internacionais da Universidade Bilgi de Istambul e foi, entre outros cargos, Professor Visitante no Departamento de Estudos Turcos e do Oriente Médio da Universidade de Chipre. O autor possui interesses de investigação que abrangem um amplo espectro, desde teorias e debates normativos sobre o nacionalismo até os nacionalismos na Grécia, Turquia e Chipre.[1] Publicou em 2006 esse artigo para a CIDOB d´Afers Interncionals[2], revista científica de Relações Internacionais voltada principalmente para a comunidade acadêmica, mas que também atinge o público em geral.

Vive-se um momento de diversas discussões acerca da religião e política, além do conhecido preconceito ocidental pelo islamismo e as regiões orientais em geral, por isso é de suma importância o debate proposto por Umut, visto que se faz necessário compreender a dinâmica da Turquia na relação entre religião, nacionalismo e sociedade.

O trabalho de Umut Özkirimli tem por objetivo discorrer sobre a questão de a Turquia ser ou não um modelo de governo democrático para o resto do mundo islâmico, a partir da análise de dois fatores importantes para a política interna turca e que são focos de fortes debates: nacionalismo e religião.

        Iniciando a discussão e ao mesmo provocando o leitor a uma conclusão precipitada, a qual pode ocorrer a diversas pessoas comumente, o autor trás três discursos de figuras importantes afirmando a Turquia como um farol da democracia no mundo islâmico: o do historiador Bernard Lewis, em 1994, o qual afirma que

“Varios de estos países han superado la primera prueba, la que se refiere al cambio de Gobierno por procedimientos democráticos. Sin embargo, sólo un país en la época moderna ha superado un examen más minucioso, es decir, un segundo cambio de Gobierno por medio de procedimientos democráticos –de un Gobierno dispuesto a someterse a la voluntad popular y retirarse del poder a través del mismo camino que lo había llevado hasta allí. Ese país es la República Turca”[3]

        

Em sequência expõe a fala do Ministro de Assuntos Exteriores Britânicos, Jack Straw, datado de 2005, o qual apóia o pertencimento da Turquia à União Européia e diz que em união com a mesma “demostraremos que la cultura occidental e islâmica pueden crecer juntas como socias en el mundo moderno.”[4] Esse tema também foi essência do  discurso de George W. Bush em 2004, apresentado por Ubut como última demonstrativa:

“Turquía es uma fuerte democracia secular, una sociedad mayoritariamente musulmana y un aliado cercano de las naciones libres.Vuestro país, tras 150 años de reformas democráticas y sociales, deviene un modelo para otros y un puente que une Europa con el mundo más amplio. Vuestro éxito es vital para el progreso y la paz en Europa y en el Oriente Medio más amplio”[5]

A partir da problematização dessas afirmações é que se inicia o argumento do autor, o qual reitera dizendo que “El objetivo de este trabajo es evaluar la validez de estas declaraciones”[6], analisando o nacionalismo e a religião em relação às eleições de 1999 e 2002. Enquanto a eleição de 2002 não foi nenhuma surpresa, a de 1999 sim, visto que não se esperava o aumento de votos conquistado pelo Partido Movimiento Nacionalista (MHP), que acabou por dividir o acontecimento em três interpretações: a idealista, que defendia que isso nada mais refletia do que a insatisfação do eleitorado com os partidos de centro e seus incompetentes líderes, a apologista, que enxergava a vitória como natural, já que o partido havia sofrido diversas mudanças após a morte do seu fundador e por fim a pessimista, que com o ocorrido começaram a entender que era o fim da Turquia. E é por consciência dessas visões que em 2002 a vitória do Partido de la Justicia y el Desarrollo (AKP) já era esperada enquanto nenhum dos partidos, com exceção do Partido Popular Republicano (CHP), conseguiu representação parlamentar. A eleição de 2002 similarmente gerou três tipos de resposta:

“La primera, compartida por los medios de comunicación y una parte importante de los círculos financieros internacionales, afirmaba que la palabra clave de lãs elecciones fue “islam”. [...] en el segundo tipo de respuesta, la palabra clave fue “reacción”, término que logró una amplia difusión en Turquía. [...]Finalmente, una tercera línea argumental, planteada por un pequeño grupo de académicos, intentó explicar los resultados en términos de un realineamiento radical de la política turca.”[7]

Özkirimli afirma que não se pode concluir que a eleição de 1999 se deu pela vitória do nacionalismo e a de 2002 pela vitória do islã, pois se deve evitar o erro geral de “no reconocer la auténtica naturaleza del nacionalismo y la religión.” [8] Visto que o nacionalismo sempre foi relevante na política turca, o que se deu nesse momento foi a sua popularização e não sua evolução. Nesse contexto um problema se apresenta de duas maneiras: grande parte da população compara o nacionalismo com a política de extrema direita, ignorando as formas de nacionalismo mais populares e cotidianas, e a segunda maneira “se refiere a esta visión de sentido común del nacionalismo que lleva a mucha gente a reducir el voto nacionalista en Turquía a los votos hacia el MHP.”[9]

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